Já teve a sensação de ser apenas um fantoche no lugar onde vive? Onde apenas faz as mesmas coisas, vai aos mesmos lugares, conta as mesmas coisas e por aí em diante? Parou pra pensar se seu devido lugar era ali mesmo? Sim, um pensamento bastante incômodo, que mais parece uma ferida que não se cura. Alice pensa dessa forma com muita frequência, não é fragil sentimentalmente.... Só não consegue se acostumar com as coisas muito iguais, muito fechadas.
Alice é uma menina sonhadora e consideravelmente incomum aos olhos dos outros, pois consegue ver beleza e otimismo onde muitos não vêem; acham ela tola, despreparada para o mundo, sem falta do que fazer:
-Faça algo de útil pelo menos uma vez, garota! - escutar isso no cotidiano é como escutar um 'olá', 'bom dia' ou até um 'se cuide'. Pergunte-se se isso ainda a afeta atualmente? E a resposta é não, mesmo ninguém sendo de ferro e todos sendo programados para cair, Alice não estava de fora dessa analogia; a mesma até gosta de ficar em sacadas para refletir sobre o que os outros devem pensar!
Um dia desses fez exatamente isso, pôs seus fones de ouvido e colocou "Let's Go" do Stuck In The Sound para ouvir e começou a fazer o que mais gosta: desenhar, para ela um dos melhores meios de expressão é através de figuras expressivas... Pois a faz pensar qual seria seu propósito nessa vida, claro que existe vários e vários outros meios de expressionismo, o preferido dela era a arte visual e até musical; mesmo não sabendo tocar instrumento algum... Ainda.Ponto de vista de Alice
Já devo ter lhes contado que recentemente me livrei de um imenso peso das costas, né? Esse foi o momento que as portas da minha pacata imaginação se abriram, acho isso algo impressionante... Tenho dores de cabeça de tanto pensar as vezes, hahah! Mas por um lado é bom, pois a maioria do que penso, sinto e tenho vontade de falar eu simplesmente posso desenhar, pôr cores nas coisas; dá-las a vida, um sentido.
Mas no momento eu acho interessante achar alguém para compartilhar isso, compartilhar mudanças, gostos, diferenças.
Acho que quando dizem que todos tem uma escência eu a interpreto da forma de agir e pensar, pois acho o certo a se fazer. A minha por exemplo, eu a considero meio bizarra comparando as pessoas ao meu redor...porém, sinto que preciso de alguém para compartilhar a tal diferença, e isso me causa uma tremenda desordem interna, o que me desencadeia uma falta de com quem conversar; meus pais? Desisto, me acham fechada, imprestável, sem falta do que fazer. Meus irmãos? Me acham uma tolinha; difícil, não? Tenho dois cachorros de estimação, mas não dei uma breve descrição dos mesmos como antes: Louie, o pequeno que infelizmente não tem a capacidade de ver as coisas ao seu redor, inclusive o lado mais bonito delas; e Boo, o médio que sempre é otimista mesmo ficando mais ao lado de meus pais... Não o julgo, até concordo que as pessoas precisam de mais amor e otimismo.
Acredito que os menores são os únicos que nunca vão te julgar pelo que é ou que gosta de fazer...infelizmente não estão evoluídos o bastante para conversarmos, não?
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A Day in The Life of One Girl
Short StoryEla era uma garota "especial" para alguns, mas não acreditava nisso e se sentia confusa sobre as coisas ao seu redor....mas um dia isto mudou! E ela definitivamente não acreditou por um momento.