Luz- Capítulo 2

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  7 de setembro de 2002

Acordei de manhã ainda pensativa com o comentário de Marta.
  Mas por mais que pensa-sse as ideias não me clarificavam.
  Levantei os dois pés mentalizada para mais um dia de escola, os meus olhos sonolentos abriam-se vagarosamente mas um grito fez-me despertar .

   Decidi verificar e espreitei no cimo das escadas, Marta estava desfeita em lágrimas enquanto que minha mãe gritava com alguém que a imagem não conseguia reconhecer.
         Desci as escadas e fiquei estupefacta quando vi o meu pai com uma criança ao colo e de mãos dada a uma mulher. Não vou mentir...aquilo doeu.
        Ele não era muito presente mas eu sempre pensei que eu e Marta Éramos as únicas que ele amava pelos vistos ele tem outra familía.

Eu corri para o meu quarto e pela primeira vez chorei pelo meu 'pai'. Aos poucos acendia-me de raiva e o meu corpo aquecia como uma tocha.
   Não achei normal, fui para a casa de banho para me refrescar. Olhei para o espelho mas nas minhas mãos vi um monte de faíscas exageradamente brancas, tentei passar por água mas elas não desapareciam.

-Rosa sou eu, posso entrar?

-Não pai, agora não é uma boa altura

-Eu percebo que estejas magoada mas eu preciso de te ver

-Pai eu disse que agora não é uma boa altura. Vai-te embora

    As lágrias escorriam-me pela face abaixo , e aquelas faíscas não paravam, sentei-me na borda da cama e respirei fundo 3 vezes . Continuei co. os olhos fechados e com um certo receio de os abrir. Marta entrou no meu quarto eu virei-me para ela não me ver.

-Rosa, olha eu sei que tu metes aquele cara de forte e tal mas eu sei que tu sofres também se alguma vez quiseres falar...

  Ela pegou na porta e quase a fechou quando se lembrou:

-A mãe disse que se quiseres podes faltar hoje

A parte mais engraçada é que toda a gente pensava que eu estava abalada por causa dele mas naquele momento eu estava apavorada e não sabia o que fazer em relação há aquela coisa.

     Eu faltei porque não sabia se as faíscas iam voltar e fiquei o dia a pesquisar mas nenhum resultado tinha aparecido apenas experimentos feitos.
  A minha mãe entrou para verificar se eu estava bem e aproximou-se de mim quando me tocou...

-Rosa, deste-me um choque não andaste a fazer aquelas experiências outra vez pois não?

-Sim mãe desculpa

Um dos maiores erros que eu fiz na altura; mentir-lhe.
   Pelo que eu tinha observado sempre que alguém me tocava apanhava uma espécie de choque e se eu toca-sse em alguém também apanhavam.
   Já eram 21:00 e eu decidi deixar de pesquisar e dormir.
  Acordei de manhã e uma pequena nota estava afixada na minha cabeceira:

" Queres respostas?
    Rua 567 Do carneiro , Edf. 67 ap. 2E"

  No início pensei que fosse uma brincadeira mas foi quando me dei a atenção que eu não tinha contado nada a ninguém.
    Vesti umas calças e uma camisa e saí de casa a correr.

- Espera Rosa, onde é que vais?- Mas não tinha pensado como passar pela minha mãe.

- Escola

-Onde é que está a tua mochila, Rosa?

-Humm...hoje não è preciso

E começei a correr para escapar ao interrogatório. Chegui á morada e havia um grande prédio velho provavelmente abandonado. Entrei e vi uma secretária empoeirada e umas estantes com livros . Inclinei-me sobre o livro e limpei-lhe a capa e nele estava escrito "Paranormal".



        

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