3 | O que pode ser real

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Pov. Cait

– Você voltou! – Sam fala após abrir a porta de novo para mim. Ele pareceu surpreso por um momento, mas então abriu um sorriso, o que fez meu coração saltar em meu peito. Estou confusa e quero dar um passo para trás e ir embora, mas ele fechou a porta e se aproximou de mim, passando o braço pela minha cintura, a fim de juntar seu corpo no meu. Seus olhos passearam pelo meu rosto e aquele sorriso, aquele maldito sorriso torto, apareceu, fazendo algo dentro de mim se derreter. Sua mão seguiu até meus cabelos, colocando uma mecha atrás da orelha e então capturou minha boca em beijo lento, explorando meus lábios. Não tive como escapar então deixei o beijo fluir, passando minhas mãos pelo seu pescoço e subindo para seu cabelo, alternando entre carícias leves e puxões mais forte conforme nosso beijo ia se intensificando. Ele me encostou na porta, desceu a mão pela lateral do meu corpo e segurou minha perna, com nossos corpos ainda mais colados, o beijo se tornou eufórico, sua boca desceu para meu pescoço.

– Ah...

Trimm Trimm Trimm Trimm

Acordo assustada com o toque alto do meu despertador. Meu corpo está todo suado e meus pensamentos estão confusos. Ontem à noite ao sair correndo do quarto de Sam, meu coração me dizia uma coisa e minha cabeça outra e acabei adormecendo bem tarde, minhas emoções estavam tão à flor da pele, meu subconsciente desenhou algo que jamais deveria acontecer em um dos meus sonhos mais vivos e intensos. Eu estava ficando louca! Sam se tornou meu melhor amigo, meu companheiro de cena e a pessoa que entende e acompanha meu humor, isso entre nós poderia bagunçar tudo, transformar nosso melhor momento em algo estranho senão der certo. Mas será que vale a pena colocar tudo em risco por uma atração e talvez confusão de sentimentos? Acho que não, isso apenas precisa parar.

Depois de um banho gelado e muita reflexão, fui direto para o set de filmagens e me encaminhei para o trailer de caracterização. Sentei na cadeira de frente ao espelho e fechei os olhos, tentando relaxar e esquecer o que havia acontecido.

– Bom dia meninas. – a voz de Sam se espalhou por todo ambiente e um arrepio subiu pela minha espinha.

– Bom dia Sam. – todas respondemos em uníssono. Eu não estava pronta para isso tão cedo. Sam puxou uma cadeira e sentou ao meu lado me entregando um café.

– Você está bem? – ele me olhou com interesse, mas tentando disfarçar pois havia muita gente ali.

– Agora estou ótima, obrigada pelo café. – falo levantado o copo fumegante em minhas mãos. Ele assentiu com a cabeça e deu um sorriso sem graça, olhando o trailer cheio, as pessoas estavam rindo e nos ignoravam, mas não podíamos falar nada.

– Podemos almoçar juntos hoje? Fora daqui? Precisamos conversar.

– Claro, babe. – ele me deu um beijo na bochecha e se levantou.

– Tchau meninas, bom trabalho.

– Não vai ficar por quê? Sam, eu preciso dar um jeito nesse seu cabelo! – ele se aproxima de Marta, que cuidava dos nossos cabelos, disse algo em seu ouvido que a deixa corada e depois foi embora.

Nas gravações estávamos sendo o mais profissional possível, mas hoje eu errava as cenas, não por cair na gargalhada, mas sim por perder um pouco o foco. Porém com o passar das cenas, conseguimos concluir todos os objetivos do dia sem muitas interrupções. As gravações da parte da manhã haviam acabado e só voltaríamos a filmar no início da noite. Fui ao meu trailer para trocar de roupa para ir almoçar com Sam e assim que sai do trailer ele estava me esperando. Ele havia pedido emprestado um dos carros que nos transportava para os sets para irmos almoçar então seguimos para um dos carros.

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