Capítulo 1

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Eu, Keita, vivia apenas mais um dia pacato e normal em São Paulo, fui para a escola de manhã pelo mesmo caminho, tive as mesmas aulas das últimas semanas, vi as mesmas pessoas, comi as mesmas coisas, voltei para casa pelo mesmo caminho. Descansei por 2 horas, fui para o trabalho de meio-período como garçom em restaurante Japonês perto de casa, atendi os clientes como sempre, tudo era igual, tenho tido essa sensação há muito tempo, tenho feito isso há quanto tempo? Apenas seguia uma rotina como um robô, não tinha uma namorada e a família que tinha morava em outra cidade... Como eu queria que tudo mudasse, que algode emocionante acontecesse!
Eu não deveria ter desejado isso...
Voltei para casa como sempre, pensei em jogar Osu!, um jogo que consiste em clicar em círculos ao ritmo de diversas músicas, e então continuar lendo um manga que me havia sido recomendado, mas ao chegar em casa, estava tão desanimado, que apenas me deitei na cama e comecei a refletir, sobre como minha vida era normal...
Resolvi sair um pouco para me refrescar, desci pacientemente as escadas do pequeno sobrado onde morava, mais uma vez, monótonamente cumprimentei o porteiro, que fingiu não ter escutado. Saio pelo portão e sinto a fria brisa da noite, que me faz sentir relaxado.
Estava perdido em pensamentos quando me dei conta de que já estava longe de casa e havia andado por mais ou menos 2 horas, já era bem tarde, mas as ruas da grande cidade continuavam cheias.
Observei as casas e lojas, tudo tão iluminado e brilhante, e de repente, tudo se apaga.
Demorou um tempo para que meus olhos se acostumassem com a escuridão, mas logo podia enxergar novamente com a ajuda da tênue luz da lua, agora vísivel devido à escuridão.
O fato de que tudo se apagou de uma vez era muito estranho levando em conta o fato de que nos dias atuais a maioria dos prédios possui geradores.
A situação era completamemte surreal, uma metrópole como São Paulo, sem nenhuma luz. Havia algo ainda mais errado, eu não podia ouvir o barulho de nenhum carro, nenhuma máquina, nem mesmo celulares estavam funcionando. Olhei meu relógio de pulso, que também não funcionava, mas pior do que isso, a pequena bússola presente no relógio girava loucamente.
A cidade estava morta.

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