A trilha era bonitinha, com flores envolta nos arbustos cheios de vida. Já estava à tarde, o céu quase completamente nublado, cinza e azul pálido, prometia uma chuva ligeira. Caminhavam na trilha, mãe e filha. Era uma mulher bela e esbelta, com cabelos negros e ondulados, uma fina feição. A filha era como uma imagem da mãe, com os cabelos mais claros e também cacheados, e com a macia bochecha que toda criança deveria ter, mal passava da cintura da mãe.
"Não se distancie de ninguém perto de arbustos, ainda mais se você for uma criança de seis anos!" Já lhe avisava a mãe dela, toda vez, antes de sair para passear. mas onde já se viu uma criança tão apaixonada por insetos!
Ela avistou uma borboleta colorida, ela ia segui-la, mas a borboleta se dissipou no ar, formando um pozinho colorido. A criança abriu a boca, e depois sorriu espantada. Depois percebeu que atrás dela haviam muitas flores coloridas e belas. Ela foi correndo atrás delas, sorrindo, feliz. Mas alguém ficou para trás...
Passando por um arbusto que cobria sua visão inteira, ela viu. Ela viu uma cabana de madeira, em volta havia vida, arbustos e tantos outros insetos diferentes e coloridos. A criança ficou encantada, maravilhada. Começou a gargalhar e ir ver os bichos novos. O barulho de grilo e de ouros insetos estranhos, belos e coloridos a deixava com um largo sorriso que deixava à mostra a falta de um dente de leite da frente.
Enquanto se deleitava nas plantas, uma mulher saiu da porta da cabana. Trajava vestes de tecidos pretos, era uma mulher bonita e sensual, mas a criança era nova de mais e além de não perceber isso não estava nem aí. Ela viu a criança lá rindo com suas plantas e fez uma expressão complicada. Além de um sorriso, ela também ficou brava, e olhou por um tempo para a criança.
— O que você faz aqui tão longe da vila, criança? Seus pais não te ensinaram a não vir aqui? — Perguntou a mulher, não se sabia se ela estava ou brava ou feliz com a companhia. Mas então acabou com o mistério: — Deixa pra lá... Estou feliz com companhia! Você tem fome? Eu tenho bolo se você quiser...
A criança que saiu de casa as pressas nem tinha comido, ela estava faminta, podia comer um boi do tamanho dela agora. Mas sua mãe devia estar procurando por ela e preocupada agora...
— Eu tô cum fome... Mas mamãe vai ficar braba... — Coitadinha da menina, tão pequena, ainda mal falava direito...
— Não importa, criança. Você pode comer mais rápido. Se você for depressa ela nem vai notar. Eu notei que você gosta de plantas e insetos, eu tenho mais lá dentro. Tenho certeza que você vai adorar!
— Mas e se mamãe brigar? — A criança respondeu com medo. Queria bolo e também queria ver os seres vivos lá dentro. Mas estava com medo da sua mãe depois.
— Não precisa se preocupar com isso, eu dou um jeito pra você.
Hum, huum... Depois eu resolvo isso, pensou a menina.
— Tá bom, onde tem bolo?! — Já disse de prontidão, como se não estivesse em dúvida poucos segundos antes.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Passeio
HorrorÁrvores e arbustos floridos. Insetos coloridos. Crianças deprimidas, Esgueiram-se por comidas. Encantos e maldições, Sofrimentos e decepções. Lutas gloriosas Fugas acovardadas Crianças curiosas Gritavam furiosas. 2467 palavras.