Querido amigo Jack,
Festa na casa do Jimin. Isso mesmo. Ele disse que ia ter sexo, drogas, bebidas e muita putaria. Esse foi o termo que ele utilizou. Quando chegamos na festa, havia sexo só no histórico de navegação do computador dele, drogas chamadas balinhas de menta (era bala mesmo, não droga), a bebida era refrigerante e suco de laranja (segundo ele, era ali que tinha a droga, mas não não tinha droga nenhuma), e putaria só na mente poluída dele. Taehyung estava com Yoongi, estavam jogando baralhos. Namjoon tinha um pacote de Lay's nas mãos e não pretendia dividir. Jin estava comendo mais que um gordo, e provavelmente virasse um se continuasse naquele ritmo. Hoseok estava tentando ganhar uma corrida no videogame do Jimin. E o próprio estava tentando me convecer a cantar com ele no karaokê que tem em sua casa. Eu dizia que não, mas ele ficou insistindo tanto que tive de aceitar.
Ao invés de Jimin pegar o karaokê junto com os microfones e descer, ele me puxou pela manga do meu casaco até entrarmos no quarto dele. Em seguida, trancou a porta e ligou o karaokê. Eu perguntei o porquê de não fazermos isso lá embaixo, mas ele me respondeu que o Hoseok estava de posse da a televisão. Sem mais nem menos, começamos a cantar e inventamos de fazer uma coreografia. Isso até Namjoon ficar batendo na porta e pedir para que abríssemos.
— Galera, o Taehyung achou um estoque de bebidas no porão e se acabou de beber. Agora ele está vomitando, o que fazemos? — dissera ele.
Confesso que a minha primeira ação foi correr e ir até o banheiro. Taehyung estava sentando ao lado da privada, estava cantando uma música triste e sorriu quando me viu.
— Taehyung, você está bem? — eu quis saber.
Ele balançou a cabeça positivamente, depois negativamente e ficou balançando-a para qualquer direção, como se estivesse escutando uma música de heavy metal a qual gostasse. Não, acho que ele não estava bem.
— Eu acho que ele tem que comer. — dizia Yoongi.
— Tem macarrão. Quer, TaeTae? — Jimin perguntara.
Taehyung tentou de levantar, mas acabou caindo em meus braços e eu tive que carregá-lo até o sofá. Àquela altura, só faltava as drogas, o sexo e putaria. Mas eu já nem me importava, pois o Taehyung estava realmente mal e eu não queria pensar nas idiotices de Jimin.
Então fizemos o macarrão e demos para ele comer, o que o mesmo fizera rapidamente. A festa continuou, e Jimin subiu na mesinha de centro da mãe dele. Teve que interromper o jogo e pôr algumas músicas de rap e hip hop, junto com os clipes. Se sentia um cantor e cantava tudo rapidamente, como o artista da música. Eu me perguntei como ele conseguira gravar aquelas imensas letras, com tantos palavrões e sem contar que é tudo tão rápido. Eu estava com falta de ar só em ouví-lo.
— Essa é a droga, pessoal! Música!!! — ele claramente não estava bem, o que me fez desconfiar se havia realmente se drogado.
Yoongi cantou com ele e Namjoon também. Jin continuou comendo e Hoseok ficou dançando (mal, por sinal). Taehyung apoiou a cabeça em meu colo quando eu me sentei no sofá. Eu apenas observava os garotos e fazia carinho no meu hyung.
— Vem, Jungkook! — chamara Jimin. Mas eu disse que não. Pois seria ridículo ter que dançar e cantar daquele jeito. — Venha!!
Eu neguei com a cabeça, e ele desistiu. Depois de mil anos, a festa foi terminar e todos fomos para as nossas casas. Jimin me pediu para levar Taehyung para a sua, então eu o carreguei de cavalinho e fomos. A Omma dele perguntou o que houve, eu disse que ele ficou cansado.
Acho que ela sentiu o cheiro de álcool, mas não comentou nada. Quando o coloquei na cama, Taehyung me abraçou e não quis me soltar. Mesmo sonolento, ele disse que eu era muito importante para ele. Eu abracei de volta, embora tivesse a sensação que não sentia muitas coisas em relação à ele...
... Ou por qualquer um.
Eu só queria que soubesse disso mesmo, Jack. Estou cansado, e eu estou tentando me soltar, sorrir mais e aproveitar os momentos.
- Jeon Jungkook -
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As Tristes Cartas De Jungkook
FanficSobre um garoto triste, deprimido e solitário. Sobre ele, Jack, o seu pobre e doce amigo imaginário. Sobre cartas ocultas e escondidas num fundo falso de um armário. Sobre todos os jovens que gritam, mesmo estando calados. Since 2017/07/22