Da Verdade à realidade

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     Em dias frios de inverno as ruas de Los Angeles ficam totalmente desertas, levando até a crer de que na verdade está se vivendo no Polo Norte e não nos EUA. Sem ser diferente, naquele dia tinha tudo pra ser igual aos demais dias há não ser por um simples motivo.
     Na casa do casal: Henry e Sâmia, há o costume de sair todos os dias no inverno para ir a um abrigo de sem tetos destribuir alimentos. Seria um dia normal até que eles chegam na porta do abrigo e vêm um bebê largado na porta do abrigo enrolado em um paninho e dentro de uma simples caixa de papelão, Henry fala:
-Olhe só Sâmia! Uma caixinha de papelão aqui, vamos ver o que tem dentro dela.
(Eles abrem a caixa e pra surpresa deles, era um pequeno bebezinho enrolado em um pano)
- Olha Henry, é um bebê. E parece que foi largado aqui.
- É verdade! Disse ele.
- Vamos levá-lo para nossa casa e cuidar dele como se fosse nosso próprio filho.
-Espera... Disse Sâmia.
- O que foi?
- Esse bebê na verdade é uma menina. Uma linda menina de olhos verdes.
- Isso explica a delicadeza, mas por que ela tem uma carinha tão enjoada?
- Menos Henry, bem menos!
[···]
- Henry pega aquela frauda pra mim por favor!
- Aqui está.
- Aaaah! Pronto. Mas que nome damos a ela?
- Que tal Verônica?
- Não! Esse nome é muito comum, tem que ser um nome diferente, um nome que indique a sua bravura e sua coragem... Ô Henry, que nome é aquele que tem no comercial daquele colégio?
- O comercial do colégio 007?
- Esse mesmo!
- Bom, ali tem Ágatha, acho que é o nome da diretora.
- Isso! Ágatha, que nome perfeito. O que você acha?
- Por mim tudo bem.
- Ágatha, você vai ser a mais corajosa das meninas!
                  Anos mais tarde
- Ágatha, filha desce para o jantar.
- Mãe o que temos pro jantar?
- Macarronada com salada.
- Não, sério isso? Ta de brincadeira com a minha vida né?
- Por quê eu brincaria? Quer olhar em todas as panelas e conferir?
- Arrg! Exclamei com raiva.
Subi para o meu quarto sem da nenhuma explicação a ninguém, aliás eu não precisava dar informações a ninguém. Ao chegar no quarto tranquei a porta e comecei a escutar a minha playlist de música que eu tanto gosto, enquanto isso meus pais descutiam la em baixo:
- Sâmia o que foi que você falou pra essa garota?
- Nada! Eu apenas chamei ela pra comer, ela perguntou o que tinha pra comer e eu disse. Ela se embirrou e subiu para o quarto.
- E qual era o jantar?
- Macarronada com salada.
- Sâmia, você sabe muito bem que a Ágatha odeia macarronada, odeia salada mais ainda.
- Puts, tinha esquecido! Nossa que vacilo. Mas Henry, essa garota está muito mimada, só faz o que quer. Não obedece pai e nem mãe e a culpa disso tudo é sua!
- Minha por que?
- Você que mima ela Henry!
- Quem foi que começou mimar ela quando ela era um bebê?
- Você mesmo disse. Ela era um bebê, não tem noção do que está fazendo. Mas quando está crescida como agora, ela sabe muito bem das coisa e você vai la e mima a garota.
- Acho que agora mim arrependo de ter trazido ela pra nossa casa!
- Agora você se arrepende né? Tarde demais!
- Você acharia melhor que contássemos toda a verdade a ela?
- Não sei se esse é o momento certo pra fazer isso, ela ainda é muito nova!
- Decida- se, ou ela é velha ou nova!
- Ela é velha pra ser mimada e nova pra saber dessa verdade.
- Mas acho melhor falar, qualquer dor que ela vier a sentir, sentirá agora e passará rapidamente.
- Bom, você que sabe, mas depois não diz que eu não te avisei.
Meu pai veio até o meu quarto e mim chamou para ir até a sala, ele disse que queria conversar comigo. Assim que desci encontrei logo de cara ele e minha mãe chorando, mim assustei bastante mas sentei no sofá e comecei a escutar eles falarem.
- Filha, você sabe que te amamos né? Disse meu pai.
- Sim, sei disso! Mas porque da pergunta?
- Vou te contar uma longa história!
Há 16 anos atrás, eu e sua mãe tínhamos o habito de todos os dias no inverno levar comida a sem tetos em um abrigo. Em um dos dias que a gente foi, eu e sua mãe encontramos uma caixinha de papelão com um bebezinho, era um bebê tão lindo, de olhos verdes e cabelo castanho. Encantou a mim e sua mãe, daí a gente pegou esse bebezinho comecemos a criá-lo como se fosse nosso filho, hoje esse bebezinho tem 16 anos e está... Na nossa frente. Disse meu pai chorando bastante.
- Não, pera! Vocês estão dizendo que...
- Sim filha, infelizmente!
- Eu sou adotada
- Mas a gente te ama como se fosse nossa filha de sangue!
- Não mim chama de filha. Eu preciso ficar sozinha, pensar.
Saí correndo em direção ao meu quarto aos prantos, cheguei no meu quarto e mim derreti em cima da cama.

Colégio 007Onde histórias criam vida. Descubra agora