Capítulo 27

153 14 0
                                    

Derek

Não foi fácil achar o paradeiro onde melissa estava. Cada segundo, cada minuto que passava sem notícias fazia eu me contorcer por dentro, cada atrocidade pensando em fazer com os culpados disso tudo... Melissa tornou-se meu ponto fraco e eu fui tolo em deixar ela sem proteção suficiente. A culpa, a raiva, o ódio estavam me consumindo e a demora em encontrá-la apenas piorava. Eu não conseguia raciocinar, apenas queria matar quem aparecesse na frente.

-Chegamos senhor, o sinal do celular dela está fraco, mais nos trouxe até aqui.

Observo o local, uma cabana velha no meio do nada. Pouca iluminação e muito fácil o acesso.

-Tem algo errado. Digo assim que estranho o local calmo demais.

- Equipe beta cheque o local.

- Ela não está aqui. Olhe em volta, procure algo além da cabana.

-Sim senhor.

Saio do carro e logo percebo o porquê de tanta calmaria. Era uma armadilha. A equipe de apoio que foi checar a cabana velha identificou um dispositivo eletrônico ligado a porta. Assim que eu abrisse, tiro iria explodir.

-Senhor estamos sendo vigiados. Há câmeras de segurança nas árvores que cercam a propriedade.
-Eles sabem que estamos aqui. Quero entrar na cabana, desativem o dispositivo e sejam rápidos.

-Vocês ouviram, rápido nisso.

Depois de alguns instantes, consegui finalmente entrar na cabana. Eu sabia que ela não estava ali, mais eu tinha certeza que algo ali me levaria a ela.

-Não há nada aqui senhor. Está tudo limpo.

-Olhem para o chão, vejam se encontram alguma porta, um portão, qualquer coisa.

-Chefe encontramos algo a alguns quilômetros

- O que acharam? Acharam ela?

-Os cabos das câmeras nos levaram até um galpão. Está escondido atrás das árvores.

-Seja quem for, está querendo jogar. Vamos brincar direito.

-O que quer fazer senhor? Devo desligar as câmeras?

-Não, seja quem for ele tem que achar que caímos na armadilha. Vamos sair, pegar os carros e dar a volta na propriedade. Vamos tentar chegar ao galpão por trás. Eu quero que ele veja que estamos saindo.

-Sim senhor, vamos lá.

Fizemos do jeito que eu havia dito. Demos a volta na propriedade e pouco antes de chegarmos ao galpão eu liguei novamente para o telefone de melissa.

-Seja você quem for, saiba que é um homem morto.

-Ora, ora, eu vejo que continua esperto meu caro. Mais é claro que eu fui ainda mais esperto que vocês. Sua linguagem de sinais já é bem ultrapassada.

-Quem é você?

-A pergunta é... Você quer resgatar a sua linda donzela?

-Eu vou salvá-la e matar você seu desgraçado.

-Não acho que será tão fácil assim.

-Você não me conhece o suficiente..

-Vão, vão...

Ouço os meus capangas entrarem no galpão e tomo a frente logo depois de desligar o celular...

Os barulhos a seguir eram uma mistura de tiros e gritaria. Melissa havia me dito que tinham três homens com ela, mas haviam muito mais naquele lugar. Seja quem for, era alguém com grandes influências.

Destino IncertoOnde histórias criam vida. Descubra agora