Capitulo 79

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Luan narrando.

Infelizmente na vida, nós temos que nos sujeitar a fazer coisas que nós mesmo não queremos A alguns anos atrás, tive que forjar a minha morte e fugir daquele morro.

Foi difícil pra caralho ter que deixar minha mina que tinha acabado de ganhar neném pra trás, mas infelizmente era isso que tinha que ser feito O antigo dono daquela porra, queria me matar a qualquer circunstância.

Ele achava que eu era ameaça pra favela dele, pq eu roubava igual a um condenado naquela época. Era emocionadao!

Então pedi pra um pacero meu espalhar que eu tinha morrido, pra eu meter o pé Eu jurei vingança a todos, mas tudo foi por água abaixo quando descobri que os "pacero" mesmo do lindão mandou matar ele.

Eu queria fazer isso com as minhas próprias mãos Ninguém tem a noção das coisas que eu passei, ngm nem imagina o que é você ter que levar tapa na cara DE terceiro falando que tu é traíra e que se já traiu o comando um vez, pq não traíra eles.

Passei foi anos dependendo de uma senhora que mal tinha onde dormir e o que comer Mas consegui sobreviver e hoje estou aqui, com aquela que eu jamais queria ter me separado.

Andei acompanhando o crescimento da Luna... minha filha todos esses anos, não tem como ela falar que a menina não é a minha cara Quando ela era menor, passei por lá e joguei um beijinho pra ela Queria entrar na casa da Mari e dizer que estava vivo, mas ai so ia foder tudo.

Vi também o quanto a Mariah batalhou e batalha até hoje, a menina doce e linda que eu conheci na minha adolescência, ainda habita no coração dela Mas infelizmente não posso contar quem sou eu, mas tudo o que eu fiz/estou fazendo, é pra compensar todos esses anos perdidos.

(Na noite anterior)

- Bora macaquinho, é pra hoje ou pra amanhã essa maconha ai pacero. - ja entrei puto por ter que deixar a Mariah la sozinha, ainda esses caras fica numa lerdeza pra fazer essa porra.

Aproveitei a deixa e tirei uma foto, esses dias la no Rio de Janeiro, nem pude pegar na minha belezinha Hoje sou o "Dono" dessa redondeza, hoje sou do comando de novo.

A males que vem para o bem ne?! Quando eu saí corrido de la, os três cu me ajudaram Mas quando somos nascidos e criados numa facção, não tem como ficar nessa... tive que dar golpe de estado de novo Mas eles tem muito ainda que me agradecer...

(( FOTO TIRADA POR LUAN ))

Ela veio correndo pra perto de mim e me deu um tapa tão forte na minha cara, que tive que colocar a mão logo em seguida

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Ela veio correndo pra perto de mim e me deu um tapa tão forte na minha cara, que tive que colocar a mão logo em seguida

- Me leva embora agora, quero ir embora. - ela disse chorando.

Foi até a mesa, pegou a mamadeira do meno e subiu às escadas Fui atrás dela e na hora que ela ia fechar a porta, consegui segurar Ela então colocou o Raí na cama e deu a mamadeira pra ele segurar, limpou o rosto, pegou as coisas e ia colocando dentro da mala novamente

- Mari? - ela não olhou na minha cara, mas eu tava ciente que uma hora isso ia acontecer Sentei na cama. - Koe loirinha, faz isso comigo não Vamo conversar comigo - segurei o pulso dela.

- 17 anos Luan, você tem noção do que é isso? - ela balançou a cabeça em negativo - Não, não sabe.. 17 anos sem a minha filha saber se realmente tem pai ou não, 17 anos deixando um cara fazer o papel que você não teve coragem de fazer... você me abandonou logo qdo eu mais precisava DE você, tanto eu, qto a minha filha. - eu abaixei a cabeça, sei o que ela ta sentindo. Foi a mesma coisa quando eu vi ela, não acreditei. - Poxa cara - ela se sentou - sempre fui sua amiga, nunca te traí. Pra na primeira vez que eu queria ser ajudada, você faz isso comigo? 17 ANOS TEU FILHO DA PUTA!!!! EU QUERO IR EMBORA AGORAAA - ela gritou e o Raí começou a chorar, levantei pra pegar ele - SOLTA O MEU FILHO, SOLTA ELE. - ela começou a rir - Eu sabia, sabia a todo momento. Meu coração não me enganou, sendo que eu não queria acreditar Mas fazer o que...

- Deixa eu falar porra - Interrompi ela - Tu ja não falou tudo aí..

- Me leva embora.. - Me interrompeu

- Vou te levar, mas antes deixa eu falar - ela sentou de novo e acalmou o meno

- Caralho Mariah - Me levantei - Eles iam me matar, tu sabe como eu tava indo pra pista pra caralho.... - contei tudo pra ela, mas ela permaneceu quieta.

- Me deixa sozinha um pouco. - fiz o que ela pediu e sai do quarto.

Submissa (M) Onde histórias criam vida. Descubra agora