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Saber que tenho um pai me abalou, mas durante 20 anos eu fui forte, e consegui superar, essa ausência, e não vai ser agora que vou me abalar, vou seguir em frente, como sempre.

-Anne, que tal irmos pro central Park? -Vitória me pergunta assim que saímos da faculdade.

-sei não, ainda tenho que trabalhar-falo comendo um churros.

-faltar um dia não faz mau a ninguém-ela para na minha frente e  começa a falar, mas não consigo presta atenção.

Vejo um tumulto de gente, na porta da faculdade, logo uma limusine, preta estaciona, um cara bem vestido da sai olha ao redor até seus olhos pararem em mim, ele olha um papel e vem na minha direção.

-iih Vitória, acho que é pra você-falo e ela olha pra trás.

-não é pra mi...-ela é interrompida por uma voz grave.

-Anne Cooper?-a voz grave me chama

-sim?-falo enquanto ele me encara por um tempo

Ele anda lentamente até mim

-Filha?-ele fala com a voz falha

-não você deve estar me confundindo-falo me afastando, eu em cara louco, eu não sou filha dele, meu pai ta em Londres, e não deve saber nem da minha existência, ou será que...não pode ser.

-sim, você é filha de...Íris Cooper-ele fala

Minha visão fica turva, sinto uma tontura e minha visão apaga

                        ♡

Acordo com a claridade demoro a me acustumar, percebo que estou no meu quarto, as paredes azuis, com vários postes de cantores, e séries são inconfundíveis.

-mãe?

-ainda bem, acordou-ela chegou perto de mim

- eu tive um sonho, um cara falava que era meu pai, eu em-ela fica em silêncio-aí não, é verdade?-pergunto ela assente, levanto rápido da cama, e me arrependo em seguida, quase que caio, eu disse quase, encaro o Homem a minha frente, ele me olha por um estante, levanta e me abraça, opa cara, menos contato, obrigado.

Me afasto, bruscamente, quem esse cara pensa que é pra me abraçar, quando quer? Ah, ele é meu pai.

Reviro os olhos, ele também.

Ele olha pra minha mãe respira fundo.

-Anne você vai comigo pra Londres-ela vomita tudo em cima de mim.

-ah mais eu não vou mesmo-faço birra mesmo, se reclamar faço o dobro, ele não pode chegar mandando em tudo

-você vai, já está decidido-ele sai pela porta

-mãe-choramingo

-filha, vai ser melhor pra você, vai-ela me abraça

Eu não quero ir pra Londres, e eu não vou.

-mãe, eu não quero ir.

-filha, vai, é melhor-ela beija minha cabeça, e me puxa pra sala.

-ela vai-minha mãe fala, e eu a encaro incrédula, pronto, todo mundo quer decidir minha agora?

Respiro fundo.

-eu só vou com uma condição-eles me encaram-eu só vou se a Vitória for-falo e minha amiga me encara com um brilho nos olhos.

-se é assim, ok, partimos ao amanhecer-ele fala e levanta passando pela porta

-idiota-mumurro

-tia como a senhora foi se apaixonar por esse idiota-Vitória fala

-eu era burra-ela sorrir de lado

-Londres aí vamos nós-Vitória levanta os braços

-urru-falo sem ânimo.

-credo Anne, cadê a animação?-Vitória pergunta

-aí Vitória, que saco eu em-me levanto-eu vou fazer minha mala, bom você fazer a sua também-vou pro meu quarto e me jogo na cama.

Ir pra Londres?

É, ir pra Londres.

A futura princesaOnde histórias criam vida. Descubra agora