Capítulo 11

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Depois de tanto chorar, já não tinha mais lágrimas, me levantei e fui pro banheiro, eu estava com nojo.. e tinha começado a me dar  leves dores na barriga mas eu ignorei.. Fiquei em baixo do chuveiro por bastante tempo, e quando sai ele estava deitado na cama, não me contive
- Seu desgraçado, por que você fez isso comigo? você não tinha esse direito, eu tenho nojo de você
- Você não foi embora por que não quis, tinha o direito de escolher e escolheu ficar, então eu faço oque eu bem entender com você
Não me contive e pulei em cima dele comecei a soca-lo ele me segurou com força e quando ele levantou a mão pra me bate senti uma pontada muito forte na barriga dei um grito e me torci de dor
- Meu Deus oque aconteceu?
- Minha barriga - eu gritei
Ele ligou pra minha mãe e logo ela estava ali me carregando pra dentro do carro, fomos ao hospital, e o médico fez medicação pra dor, disse que como não houve sangramento não tinha problema, mas era pra fica em repouso absoluto, minha mãe me levou pra casa dela falando que eu iria fica lá por uns dias, e então eu fiquei, Leonardo não foi nenhum dia até lá, João me visitou todo dia pois estava faltando a aula
Hoje é meu aniversário, estou fazendo 17 anos
- Feliz aniversário meu amor - minha mãe entrou no quarto com uma bandeja de café da manhã, linda, por um instante pensei que foi presente de João - Léo mando essa sexta de café da manhã pra você - ela disse me abraçando
- Estou sem fome mãe se você quiser pode comer... - disse retribuindo o abraço
Conversamos sobre coisas aleatórias
- É filha, acho que amanhã você pode voltar pra casa né
Apenas balancei a cabeça concordando, passei o resto do dia sozinha, eu estava com raiva que amanhã deveria voltar pra aquele inferno, eu estava com raiva do bebê, era tudo culpa dele, eu queria tirá-lo de dentro de mim, eu não queria ele em minha vida, de noite recebi a visita de João
- Olá - ele disse entrando - feliz aniversário - me abraçou e me entregou um embrulho sorri ao ver
Abri, era uma blusa linda, tinha uma caixinha com uma corrente linda e um outro embrulho, e quando eu abri era uma roupinha de bebê, branca, e um sapatinho de lã vermelhos, era tão pequenina, linda, senti um aperno no meu coração e senti um sorriso trapaceiro brotar em meu rosto
- Obrigado João - o abracei forte
Ele colocou a corrente
- E então vai ficar aqui até quando?
- João eu não posso voltar pra aquela casa, você sabe por que eu passei mal? - Eu não havia contado pra ele , sempre que ele pedia eu mudava o assunto
- Não você não quis me conta
- João Léo me obrigou a fazer sexo com ele
- Oque? a sua mãe tem que saber disso - ele gritava
- Shhh! Não João, meu filho não pode crescer sem um pai, por mais que eu não esteja bem aí pra ele eu não posso tirar esse direito dele, muito menos sabendo que ele vai estar preso, eu tenho que aguentar isso
- Eu não vô aceita isso Bia - ele ficou bem na minha frente - você é uma menina tão doce, prefere ver o seu mal do que o mal de quem lhe faz mal , você não merece passar por tudo isso - ele passava a mão delicadamente em meu rosto - por favor me deixa te ajudar
- Não da João, eu sei o quanto é triste crescer sem pai, e olha que eu tive o meu até 11 anos, eu não posso fazer isso com ele, por favor, você é meu amigo mas não tem o direito de me contrariar nisso, por favor, eu preciso aguentar firme - peguei a mão dele e direito do meu encosto
- A última vez ok? Eu juro que se ele te machucar de novo eu não responde por mim

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