How?

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P.O.V's Bonnie

- Sentiu minha falta Bon-Bon?

Dei um passo para trás e quase cai. Ele ri com meu movimento, e eu me recomponho rapidamente. Ser frágil e demonstrar medo na frente de Kai era uma sentença de morte. Ignorando o medo corrente em minhas veias, e o barulho das batidas altas do meu coração ecoando no canto da minha cabeça ergui o queixo e olhei para ele.

- Como conseguiu sair de lá? - mantive minha voz firme, e para meu orgulho consegui, franzindo o cenho. Ele sorri e começa a andar ao meu redor, como um caçador quando avista sua presa. Não tiro os olhos dele um minuto, e sinto vontade de chamar Damon, chamar qualquer um. Mas não o faço.

- Você subestima minhas habilidades, Bonnie. - tudo o que ele dizia parecia ser debochado, nada tinha um sentimento real. Era tudo uma brincadeira para ele, e eu não sabia se aquilo era ruim ou péssimo. Porque de bom não havia nada.

- E você subestima as minhas. - arqueio uma das sobrancelhas em desafio. Kai sorri com minha reação, e para de andar, cruzando um dos braços sobre o peito.

- Aqueles vampirinhos amigos da mamãe Salvatore foram úteis. - ele diz e vejo-o passar a mão pelo pescoço. Consigo ver duas marcas arredondadas, indicando que ele havia sido mordido. Um sentimento de alegria me preenche, sabendo que ele tinha sentido dor.

- Como? - pergunto, ignorando sua ferida no pescoço.

- Não quer se sentar, querida? - ele pergunta apontando para o sofá da enorme sala dos Salvatore. O olho desconfiada, tentando descobrir o que se passava na cabeça daquele sociopata. Ele estava tramando algo. Ele percebe minha hesitação e sorri, sentando-se no sofá. - Vamos, eu te faço companhia.

- Prefiro ter um cadáver como companhia do que você. - cuspo com certo desprezo. Ele acha graça, mas quando eu não sento, vejo sua expressão se tornar carrancuda. Em um movimento rápido ele me puxa para o sofá, me fazendo cair nele.

Automaticamente me afasto o mais que posso dele, mas ele se aproxima. Tento me levantar mas ele me segura novamente, agarrando meu braço com força, machucando-o.

- Dá pra me soltar? - pergunto com raiva e ele hesita antes de largar meu braço bruscamente. Contra minha vontade, me sento ao lado dele, sentindo meu sangue ferver e meu coração pular sem parar dentro do meu peito, como se fosse sair dele a qualquer momento.

O olho de soslaio e vejo que ele está me fitando profundamente, e isso me incomodava. Eu nunca sabia o que estava acontecendo com Kai, e eu odiava não saber. Me acomodo no sofá, e arranjo coragem para o olhar diretamente nos seus olhos.

- Como saiu de lá? - pergunto, em desafio, me forçando a ficar firme, mesmo estando apavorada com a simples presença dele. Vejo-o sorrir de lado.

- Você sabe que minha força de vontade quanto a ser livre é bem grande. - ele começa com um ar calmo e zombeteiro, que se transforma logo num irritado e sombrio. - E mesmo assim me largou lá, depois de tudo.

- Tudo o que, Kai? - pergunto rapidamente, sem lhe dar tempo de continuar. - Depois da flechada, de você me esfaquear, me sequestrar e me deixar lá sozinha naquele mundo? - minha voz trêmula com a raiva, mas mantenho-a calma. Não queria lhe dar o gostinho de me ver chorando. - Você não é melhor que ninguém, Kai.

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⏰ Última atualização: Jul 19, 2017 ⏰

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