As duas garotas sentaram-se um pouco distantes uma da outra no banco onde costumavam ficar e falar sobre tudo e nada. Naquela tarde, mesmo que fosse o mesmo lugar de sempre, as duas garotas pareciam sentir que algo diferente estava prestes a acontecer.
"Acho tão incrível nós termos uma cerejeira aqui. Apesar da sujeira, é tão lindo todas essas pétalas rosas." A mais nova quebra o silêncio, balançando os pés levemente ansiosa, sem conseguir olhar sua unnie. O tempo estava fresco e ainda tinha a sombra da árvore onde elas estavam abrigadas, mas mesmo assim ela sentia suas mãos suarem.
"Sim~ Eu amo essa época do ano. Faz me sentir um pouco mais próxima de casa." A mais velha sorri lembrando de seu antigo país. "Deveríamos tirar uma foto?" A mais nova balança a cabeça em não, surpreendendo-a.
"Eu soube de uma coisa... Na verdade, eu li na internet." A mais nova ri de si mesma. "Era sobre uma lenda onde as pessoas que se declaram debaixo de uma cerejeira são unidas pela linha vermelha do destino e ficam para sempre juntas da pessoa que amam..." Movida pela determinação, enfim a mais nova encara sua unnie, que estava com a boca levemente aberta pela surpresa. "Unnie, eu quero ficar para sempre perto de você. Eu te amo." Sorri orgulhosa de si mesma por enfim dizer o que estava guardando há meses apenas para si. "Você poderia me aceitar?" Observa com expectativa a mais velha, a espera de uma resposta, mas a outra apenas continuava com sua expressão em choque.
Os segundos passaram quase como se fossem minutos, e a mais nova sentia como se respirar exigisse um grande esforço físico e mental. Ela não a amava?! Ela não iria sequer respondê-la?! Mas ela sempre a olhava como se fosse a coisa mais importante do mundo...Ela devia estar imaginando coisas, então.
Com o coração apertado, surpreendendo sua unnie, a mais nova se levanta, curvando-se para a mais velha.
"Peço desculpas por ocupar seu tempo, unnie." Ela volta para a posição ereta, e corre para longe da outra.
Mina continuava surpresa pela coragem de Chaeyoung. Ela queria tanto responder, mas ela se sentia paralisada pela surpresa. Ela havia negado tanto para Momo e Sana que existia algo entre elas, porque não existia e também por medo da rejeição de suas amigas, que suas expectativas de algo parecido com isso acontecer estavam iguais a zero.
Mas ao ver a mais nova partir, Mina se arrepende de sua covardia. Recuperando o controle de seu coração e membros, ela decide ligar para Chaeyoung, mas esta não atendia as ligações. Suas mãos tremiam, a impedindo de digitar, e a inquietação em sua mente não a ajudava a compor algo para escrever e minimizar o estrago já feito. Logo ela desistiu disso também.
Dominada pela frustração, ela se tranca em seu quarto pelo resto do dia, passando horas observando o teto acima de sua cama, na esperança que de repente alguma resposta surgisse ali.
Mina não lembra se dormiu ou não. Assim que seu alarme tocou, ela logo o desligou, se levantando em seguida. Ela estava profundamente arrependida por ter hesitado, mas haviam muitas coisas que aquela declaração implicava e ela não tinha certeza se poderia lidar com as consequências.
Apesar disso, a consequência de perder Chaeyoung começou a parecer o maior contra na sua lista de motivos para tê-la rejeitado no final das contas. Mina estava decidida a dar uma chance. Era melhor tentar do que carregar um arrependimento por uma vida inteira.
Mina procurou Chaeyoung após atravessar os portões de entrada da academia. Em sua mente passaram-se milhares de formas de como levar a conversa com Chaeyoung a frente. Ela esperava que a garota não estivesse com muita raiva ou desolada. Ela se sentiria tão culpada se tivesse a machucado...
Mas, indo contra todos os cenários que a japonesa tinha em sua mente, Chaeyoung estava para o total inverso. Chaeyoung estava rindo. E não era qualquer risada pequena e baixa. Era uma gargalhada alta. A mais nova se abraçava na sua colega de classe super alta, Tzuyu, que tinha seu braço envolvendo os ombros da baixinha.
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I Didn't Just Kiss Her
FanficSeus lábios se chocam contra os meus quase em desespero pelo contato. Me vejo corresponder na mesma intensidade, com pressa, com desejo, querendo me afundar naqueles lábios macios, com sabor de proibido. A sinto puxar meus cabelos da nuca, me afasta...