If you...

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O barulho de freios e de uma batida me fizeram acordar em um pulo.
Olho desesperada pelo meu quarto procurando por ele, mas nada. Corro para a sala e seu sapato não está ali.
Grito por ele, mas nada.
Eu não posso deixar ele sair assim.

Pego minha bolsa com meus documentos e meu celular e meu sapato e saio as presas do apartamento. Nem me preocupo em chamar o elevador e desço rapidamente os cinco lances de escadas.

Mal saio do prédio e escuto pessoas gritando para que chamassem uma ambulância. Meu coração aperta e vou até o local onde há um grupo de pessoas em volta de um corpo estirado no chão e um carro sobre a calçada.

Me aproximo e sinto as lágrimas voltarem quando noto que é ele que  está no chão e desacordado.
Me ajoelho ao seu lado aos pratos e seguro sua mão.

Imploro para ele acordar e sorrir para mim várias vezes, mas nada acontece.
Procuro um ponto onde posso sentir seus batimentos e suspiro aliviada por ele estar vivo.

Em menos de cinco minutos, uma ambulância chega e os paramédicos logo fazem o primeiros-socorros.
A todo momento seguro sua mão. Eu não vou deixa-lo ir. Não vou.

"O que a senhorita é dele?" Uma mulher pergunta quando tento entrar na ambulância. Respondo de imediato que sou sua namorada e ela me deixa subir e sentar ao lado dele.

Duas horas. Já tinham passado duas horas desde que ele deu entrada no hospital.
Os membros dos dois grupos se aglomeravam na recepção.
Todos estavam com os olhos vermelhos e com lágrimas secas no rosto. Eu estava em um estado pior. Não tinha parado de chorar desde que chegamos e não sai ds frente da porta que ele deu entrada.

Nas vezes que tentava limpar meu rosto, sentia o frio da pulseira prateada que ele me deu em meu rosto e chorava ainda mais.
Eu não entendia o fato dele ter me dado uma pulseira apenas com metade de um floco de neve.
Ele me deu na época do treinamento, no dia do meu aniversário, para ser mais exata. E anos depois, eu ainda não sabia onde está a outra metade.

Não notei que fiquei um tempo mexendo no pingente e o médico me chamava. Me assunto quando Dino enconsta em meu ombro e diz que o médico está me chamando.

"Sou eu!" Ando rápido até ele, que sorri ao ver que estou ali."Ele está bem? Ele sofreu algo? Seja o que  for,  diga para mim que eu cuido dele."

"Ele está bem. Sofreu apenas alguns cortes superficiais e não precisa de nenhum aparelho para respirar, mas ele vai precisar de fisioterapia para o seu braço esquerdo, já que houve uma pequena fratura." Sorrio aliviada e abraço o médico, o agradecendo por ter cuidado do meu menino, o que o fez rir. "Antes da cirurgia, ele acordou e perguntou de uma tal _____. Ele ficou aliviado ao escutar que você estava na sala de espera." E saiu.

Ele... perguntou de mim. Ele...
Ah Joshua, por que você não foi assim no passado?

Uma enfermeira veio avisar que ele está sob efeito do anestésico e que vai dormir por, mais ou menos, 10 horas e irá ficar alguns dias no hospital para ter certeza que ele não sofreu nenhuma sequela.

"Hey ____, nós vamos ir pro dormitório, quer que eu traga algo para você?" Ten veio até me lado e se sentou.

"Pede para Sun trazer algumas roupas leves para mim? E a bolsa rosa que está no armário da pia?" Limpo meu rosto.

"Está bem. Quando ele acordar, ligue para nós, ok?" Assinto com a  cabeça e ele beija minha testa. "Tchau, baixinha. Até mais tarde." E sai.

Minutos depois, Wonwoo se aproximou e se sentou na cadeira ao meu lado.

"O que você desse cara?" O olho perdida e ele suspira. "O que você é do Ten?"

"Ele é tipo um irmão mais velho, sempre cuidando de mim e dos outros." Pego meu celular e fico vendo as fotos que tirei de Joshua sem ele notar.

"Você nunca deixou de gostar dele, né?" Wonwoo deu uma risada leve.

"Está tão na cara assim?" Ele assente rindo.

"Ele pensou em você todos os dias nos últimos dois anos. Sempre que ele estava no sofá e olhando apaixonado para o celular, eu sabia que era para suas fotos que ele olhava." Suspirou e fechou os olhos. "Eu e os outros vamos para o dormitório. O médico disse que ele já foi para o quarto e que apenas uma pessoa pode ficar, ou seja, você."

"Vocês tem certeza?" Ele sorri mais uma vez e beija minha cabeça.

"Você vai querer estar ao lado dele quando acordar, certo?" Sorrio e me levanto com ele. "Escutei que Sun vai trazer suas coisas, vou trazer umas de Joshua também." Wonwoo faz um carinho em meu ombro e vai embora com os outros.

Vou até a recepção e pergunto se posso ir até o quarto dele, já que eu sou a "namorada" dele aos olhos da mídia. Rapidamente uma das enfermeiras me leva até o quarto, mas com um aviso: ter cuidado para não machucá-lo.

Ao vê-lo na cama com alguns curativos, me deu um aperto no coração.

Uma hora mais tarde, Sun e WonWoo chegaram com algumas roupas e logo foram embora juntos. Era estranho. Os dois ficaram próximos nos últimos meses e agora ele vivia a chamando de "minha noona". Ele também me chamava de noona às vezes, mas eu não sorria tímida e abaixava a cabeça como Sun. Certeza que ela estava apaixonada.

Nossa apresentação séria no dia seguinte e não vamos poder mais cantar juntos...
Eu nunca vou realizar esse sonho.

Acordo horas depois com alguém me chamando e quando olho, quase desmaio de susto. Nosso PD estava em pé ao lado da cama de Joshua, que ainda dormia.
Ele vem até meu lado e se senta enquanro suspira.

"A sorte de vocês, era que a apresentação tinha sido cancelada." A minha cara de surpresa fez ele rir e depois pegar o celular. "Houve um tremor na área que teria o evento e tudo foi cancelado. Tão estranho. Há muito tempo isso não acontece." Ele ri e se levanta. "Para os olhos da mídia, você não pode sair desse quarto. Os outros membros dos grupos estão lá fora. Se vocês fizerem corretamente, o tempo do contrato vai diminuir."

"Está bem." Digo e ele sai do quarto.

Com ou sem acidente, eu não cantaria com ele.

"Se for para ficar, fique por mim e não por causa de um maldito contrato." Eu estava quase dormindo quando a voz rouca dele ecoa por em ouvidos.
Me levanto rápido e sorrindo, mas sua expressão dura me faz parar. "Você não ouviu? Se você está aqui só para seguir o contrato, vai embora."

Eu nunca o vi tão sério e frio como agora. Suas palavras duras machucaram. E muito.

"O que te faz pensar que pode ficar aqui se for só por essa porcaria de contrato?" Ele me encarava de forma dura e não notava que aquelas palavras estavam me machucando. "Eu quero alguém que fique aqui por mim, e não por medo de ir contra um contrato."

Minha respiração estava falha e meu peito doía demais. Meus olhos queimavam e eu tentava não chorar.

"Você acha que eu só estou aqui por causa de um contrato?" Minha frase sai falhada e noto que sua expressão dura muda para preocupada. "Você acha realmente que eu faria isso? Se eu estou aqui, é porque eu quero estar aqui." Lágrimas salgadas e quentes escorrem pelo meu rosto. "Mas eu não vou ficar aqui por alguém que me trata dessa forma." Limpo meu rosto e saio do quarto apressada.

As lágrimas voltam e corro para as escadas do hospital até ir para o terraço.

Eu nunca fiz algo apenas por causa do contrato. Todos os carinhos, presentes e outras coisas, foram reais. Ele nunca notou que fico nervosa ao lado dele? Nuna notou o quanto fico corada quando ele beijava minha bochecha em público? Para ele tudo era encenação?

Se ele acha que fiz tudo por causa de um contrato, está bem. Agora sim ele vai saber o que é agir apenas por causa de um contrato.

Fools [Joshua]Onde histórias criam vida. Descubra agora