A filha do presidente

Uma festa ou um...?

Engraçado como apenas três notificações podiam piorar ainda mais o dia de alguém...

Primeiro, aquela noticia sobre a sua chegada à nova escola.
Quando vão à escola alguém escreve isso num jornal?
Então porquê que com Eleanor era diferente?
Este era um dos pensamentos que a perturbava, pois ela era diferente, quantas raparigas não dariam a alma para ter tudo isso sem pensar duas vezes? Muitas... Mas Eleanor gostava de coisas simples como nos velhos tempos, dançar no velho bairro com o seu grupo DcStreet, no qual fazia parte Bailey, a sua melhor amiga de infância, Wesley, Maddie e Jan. Este grupo acentava perfeitamente na sua personalidade, dançavam todos juntos ao som de uma melodia, sem destaques, apenas 5 elementos unidos, com personalidades diferentes expressando vários sentimentos distintos através da dança. 

Segundo, aquela mensagem que recebeu da Gaby Adams, ela parecia simpática mas poderia Eleanor confiar nela? Iria divertir-se lá? Tendo em conta como correu o primeiro dia de aulas e como foram os olhares sobre ela...mas o pior não ficava por aí tudo se explicava com a terceira razão,
a mensagem de Helena, a secretária do seu pai, a certa altura Eleanor decidiu ligar-lhe e foi aí que descobriu o que ela queria:

Eleanor Parker/ Helena Claire

- Olá Helena o que tinhas de tão urgente para falar comigo?

-Ah Olá Ely, preciso que faças um favor ao teu pai...

-Que tipo de favor- perguntou curiosa.

-Há uns jornalistas, os Coopers, que
tem alguns conteúdos que podem prejudicar a carreira do teu pai, então preciso que te aproximes do filho deles...

Eleanor ficou com tensa, enquanto ela continuava...

-Ele anda na tua escola, não sei se conheces, chama-se James Cooper.

- Não, não conheço, secalhar de vista, não sei, também ainda só tive um dia de aulas, não deu para conhecer bem as caras, mas onde é que aproximar do filho deles vai ajudar o meu pai?

- Na parte em que ao te aproximares dele  arranjas informações contra os Coopers, para que assim possamos resolver as coisas de igual para igual.

 A ideia de Helena não lhe agradava nada, mas mesmo assim Eleanor decidiu que iria faze-lo pelo seu pai pois essa era  a única forma que Helena tinha conseguido arranjar para resolver o problema.

Eleanor permaneceu calada pois preocupava-lhe saber como iria conseguir aproximar-se de James. Após bastante tempo  revirando os pensamentos, lembrou-se da festa...

-Eleanor?-chamou Helena pela milésima vez.

-Sim?Ah sim sim eu aceito.

-Ótimo telefona me quando tiveres informações.

Eleanor desligou o telemóvel e começou a escrever uma mensagem para a Gaby a confirmar a sua presença ainda que um pouco apreensiva acabou por enviar a mensagem.

Após enviar a mensagem continuava a pensar em como faria, para chegar até James, aparentemente a festa poderia ajudar mas ela não podia simplesmente chegar e esperar que ele contasse todos os podres da sua família, além disso não seria tarefa fácil aproximar-se de alguém visto que  todos na escola a olharam de forma estranha e maldosa.

Ainda que já tivesse passado uns 30 minutos nos quais Ely pensava em diversas abordagens ("Olá sou a Eleanor mas podes me chamar Ely"; "Olá és o James certo? Sou a Eleanor!"; "Olá, tudo bem?"; "Tudo bem? Sou a Ely conta coisas.") nenhuma parecia a adequada, na realidade como  encontrar a melhor abordagem sobre alguém que mal se conhece? Foi nesse momento que surgiu a brilhante ideia , que deveria ter sido a mais óbvia tendo em conta que estamos no século XXI e ninguém vive sem aqueles maravilhosos aparelhos chamados telemóveis.