3. YOUR VOICE

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“kiss me on the mouth and set me freeBut please, don’t bite

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“kiss me on the mouth and set me free
But please, don’t bite.”

Sua voz.

A sua voz sempre foi a minha melodia favorita, Margot. Você tinha uma voz simplesmente crítica, grave e sarcástica. Era tão bom ouvir você falar.

Nos falamos poucas vezes, é verdade, mas em todas elas, eu te ouvi atentamente. Eu gostava de te ouvir porque me acalmava, me fazia ficar bem.

Sim, mesmo a sua voz sendo uma verdadeira arma carregada de ironia e sarcasmo.

É estranho, porque você sempre foi muito barulho, mas poucas palavras saíam da sua boca.

Você dizia apenas o suficiente.

O essencial.

E eu sempre queria mais, eu sempre quis que continuasse falando... Mas você decidiu silenciar.

Sua voz era meu vício.

Eu me lembro dos detalhes daquele dia.

Do dia em que você resolveu me morder de uma vez.

Foi quando você usou a sua bela voz para me ferir, para me abocanhar.

Foi depois do nosso primeiro beijo. Depois daquela festa, eu te seguia, te procurava em cada esquina, cada local.

Parecia que o mundo queria mesmo nos ver juntos, porque nos encontramos outras vezes, por acaso.

E eu só caía de amores por você, cada vez mais e mais...

Eu não podia mais esperar para dizer que te queria, então eu o fiz.

Estávamos numa boate. Scott era seu primo e ele me contou que você estaria lá. Eu não perdi tempo, voei ao seu encontro.

É claro que você me tratou como sempre me tratava: como se eu fosse um grande nada.

Mas naquela noite, naquela noite, você deixou sua teimosia e sua selvageria de lado. Foi quando você sorriu para mim, a primeira vez que você sorria para mim.

Por algum motivo, por alguma razão desconhecida, eu senti que você também me queria, meu amor.

Eu senti de verdade.

E foi esse sentimento que me fez lutar por seu amor.

Mas quando estávamos na pista de dança, depois de uns drinques, nossos lábios se encontraram.

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