O desastre do café

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C a m i l l y

- Mãe, a vovó chegou!- Gritei quando vi um carro vermelho entrando na rua
Cumprimentamos a vovó, colocamos as malas no carro e partimos para o aeroporto, chegamos la era quase 8:00, nosso voo sai só as 11:00.

-Isso que eu odeio em voo internacional- disse Vitoria tirando os fones- 3 horas de antecedencia! onde ja se viu isso? simplesmente desumano, desumano...

-Para de reclamar filha- disse papai com sotaque- A gente despacha as malas, toma um cafe e compra aquilo la que voces queriam, o que era mesmo?

-Almofada de pescoço pai, a minha ta toda acabada, e a Vitoria perdeu a dela quando a gente foi pra São Paulo, lembra? Eu não consigo dormir sem uma em avião.

-Ok, vamos despachar as malas- ele disse
Após despacharmos as malas, fomos comer alguma coisa no Starbucks, eu pedi um Red Valvet e um frapuccino Brigadeiro, Vitoria um croissant e um Refresher Frutas Vermelhas, papai quis experimentar o novo cookie com nutella e um expresso e mamãe um cha gelado com limonada e pão de queijo.

</ QUEBRA DE TEMPO />

Chegamos no aeroporto de LA  uma 23:00, todos muito cansados com o tempo de voo, e Vitoria ainda dormindo por causa do remedio pra dormir (ela nao dorme em voos sem remedio)

-Pai, eu vou pegar um cafe pra mim e pra Vi, voces querem?- perguntei depois que passamos pela alfandega

-Quero sim, cafe preto- ele respondeu rapido

-Dois filha- mamãe corrigiu-o

-Vi, vem comigo- disse e ela levantou preguiçosa

-Deixa ela aqui filha, capaz dela dormir no balcão- mamãe disse sentando Vitoria de novo
Chegando no Starbucks, pedi 4 cafes, e quando ficou pronto tava muito quente, quente real, nunca vi cafe tao quente, so porque ia levar tudo sozinha, cuspi na cruz pra merecer isso, respirei fundo e peguei os quatro, virei cuidadosamente, nao muito cuidadosamente ja que um infeliz trombou em mim e eu derrubei dois dos cafes nele

-Merda!- ele gritou

-Ai meu Deus! me desculpa- coloquei os cafes numa mesa e peguei guardanapos e comecei a passar na blusa azul que ele usava- Isso não podia ter acontecido

-Ei, calma, ta tudo bem- ele pegou os guardanapos da minha mão- Não foi nada

-Como nao foi nada? Olha pra sua blusa, toda suja, parabens Camilly, mal voltou pra Los Angeles e ja fez merda

-Camilly? -finalmente olhei pra cima e vi o garoto cafe, muito bonito, loiro, um sorriso de lado, fascinante, confesso- O que te faz voltar pra LA? parece ser importante

-Faculdade... Espera, como voce sabe meu nome?- indaguei confusa

-Han... Voce acabou de falar- ele riu

-Falei? Desculpa, umas 11 horas de voo não fazem bem pra ninguem

-11? veio de onde?- indagou com as sobrancelhas arqueadas

-do Rio de Janeiro, senhor curioso- ele apertou os olhos os ouvir o ''apelido''

-Desculpa, sou um pouco curioso as vezes- ele disse envergonhado

-Ah, entao temos isso em comum, e falando em curiosidade... Nao sei seu nome, curioso

-Matthew, Matthew Espinosa- ele respondeu com um sorriso

-Hmm, esse nome parece familiar- dei um suspiro- Enfim, eu preciso ir, tenho que comprar mais cafeina

-Deixa que eu pago- ele disse quando me virei

-Nem pensar, eu te sujei e voce me paga cafe?

-Ah, vamos la, fui eu quem esbarrei em voce, eu pago

-Ok entao -Eu sentei e comecei e beber do meu copo enquanto ele ia na fila, logo ele voltou com mais dois copos

-Posso te pedir uma coisa?- ele soltou quando me entregou os copos

-Claro

-Seu numero- ele falou rapido (e confiante)

-Isso ainda nao posso revelar- disse desapontada

-Alguma regra com derramadores de cafeina?- ele perguntou desapontado

-Nao- respondi rindo - Acredite em mim, eu queria muito te dar meu numero, o problema seria apenas eu ainda nao ter um

-Nao tem telefone?- ele pareceu surpreso

-Tenho, mas nao tenho um chip daqui, entao sem chance- disse desapontada

-Entao anota o meu numero- ele disse sorrindo

-Pode ser- tirei o celular da bolsa, me embaralhei um pouco com os fios -Se vira com os fones -Entreguei o aparelho rindo e ele o pegou, deu um riso de lado

-Curte Jack and Jack? - Me lembrei que a musica pausada era Two Cigarettes

-Curto - Ele sorriu, anotou o numero e me entregou o celular

-Promete que me manda uma mensagem quando tiver um chip?- ele pareceu serio

-Prometo!

-De dedinho?- ele esticou o dedinho

-De dedinho!- enlacei o dedinho

Um intercâmbio sem fim Onde histórias criam vida. Descubra agora