UM

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Seul amanhecia ainda chuvosa. O inverno estava terminando, mas as chuvas ainda eram presentes. Mon Lee havia acordado cedo, sua mãe havia lhe chamado antes das 6:00 para que se arrumasse para a escola. Mon Lee, aos 6 anos de idade, era a primeira de sua turma. Linjae sua mãe já tinha preparado tudo para a jovem mocinha e a esperava na cozinha.

- Vamos Lee - gritou sua mãe de forma doce. - assim você vai se atrasar.

-Já vou Omma. - disse a pequena já no último degrau. - Onde está o Appa?

-Seu pai? - sua mãe olhou em volta. - Ele já foi pro trabalho minha pequena. Não queremos nos atrasar não é? - disse empurrando a pequena para a mesa. - Vamos... vamos. Venha comer com a Omma.

Assim fez a menina, sentou-se ao lado de sua mãe e começou a comer em silêncio. A mesma a olhava com carinho, já sabendo que sua pequena criança era muito especial. Terminaram juntas e seguiram para a escola. Linjae levava a pequena todos os dias, sempre pelo mesmo caminho.

-Bom dia senhora Jung... - disse Lee sorrindo ao ver a vizinha na janela. - O Hobi já foi?

-Bom dia Lee... - disse a mulher olhando para as duas. - Já sim, hoje ele foi de carro com o Appa dele.

-Aaah... - disse a menina. - Tenha um bom dia senhora Jung.

O caminho até a escola era tranquilo, nada nunca acontecia, mas a rotina das duas era agradável, principalmente para a menina que adorava pular pelas calçadas.

- Lee... - sua mãe a chamou assim que chegaram ao portão da escola. - Prometa ser uma boa menina hoje e não dê trabalho aos professores. Está bem?

-Sim Omma. - disse sorrindo.- Sempre serei uma boa menina.

Recebeu um beijinho na testa, depositado pela mãe, e caminhou para dentro da escola. Sua mãe esperou que a mesma entrasse para afastar-se. Sentia muito orgulho da filha que tinha, e sabia que a mesma era muito forte, nascera com apenas 7 meses e lutou contra a morte já tão pequenina. Nada deixava Linjae mais feliz do que ver a própria filha feliz...

Já em casa subiu para o quarto e começou a arrumar suas malas e as da filha, cedo ou tarde chegariam até elas, e ela não permitiria que tocassem em sua filha. Depois de tudo pronto ouviu batidas na porta. Então caminhou lentamente até o olho mágico para não fazer barulho.

- Linjae sou eu...- disse MinHo, seu marido.- Abra a porta antes que me vejam na rua.

A mesma destrancou a porta rapidamente e o deixou entrar. A esse horário não haveria movimentação pelas ruas, mas cuidado nunca é demais. MinHo estava todo machucado e ainda sengrava pelo ferimento de bala na perna. Linjae correu para pegar o Kit de primeiros socorros..

- MinHo.. O q-que.. O que houve?

-Eles nos acharam Lin...- falou enquanto rasgava a própria calça para a esposa fazer o curativo. - Vamos buscar a Lee. Temos que ir embora agora mesmo.

Disse ao levantar e caminhar até a porta. Mas ao abri-la, foi surpreendido por um chute que o levou ao chão. Quatro homens invadiram a casa, um deles segurou Linjae pelos braços enquanto dois começaram a chutar e esmurrar MinHo, que perdia a consciência.

-Parem...- gritava Linjae tentando soltar-se do maior. -Parem com isso por favor. Parem...

O homem que a segurava jogou-a no chão, a mesma caiu de cara, mas logo em seguida foi obrigada a ficar de joelhos por ter seus cabelos puxados.

- Olhem só.. - começou a rir.- Esse miserável vai pagar com a vida por não ter me pago o que deve. - logo em seguida olhou para Linjae. - Quanto a você....- sorriu - Vai pagar por ter um marido tão miserável.

Tudo que a vida me deu...Onde histórias criam vida. Descubra agora