A janela Aberta

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Acordei e sentei na cama que estava molhada de suor, enxuguei minhas lagrimas e peguei o copo de agua que ficava ao lado em um criado mudo, engoli a agua que desceu de forma estranha pela minha garganta seca, procurei me acalmar até que meu corpo parasse de tremer, minhas mãos suadas foram secas no lençol e fui acordado quando a janela de meu quarto bateu com a força do vento, levantei e fui fecha-la, ao chegar a frente à janela senti um medo estranho, como se alguém me observasse atrás da porta na sombra feita pelo guarda roupas, preferi ignorar a sensação e continuei caminhado para a janela, puxei os dois lados para fecha- lá quando pelo reflexo do vidro que compunha a janela vi a sombra de homem, me assustei e ele desapareceu, mais um susto quando meu despertador tocou já era hora de eu levantar e me arrumar para trabalhar, e assim segui fazendo minhas coisas rotineiras de uma manhã chuvosa, estava angustiada e com medo do meu apartamento que ficava no 23 andar de um prédio na zona norte de São Paulo, sai de casa com pressa mesmo não estando atrasada corri para o elevador que para a minha sorte estava quebrado, hora mais essa agora, descer pelas escadas. Ao descer pelas escadas o medo voltou a me acompanhar estava descendo os lances de escada em alta velocidade, ate que meu salto alto resolveu entortar meu pé que me fez cair de frente à porta dos 18 andar, a porta se abriu e eu estava ofegante e assustada, mas para a minha sorte era um casal de idosos que me ajudou a levantar e concluir o meu caminho até p estacionamento, cheguei de frente ao meu carro e para minha grande sorte as minhas chaves estavam lá em meu apartamento, isso me indicava um péssimo dia, um horrível dia, tirei meus sapatos de salto alto e subi mancando até meu apartamento, que ao entrar não pude deixar de notar que a janela que eu tinha fechado a poucos instantes estava aberta de novo, não me atrevi de ir até ela fechar, ela ficaria daquele estado até eu chegar, dessa vez tive sorte de descer com uma amiga que morava no mesmo andar que eu a conversa ajudaria a distrair os 23 lances de escada que eu estaria descendo pela segunda vez, cheguei em meu carro e parti rumo a meu trabalho no centro da cidade segui o caminho normal mas devido as chuvas que lavavam São Paulo tudo estava um caos, depois de 2 horas eu consegui chegar no escritório em um percurso que costumo fazer em 40 minutos.

Ao entrar todos me olhavam com uma cara estranha e aquilo já estava me deixando furiosa eu deveria ter algum doce em minha face pois todos olhavam para mim , eu sempre fui bela mas não seria por esse motivo que todos me olhavam, quando deixei minhas coisas na mesa minha gerente me chamou em sua sala e eu fui talvez deveria ser algo sobre alguns relatórios que deveriam ser entregues naquela semana, ao chegar na sala e me sentar eu ouvi muitas reclamações de meu desempenho na empresa que se eu não fizesse algo para mudar eu estaria fora do quadro de funcionários por ultimo minha gerente pegou um pequeno espelho esses que as mulheres costumam levar em suas bolsas para se maquiar e mandou que eu me olhasse e visse quem estava ali, me deu um numero de um psicólogo que segundo ela era bom e barato, eu realmente não entendia o que estava acontecendo comigo, eu estava desligada de tudo e minha vida não seguia o fluxo normal como antes, procurei algumas amigas e contei meu drama, com umas eu fui para a balada pois segundo o diagnostico dado por elas eu estava muito estressada e precisava relaxar, outras eu precisava de um namorado e assim foram passando os dias sem que eu conseguisse nenhuma melhora em nenhum setor de minha vida.

Após um mês depois da conversa com minha gerente, eu estava pior que antes e quando chegava no trabalho era impossível não notar que todos olhavam para mim com uma certa estranheza, cheguei para mais um dia normal joguei minhas coisas na mesa e debrucei minha cabeça sobre minha bolsa, havia sido mais uma noite de pesadelos em que eu dormia mal, antes que eu pensasse em reagir dona Rosa, uma senhora simpática veio até mim e deu uma xicara de café com um sorriso no rosto dando bom dia, eu apenas aceitei com um sorriso de lado em forma de gratidão. Após esse café recebi uma mensagem de voz de minha mãe dizendo:

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