"A doce, iriada melodia,
roxa sombra na tarde escarlate,
chorosa, ouço-a; bate
e verte quentura na minha alma fria.
Quantos anos galgaram lépidos,
furtivos, maldosos, sobre a minha cabeça!
E não há tempo que, húmido, arrefeça
a toada suave de tons tépidos...
Remédio para as minhas feridas,
para os nervos pacífico brometo,
quando eu seguir no caixão preto,
entre velas e ladainhas,
meus ouvidos tapados a algodão
hão-de ouvi-la, tal como nessa tarde,
tão discreta, suave e sem alarde,
sobrepondo-se ao cantochão..."
Saúl Dias
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Poemas
Poesiaaqui eram encontrar os poemas mais criativos e mais famosos. Poemas bonitos para a namorada, carinhosos para os pais, ate mesmo licoes de vida de os nossos caros escritores escreveram ao longo da sua existencia.