Capitulo 18

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Capitulo 18

Cinco horas certas e podia ouvir o relógio da cozinha a tocar enquanto procurava pelas chaves de casa. Assim que as encontrei saí de casa. Tinha recebido à cerca de um quarto de hora uma mensagem do Jake. Perguntava-me se queria tomar um café apenas para pormos a conversa em dia. Eu precisava disto, precisava de sair de casa por uns momentos e tentar arejar as ideias.

O que acontecera ontem com o Harry tinha-me deixado super pensativa e a minha cabeça fervilhava com tudo o que passava entre nós. A maneira e o tom com que me falou, o seu olhar, tudo o que se tinha passado repetia-se na minha cabeça com uma velocidade imensa, repetindo e repetindo uma e outra vez.

Harry POV

Poderia explodir neste momento. Conduzia para o centro da cidade pelas ruas lotadas de carros e cheia de gente a passear nas ruas, tudo o que via, tudo o que ouvia me irritava. Sinceramente estava um caos, a minha respiração acelerada, o batimento cardíaco estava incontrolável e o sangue que corria nas minhas veias dava-me uma adrenalina imensa.

Não podia estar assim. Eu sei que ela não está chateada comigo, vi nos seus olhos quando mo disse, mas inquietação de ainda não me ter dito nada quase à cerca de 24 horas deixava-me incontrolável e sem qualquer calma. Eu não queria insistir e ligar-lhe, ligar-lhe e ligar-lhe. Não poderia também deixar a sua caixa de mensagens lotada, ela precisava do seu tempo de consciência e eu queria dá-lo. Ela merecia-o. Mas eu morria por não ter uma resposta dela nem que fosse um simples “olá”, iria mudar o meu estado de espírito naturalmente. Era a sua influência em mim. Nunca pensei que depois de todos estes anos isto fosse acontecer, não a nós.

Estacionei o carro num parque de estacionamento e caminhei pela longa rua de inúmeras lojas.

O ar a bater-me na cara acalmava-me de certa maneira e a raiva desaparecia lentamente.

Coloquei o gorro do casaco e desviei os caracóis da minha cara. Andava à já alguns minutos, não muitos mas alguns, nem tinha reparado que tinha deixado o carro um pouco longe da loja de telemóveis. Tinha de arranjar o meu iPhone urgentemente. Os grandes riscos no ecrã já não me agradavam e estava preparado para que o seguro arranjasse tudo o que tinha provocado.

A esplanada da Starbucks estava sensivelmente cheia hoje, causa esta seria o sol que hoje fazia. Olhei mais uma vez e reparei em duas caras conhecidas. Jack e Soph, os dois numa mesa a conversarem. Toda a calma que alguns minutos já sentia foi-se com toda esta visão, e sentia por todo o meu corpo raiva, raiva daquele parvalhão por estar com a Soph, com a minha Soph neste momento e não eu.

De longe observava-os mas o meu olhar pousava em Soph. Parecia distante e o seu brilho não era o mesmo. Não que o tivesse perdido mas não era tão fulminante como todos os outros dias. Temia que eu fosse toda essa causa.

Debatia mentalmente se iria ao seu encontro ou não. Provavelmente não correria bem, mas eu não cumpro regras. Não o faço e não o faria agora. Mil e uma maneiras de como poderia chegar perto de Jack e matá-lo passavam na minha cabeça. Eu não podia perdê-la, não estava escrito nem idealizado para nós, não poderia, nunca.

Os meus pés pensaram por mim, e atravesso a rua sem qualquer consciência dos meus atos. Tento parecer descontraído e sincero para não criar más espectativas. Seria o pior neste momento, para ambos. Tinha de parecer convincente e mostrar que “não” tinha ciúmes, embora estivesse a morrer com eles.

O olhar de Soph quando me vê a aproximar-se abre-se, mostrando o brilho dos olhos que de longe não se notara.

-Hey Soph por aqui? – Dei o meu melhor para parecer o mais natural e amigável possível.

-A-ah, Harry. Sim, que estás aqui a fazer?

-Vou arranjar o meu telemóvel, partiu-se. – Parecia sem reação e coloquei o meu olhar em Jack. – Ah, desculpa-me. Sou o Harry, grande amigo da Sophie. – Dei enfase ao “grande amigo”.

-Olá Harry, sou o Jack. Colega da Soph. – Esmurrei-o mentalmente por lhe ter chamado “Soph”.

-Está tudo bem contigo Soph? – Perguntei querendo mesmo sabendo nem sequer ligando à presença do seu amiguinho.

-Sim, estou só um pouco cansada, nada de mais.

-Ok. Bem, ahm…acho que vou andando. Xau Soph.

-Ahm, Harry!

-Sim? – Disse quase silenciosamente.

-Eu vou contigo preciso de comprar uns fones novos os meus estragaram-se.

-Ok. Quer dizer, ahm, sim claro.

-Desculpa Jack. Foi bom ver-te.

-Não há problema. Xau Soph. Depois ligo-te.

Ai isso é que não ligas.

-Xau.

Continuei a andar e rapidamente Soph acompanhou-me colocando-se ao meu lado.

-Porque quiseste vir? – Perguntei.

-Já te disse.

-Ok. – A palavra que acertava quando ficava sem respostas. Sinceramente não sabia o que dizer agora, nem como reagir. Isto era anormal pela primeira vez.

-Desculpa-me. – Ela acabou por cortar o silêncio.

O quê? Ela acabou de pedir desculpa? Eu, eu sou a pessoa que armou toda esta estupidez. Sou eu quem deve estar a pedir desculpa, não ela!

-Desculpa-me, desculpa-me por não te ter dito nada. Eu sei o quanto odeias isso, mas eu não conseguia. – Ela confessou. Eu não a ia julgar, eu entendia por mais doloroso que fosse na altura.

-Não Soph, desculpa-me a mim. Eu fui um otário, não devia ter feito isso. Não é propriamente fácil ver-te com rapazes, principalmente quando eles se babam por estarem contigo. Simplesmente não suporto, desculpa-me.

-Eu sei, provavelmente não iria gostar do mesmo. – Ela confessa.

-Ainda bem que percebes como me sinto.

-Já agora obrigada.

-Do quê?!?

-De me teres salvo. Estava a apanhar a maior seca de sempre. Ele não parava de falar de uma série estúpida que gosta e que eu odeio completamente e que menti dizendo que amava só para parecer bem.

-A sério Soph? – Soltei uma leve gargalhada.

-Nem me digas nada.

-És tão mazinha Soph.

-Não queria parecer mal. Ele parecia demasiado entusiasmado, irritou um pouco.

-Normal só eu gosto de coisas naturalmente lindas.

-Nada convencido portanto.

-Vais-me dizer que não és uma coisa naturalmente linda?! – Ela sorriu tanto. – Eu sabia.

-Eu amo-te.

-E eu a ti Soph. Muito,muito,muito.

-Tão foleiro.

-Na cama não o achas.

-Harry!

-Nega agora.

-Não.

-Era de esperar.

-Já agora eu não preciso de comprar uns fones novos, os meus estão em perfeita condição.

-Então mas?!

-Era mesmo uma desculpa para sair contigo.

-És tramada.

( Hey! Desculpem-me. Eu sei, eu sei, podem matar-me. Tenho estado muito desconectada mas é por problemas e falta de tempo. Desculpem-me muito, mas vou tentar nas férias atualizar um pouco! Beijinhos e deixem as vossas sujestões e comentários. Não se esqueçam de votar. E desculpem por não estar grande coisa! Beijinhos B.Q)

JerkWhere stories live. Discover now