Ameaça

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Queria entender como ela conseguia ser tão fofa e linda ao mesmo tempo.

- Oh, Jisoo! - Finji estar surpreso. - O que faz aqui?

Ela sorriu, parecendo orgulhosa do que ia dizer.

- Eu trabalho aqui. - O orgulho sumiu repentinamente. - Meus pais são donos dessa rede de lojas, eu sou gerente dessa. E esse ai, é o Jongin? - Eu e minha mãe engolimos em seco ao mesmo tempo.

- Você o conhece? - Perguntei, hesitante.

- Sim. Sou amiga do Hoseok, do Namjoon e dos outros.

Ela riu da minha expressão confusa após ouvir o nome "Hoseok".

- Não se preocupe, agora que Namjoon gostou de você, certamente vai conhecer os outros garotos. Cresci com todos os sete, mas nunca conheci o Jongin, Namjoon nunca deixou e sobre ele morar escondido com vocês, eu sei manter segredo.

Por alguns instantes meu coração parou, e provavelmente o da minha mãe também.

- Bem, tenha cuidado com Ming. Em hipótese alguma ele pode saber disso. - Engoli em seco novamente. - Agora vou indo, tenho que trabalhar e vocês tem que aumentar minha fortuna. - Ela mostrou a língua novamente antes de sair.

Entrei na seção com minha mãe, ainda carregando Jongin, que estava cansado. Enquanto procurávamos a cama, pensei no que Jisoo disse. Quem era Ming? E por que ele não pode saber de Jongin? Acho que meu stalker teve seu nome revelado, mas só isso não era o bastante.

- Jungkook, vá atrás de lençol, travesseiro e cobertor para seu irmão, deixe-o aqui comigo.

Coloquei Jongin no chão e ganhei o cartão de crédito infinito, finalmente. A parte triste é que não eram minhas compras. Não demorei muito para achar o que me foi ordenado, e é claro que eu fui atrás dos produtos personalizados do Homem de Ferro. As sacolas são realmente grandes, me deram duas, uma para o lençol e para o travesseiro e a outra para o cobertor. Droga Jongin, eu queria essas coisas.
Quando encontrei os dois, minha mãe reclamou.

- Você demorou, achei que tinha conseguido se perder na loja, seria uma vergonha se perder com quinze anos.

Jongin puxou a blusa da espiã nada discreta.

- Tenho seis anos... - Ele ficou tocando os indicadores, minha mãe se derreteu com tanta fofura, isso era de certeza. - Seria uma vergonha se eu me perdesse?

- Claro que não, meu amor. - Ela respondeu sorrindo. - Bem, já escolhemos a cama, presente do papai. - Ela mostrou o cartão do meu pai.

- Isso vai virar guerra. - Digo, ao devolver o cartão dela.

- Agora vamos para as roupas.

Ficamos duas horas comprando roupas, foi tediante, o carro ficou cheio de sacolas. Tínhamos um guarda-roupas livre, o levamos para o quarto vazio e arrumamos as roupas de Jongin. Após o almoço, meus pais deram início à caça de informações sobre o processo adotivo, fiz Jongin assistir todos os filmes do Homem de Ferro, e como esperado, gostou de todos. Meus pais demoraram mais do que o previsto, preparei algo para janta e fui dormir cedo com Jongin. Acordei de madrugada, ele não estava do meu lado, estava chorando perto dos pés da cama.

- Jongin? Você está bem? - Perguntei.

Não recebi resposta, então o procurei com as mãos, ao encontra-lo, o puxei pela cintura e o abracei.

- O que houve? - Perguntei enquanto ele se agarrava em mim.

O silêncio dominou o quarto por alguns minutos e acabei chorando junto.

E Pela Primeira VezOnde histórias criam vida. Descubra agora