They don't know about us • myg

Capítulo treze

KIM TAEHYUNG

Logo que Yoongi-hyung saiu do quarto eu me joguei na cama com a cara contra o travesseiro. Eu tremia e meu coração parecia sair pela boca. Então ele gosta de mim? Não pude conter um sorriso. Respirei fundo tentando me acalmar e peguei o celular. Eu quero mandar uma mensagem para Hoseok-hyung, quero conversar com ele. Vou nas mensagens e abro nosso chat. Fico encarando a tela do aparelho. Eu estou tão feliz que não consigo pensar em nada.

Deixei o celular de lado e deitei na cama olhando para o teto. Hoseok gosta de mim. Hoseok gosta de mim? Hoseok gosta de mim. Meu Deus, eu pareço aquelas adolescentes apixonadas!

Respirei fundo me acalmando e levantando da cama para vertir uma roupa. Terminei, me joguei na cama e logo adormeci com um sorriso no rosto.

(...)

Depois de tomar café no hotel com Jimin e Jungkook eu subi para meu quarto como um vulto. Eu precisava fazer isso, agora.

Cheguei no quarto já procurando meu celular por toda parte. Achei o aparelho, sentei na cama e fui direto para o chat, encarei o espaço vázio e comecei a escrever.

"Me: Hobi-hyung, podemos nos encontrar hoje à tarde? Eu gostaria que você fosse ao jardim do Hotel. Aguardo.

Aish Taehyung, pra que tanta formalidade?! Eu estou nervoso, porra!!

Estava feito. A mensagem enviou. Eu espero tanto que ele veja. Fiquei encarando o aparelho á espera de uma resposta. Nada. Nada. Decidi guardar meu celular e ir mesmo sem uma resposta, eu não aguentava esperar.

(...)

O céu estava limpo e ensolarado, estava um dia lindo. Eu já estava sentado em um banquinho perto do jardim do hotel, a espera de Hoseok-hyung.

Percebi que já estava a bastante tempo alí sentando olhando pro nada. Peguei meu celular, que até então estava bem guardado no meu bolso, e o liguei para ver as horas.

Meu coração se partiu. Já tinha se passado muito tempo e faltava uma hora para o nosso aquecimento para o show de hoje.

Decidi esperar mais um pouco, talvez ele tenha se atrasado.

Minha garganta ardeu ao cair a ficha que ele não viria. Meu sangue ferveu. Ele não gosta de mim?! Por que fez isso comigo?!

Saí dalí com passos rápidos e subi para o meu quarto para esfriar um pouco a cabeça.

(...)

Estavamos no camarim nos arrumando para o show. Eu já tinha me acalmado, e não havia visto Hoseok-hyung ainda. Enquanto uma staff arrumava meu cabelo senti meu bolso vibrar.

Peguei o aparelho e quando vi a notificação mordí o lábio nervoso e contendo a raiva.

"Melhor hyung: Ah Tae, me desculpe. Eu tive alguns compromissos e coisas para resolver, talvez possamos sair mais tarde."

Antes, eu, Taehyung, poderia dizer que está tudo bem, o perdoar e tudo voltaria ao normal. Mas agora não.

Olhei para o espelho a minha frente, eu estava com a cara tão fechada. Lembrei das armys que iriam nos ver  hoje, meu peito se alegrou e eu sorri.

(...)

O show acabou e fui tudo muito lindo. Todos novamente nos parabenizaram e seguimos para o hotel.

Eu tomei banho e troquei de roupa. Agora estou deitado na cama, olhando para o teto, pensando em tudo.

Estou pensando em Hoseok, no fato dele dizer gostar de mim, dele não se encontrar comigo e depois dar uma desculpa qualquer. Então a raiva voltou em mim.

É isso, eu vou falar com ele.

(...)

Sem nem mesmo bater na porta entrei no quarto e o vi de roupão mexendo em algo na sua mala. Assim que ouviu a porta ser aberta abruptamente ele levantou a cabeça e me encarou.

- T-taehyung? - ele perguntou e eu sorri sarcástico.

- Você está feliz? - pergunto e ele me olha com o cenho franzido. - Está feliz, mentindo para sí mesmo? Hyung, eu sei o que você sente. E não tente esconder isso! Você gosta de mim! - eu falava alto, mas não chegava a gritar. Parecia que eu estava tirando um peso do peito.

- Tae, e-eu não s- ele começou a falar e eu o calei com um beijo. Sim, o menino tímido estava tendo uma atitude.

Nossos corpos se colaram mais ainda e nossas línguas estraram em contato, se enrolando. Mas eu não deixei que continuassemos. Assim que me separei dele o encarei.

-Sente agora? - meus olhos estavam marejados sem a minha permissão. Meu coração palpitava. Deslizei minhas mãos que estavam nas bochechas de Hoseok até seu ombro, depois me afastei dele e fui em direção á porta de cabeça baixa.

Antes mesmo de chegar perto da porta eu senti uma mão segurar meu braço, me fazendo levantar a cabeça. Olhei para trás e Hoseok me olhava com uma cara de cachorro pidão.

- Vamos conversar. - ele pediu e sua voz saiu rouca, como se segurasse algo na garganta.

Suspirei e assenti. Ele me guiou até a cama e nos sentamos lá. Eu o encarei, dando permissão para que ele começasse a falar.

- Eu não demonstrava porque eu estava confuso e curioso ainda. Foi tudo muito rápido, Taehyung. Esses sentimentos que eu guardava me atingiram como facas. Eu sei que divia ter falado com você, mas eu não sabia ao certo o que fazer. Eu estava tão perdido. Nunca pensei que fosse gostar assim de um menino, mas Taehyung, você é tão especial! Você nem tem noção do quanto. - Ao perceber que eu sorri ele sorriu largo. - Me perdoe, vai.

- Tudo bem. - respirei fundo. - Mas eu quero ouvir de você. Você gosta de mim? - levantei uma sombrancelha e ele sorriu envergonhado.

- Gosto muito! - ele chegou perto do meu rosto e falou com uma voz engraçada. Eu rí mais uma vez.

- Quer me beijar de novo? - perguntei olhando no fundo de seus olhos castanhos esperando uma resposta.

- Com certeza. - ele sorriu e acabou com o espaço que restava entre nós dois selando nossos lábios.

Sou o homem mais feliz do mundo nesse momento.

- Hyung, o que somos agora? - perguntei baixinho depois que nos separamos do beijo.

- Não tenho certeza, Tae. Vamos apenas deixar rolar. - ele segurou minhas mãos e sorriu.

- Mas eu quero ser seu namorado. - eu disse com o olhar baixo e se formou um bico em meus labios.

- Wow, rolou rápido de mais. - ele riu e eu o segui. Depois ele encarou nossas mãos como se pensasse em algo e logo seu olhar subiu para mim. - Tae, você quer namorar comigo?

- É claro que sim, dã! - falei de um geito óbvio e infantil, que o fez dar uma gargalhada. Como era bom o fazer sorrir.

Ele se aproximou e me abraçou apertado, eu agarrei forte as laterais de seu roupão e fiquei com a cabeça em seu ombro, inalando o cheiro maravilhoso que ele tem. Ficamos assim por um tempo, só sentindo a presença um do outro e ouvindo nossas respirações. Eu só precisava disso para ser feliz.