Cap 6

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Eu acordei, já estava de manhã, olhei em volta. Ainda estava na merda do porão ! 

- Mãeeee -  ela desceu as escadas e me encarou. 

- Quem é que está falando ? O demônio ou a minha filha ? 

- Mãe sou eu ! - ela correu até mim, me soltou e me abraçou. Mas, eu comecei a ouvir uma voz, uma voz que eu não ouvia a 2 anos. A voz de meu pai, eu não ouvia ele falando desde os meus 15 anos.

"Minha filha, preciso de sua ajuda. Os anjos estão nos atacando, eles declararam guerra, e preciso dos meus Quatro Cavaleiros para vencer. O seu irmão Guerra , sua irmã Fome, seu outro irmão Peste e você minha filha, a Morte."

- Mãe - eu a chamei, mesmo depois de todo esse tempo, eu pretendia ajudá - lo - Eu posso passar um tempo na casa da Bianca ? - Bianca é uma amiga minha, ela é humana, mas sabe sobre nós .

- Claro que pode minha flor - flor da morte, penso.

Eu subi, passei pela sala e vi Diego e Dylan conversando, eles tentaram falar comigo, mas passei direto, subi de novo e fui para meu quarto. Pego uma mochila e coloco roupas, calças jeans, shorts, blusas e pijamas. Vesti uma blusa branca, um jeans preto e minha jaqueta de couro preta e minha bota preta de salto, sai de casa e corri um pouco para o meio da floresta. De algum jeito, sabia exatamente onde meu pai estaria me esperando.

- Olá filha. Finalmente chegou, agora vamos. - Lúcifer diz assim que eu chego. Eu vi todos os meus irmãos, Bruno o cavaleiro Guerra, Bryan o cavaleiro Peste e Andressa a cavaleira Fome. Eu estava um pouco cabisbaixa, estava triste por causa dos meninos, eu não queria escolher entre eles.

- O que foi Morte ? - pergunta o Bruno.

- Nada, Guerra... - nós nos tratamos pelos nossos nomes de cavaleiros. Nosso pai estava mais na frente, abrindo um portal para o inferno. Fome e Peste estavam logo atrás dele.

- Qual é Alice, eu sei tem alguma coisa errada - ele usou meu nome normal. Sempre fui mais próxima dele, sempre gostei mais dele. Suspirei e contei :

- Achei meu companheiro.

- E qual é o problema nisso ?

- Ah Bruno ! O problema é que não é só um, são dois.

- Guerra, Morte, venham ! - disse a Fome já impaciente.

- Estamos indo ! - respondemos e passamos para o inferno.

Um detalhe sobre o inferno, ele é  quente, mas não para os demônios e sim para as almas torturadas. Nós estávamos indo em direção ao castelo de nosso pai, por um caminho de pedra. Dos nossos dois lados, se estendiam longas correntes, em todas elas víamos almas de pessoas sendo torturadas. Elas gritavam e imploravam para parar, uma dessas almas agarrou meu pé, me fazendo parar de andar, chuto sua cara e as correntes a puxam de volta para a tortura. Uma coisinha sobre as almas, elas têm a mesma forma de quando a pessoa era viva.

Nós adentramos no castelo e nosso pai para e paramos no hall de entrada. Acabei esbarrando em Andressa.

- Cuidado Morte ! Olha por onde anda ! - ela disse irritada, irritada até demais.

- Calma Fome ! - eu respondi me irritando também. É pra ficar irritada ? Vamos ficar irritados.

- OLHA O SEU TOM GAROTA ! EU SOU MAIS VELHA ! - ela grita.

- E EU SOU MAIS FORTE ! - gritei de volta.

- VADIA ! - ela me ataca. Eu desvio, ela me ataca novamente, eu desvio e ataco. A seguro pelo pescoço e jogo na parede, uso minha velocidade de vampira e a seguro pelo pescoço com o braço esticado.

- Meninas ! - escuto nosso pai - Vocês racharam a parede ! - ele reclama. Eu comecei a usar meus poderes nela, sua pele começou a ficar negra, suas veias apareciam com um líquido negro ao invés de sangue, sua pele começou a rachar. Meus olhos ficaram vermelhos, iguais como quando retirei Vladmir de Dylan.

- Morte chega ! Você vai matá-la ! - falou a Peste.

- É o meu trabalho ! Matar ! - falei com voz demoníaca.

- Se você matar ela, não vai vencer os anjos - eu a soltei, pasma, aquela voz...

- Derek ?

- É Alice, sou eu. O Derek, o seu ex.

- Não...

-Não, o que ? - ele se aproxima.

- Fica longe ! - jogo a Fome para cima dele, ele desvia e continua se aproximando.

- Hum ! - escuto a reclamação de Andressa ao cair no chão - Eu não sou uma boneca sua desgraçada ! - ela mostrou o dedo do meio.

- Pega esse teu dedo do meio e enfia no Afonso, ou seja, enfia no cu ! - ela iria partir pra cima de mim, mas alguém interrompeu.

- Já chega as duas ! - disse Penelope, a esposa de nosso pai. Bem... de MEU pai, pois eu sou a única filha biológica dele, os outros são filhos de demônios que meu pai transformou em cavaleiros.

- Vai fazer o que ? - disse Derek ao meu ouvido.

- Isso - eu disse e pus a mão em seu ombro, sua pele ficou negra e começou a rachar, seus olhos completamente brancos e sua pele caiu como os pedaços de uma parede rachada.

- Gostou de destruir a minha aura ? 

- O que ?! - me virei e vi Derek parado, intacto.

- Você não sabe o que é uma aura ? 

- É claro que eu sei, abestado !

- Então me diz o que é - ele da de ombros.

- Não sou obrigada a nada vindo de você - eu disse e me virei para Penelope - Onde fica meu quarto ? 

- No mesmo lugar de antes - eu já tinha passado um tempo no inferno, 4 anos para se exata, vim para cá quando tinha 11 e sai com 15, desde então nunca mais vi meu pai. Até hoje. 

Subi as escadas do grande salão e fui até a ala leste, a pior ala do castelo, a mais assustadora. Passei pelo longo corredor cheio de janelas que pareciam quadros com pinturas que olhavam para você, o chão de uma madeira linda coberta de sangue, as paredes cobertas de veludo vermelho vinho, uma mulher cortada ao meio seu cabelo longo e molhado caindo no rosto e cobrindo seus seios, seu sangue se espalhando pelo chão o deixando vermelho, palhaços tentavam me atacar, mas por eu ser filha de Lúcifer, não conseguiam. Ao andar mais pelo longo e gigante corredor podia ouvir - se risadas e vozes, então, depois de muito tempo, cheguei ao meu antigo quarto. Os quartos dos cavaleiros ficavam nas alas do castelo de acordo com sua alma, quanto mais sombria a alma, mais assustadora a ala do castelo. Eu fico na ala leste, a mais assustadora, Bruno fica na ala oeste a segunda mais assustadora, Bryan na ala sul que é um pouco assustadora e Andressa fica na ala norte, a ala mais tranquila. Paro em frente a porta do meu quarto e abro.

- Que porra é essa ?

A Híbrida Companheira Dos Supremos Onde histórias criam vida. Descubra agora