Grito, não sabia de onde vinha, mas não queria ficar para saber.
Por onde é o caminho?Como fui perder o caminho? Logo eu que cresci nessa floresta?
Minhas botas deixavam grandes pegadas no chão de terra,por mais que as grandes árvores produziam sombras negras ainda via o céu em um lindo tom de laranja.
Já vai anoitecer!
O grito de novo percorria a floresta e dessa vez soube identificar que era uma mulher, ou duas? Então segui em direção aos gritos, pois não poderia deixar que algo de ruim acontecesse com essa mulheres, afinal que tipo de homem eu seria? Finalmente tinha chegado de novo ao meu caminho, e encostada na parede de uma casa velha tinha três lindas moças parecidas. Talvez irmãs? Um homem estava a frente delas com uma tocha na mão e gritava com certa raiva:
-Bruxa! Que queime no inferno!Não espero velas novamente na Terra nunca mais. Deus vai me agradecer por leva- lás de volta ao seu lugar.
A que estava no meio começou a chorar em silêncio, ela desviou seus olhos do chão para mim como se já soubesse da minha presença. Seus olhos azuis eram igual ao mar com águas mais claras. Sabia que o homem iria mata- lás por bruxaria mas elas não pareciam te sido julgadas, não sabia muito sobre a lei, mas acho que mata-las sem julgamento e injusto, vai que elas não eram bruxas? Ele já estava se aproximando mais e mais. Não aguentei, atravesei a pequena estrada terra,peguei uma faca de caça que ficava dentro da minha bota esquerda, não sei porque, mas algo me fazia ,me forçava a matar aquele homem. Com apenas uma facada no meio das costas o homem caiu, ele se virou para cima e olhou em meus olhos, ele devia ter uns quarenta anos pois seu cabelo já era bastante grisalho. Ele tentou dizer alguma coisa mais seus olhos fecharam e soube que estava morto. As três tinham os cabelos loiro brilhantes olhos azuis e usavam roupas simples.
-Vocês estão bem senhoritas?- Perguntei.
-Obrigado Carlos, mas porque nos salvou?- A da esquerda falo.
-É porque vocês não parecem bruxas. Como sabem o meu nome? Nós nos conhecemos?
-Não, não nos conhecemos. - a da ponta da direita falava - Mas este homem tinha razão, somos bruxas mas não má.
O que eu fiz?
-Não importa se vocês são boas, vocês são bruxas, bruxaria não e coisa de Deus.
-Então porque nos salvou?- A do meio falava agora voltando seus olhos para mim. -Poderia só ter nos deixado aqui, fingir que nem nos viu e ir para sua casa, mas envés disso parou e matou um homem, só porque achava que não eramos bruxas?
-Eu, eu... Não sei, era como se...Não consigo explicar. Mais sei que não poderia deixar vocês morrerem, até mesmo porque não foram julgadas e isso e injusto.
-Sabe, somos totalmente bruxas, eu sou Katty, somos trigêmeas sou a mais velha e eu vejo o passado.
-Meu nome e Sarah sou a mais nova e vejo o presente. -A do meio falava.
-Sou Anna, sou a do meio e vejo o futuro. Por isso sabíamos o seu nome. Já esperávamos a sua chegada.
-Como presente por nos ajudar daremos a você um presente, quero dizer três presentes. -Katty falava- Você pode me falar algum momento no seu passado que queira mudar,mostrarei a você como seria até o dia de hoje.
Não sabia se deveria fazer isso mesmo,elas são bruxas! Porém uma lembrança veio em minha mente, gostaria de poder ver se...
-Isso vai demorar? Não que eu queira, e só par...
-Para você e como se fosse normal,um ano sera um ano na sua mente. -Katty me respondia olhando por trás de mim,como se já soubesse o que eu ia falar. - Mas para nós e todos será no máximo dez minutos.
-Está bem, mas depois vou viver assim até eu morrer?
-Não, se o que eu te mostrar no seu passado modificado for sua morte, você voltara a realidade.
-Quando eu tinha quinze anos, a dez anos atrás eu era apaixonado pela Márcia, quando eu disse tudo o que sentia, ela disse que não me amava e que não daria certo. Se ela também fosse apaixonada por mim, o que teria acontecido?
-Fecha os olhos. - Fechei e essa foi a última frase que escutei.
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Uma vida em um Sonho
Short StoryEm algum lugar perto de uma lareira, alguém lia um livro de contos, sobre como a mente humana é frágil e ao mesmo tempo complexa. Mas essas histórias não começam com o famoso "Era uma vez", diferentemente essa começava com um alto e agudo...