Capítulo 2

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Tentei falar com as pessoas à minha volta, mas ninguém parecia saber oque estava acontecendo. Pensei que a melhor coisa a se fazer seria voltar para casa pois lá estavam meus pertences, e durante apagões são muito comuns roubos e coisas do tipo. Ao chegar em casa, vi o porteiro mexendo na luz de sua pequena cabine, ele parecia não ter notado que todo o resto também estava apagado. Abri o portão e fui em direção às escadas, esperava ver as luzes de emergência acesas, porém não havia nada, apenas a escuridão, foi aí, que percebi que isso não era um simples apagão, mas sim, algo muito pior...
Quando cheguei em meu apartamento, vi que tudo estava em seu lugar, exceto o pequeno conjunto de imãs que deixava sobre a mesa, pelo contrário, estavam todos esparramados, podia inclusive encontrar alguns no chão, como se tivessem explodido, fiquei muito intrigado imaginando qual a causa desse fenômeno. Deixando os imãs de lado, me sentia muito cansado, anormalmente cansado, decidi que o melhor a fazer seria dormir e esperar o amanhecer, pois na escuridão da noite não havia nada que podia fazer.
Ao acordar, o sol já brilhava no céu, porém algo estava diferente, sua cor, de um amarelo claro, havia se tornado um forte vermelho escuro, além de parecer maior. A partir desse ponto, percebi que minha normalidade, aquela que tanto odiei, havia encontrado seu fim no momento em que as luzes se apagaram. Olhava a grande bola avermelhada no céu atônito.
O que aconteceu, perguntei a mim mesmo. Me recompus e resolvi tentar encontrar meu amigo Vitor, que morava à apenas algumas quadras de minha casa. As ruas estavam desertas, completamente o oposto de antes.

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