Jan.28/1991
POV Cat
Okay... Já havia se passado algumas semanas desde que eles morreram e eu precisava sair de uma vez desse luto... Viver de novo.
Que grosseria a minha, eu me chamo Catarine, mas prefiro que me chamem de Cat. Estou num momento difícil porque recentemente os meus ídolos morreram, e eles são as pessoas mais importantes para mim, depois de minha melhor amiga Lu. Os meus pais e da Lu sempre foram amigos, por isso tenho a Lu como uma irmã que cresceu comigo. Há algum tempo, os pais da dela morrem em um acidente de carro, Lu foi morar com a avó e meu pai surtou por ter perdido um grande amigo e voltou a beber mais do que o normal, como consequência, ele teve cirrose e morreu, minha mãe entrou em depressão depois disso e desde então nunca nos entendemos bem, vivemos brigando. Para evitar uma briga com ela e uma recaída pra mim, vou ir para a escola, já que fazia quase uma duas semanas que eu não dava as caras por lá.
Me arrumei e desci para tomar café, logo vi minha mãe:
-Bom dia, dona Marta.-Disse a abraçando por trás.
-Que susto! Bom dia Catarine, o que deu em você hoje? -Ela me olhou com cara de surpresa.
-Nada, só decidi voltar pra escola hoje.
-Ok então, melhor do que ficar em casa.- Ela disse dando um leve sorriso de canto, o que era estranho já que não á via sorrindo a algum tempo,
Era bom amanhecer o dia sem brigar com ela, já fazia tanto tempo que eu nem lembrava da sensação boa que é se dar bem com a mãe. Conversei um pouco com ela, tomei meu café e sai para a aula, no caminho, encontrei um velho calvo, branco dos olhos castanhos que não tinha medo da morte:
-Bom dia gostosa.-Ele disse passando a mão na minha bunda
-Vai se foder.-Sai brava, porém não podia me atrasar por causa de bobeira.
POV LU
MEU DEUS... Acordei super atrasada para a escola, mesmo não tendo tanto animo pra ir nesses dias que a Cat esta faltando, mas né, tenho que ir.
Bom, meu nome é Luisa e eu sou (até onde eu sei) melhor amiga da Cat, nós nos conhecemos desde pequenas, o que nós torna quase irmãs, eu sempre tive mais juízo que ela, ela já foi presa algumas vezes desde que nos mudamos para L.A, ela é bem grossa e fria as vezes, mas acho que com o tempo me acostumei com isso e á amo do mesmo jeito.
Sai com muita pressa e nem me despedi da minha avó, o que não fazia muita diferença porque a gente não se gostava nem um pouco, nunca entendi o porque dela me odiar, mas eu tinha e tenho motivos de sobra pra isso. Sai 'rumo a escola e no caminho, um velho calvo me parou e disse:
-Uma flor para outra flor.- Disse me entregando uma rosa.
Eu apenas sorri e agradeci, já que estava com muita pressa.
Quando cheguei na escola nem acreditei em quem estava sentada na cadeira ao lado da minha. ERA ELA MESMO? Dei um grito de longe e sai correndo para abraçá-la:
-AAAAAAAAAAAAAAA NÃO ACREDITO QUE VOCE VOLTOU!-Gritei abraçando ela, por algum motivo, todos da sala estavam olhando para nós.
-Aloka, se acalma, eu também estava com saudade de você!
Ficamos em grande parte das aulas conversando bobagem, quando deu a hora de ir embora me despedi de Cat e fui logo porque tinha que resolver algumas coisas na minha casa.
POV CAT
Quando cheguei da escola, minha mãe já estava me esperando por algum motivo, e pela sua cara, não era um motivo bom:
-Ah, que bom que chegou, sera que pode me explicar isso? -Ela ergue uma camisinha...Usada.
-Você entrou no meu quarto de novo? Sera que poderia deixar a privacidade das pessoas em paz?
-Já tivemos essa conversa, não quero filha vadia em casa, você sabe muito bem o que acho disso antes do casamento, e você me fez uma promessa.
-Promessas são feitas para serem quebradas.
Ela virou um tapa na minha cara, como se aquela decisão fosse dela e não minha.
-Isso, pode bater mais, talvez isso não signifique nada pra você, seria muito melhor pra você se eu nem tivesse nascido.-Uma lagrima escorreu.
-Seria mesmo, talvez minha vida não tivesse se tornado essa merda que se tornou.
Na hora que ela disse essas palavras, não aguentei, corri para meu quarto e me tranquei lá, peguei o celular e disquei o número de Lu, disse para que ela vinhesse rápido para minha casa e logo depois desliguei, não queria que ela me ouvisse chorar.
No momento em que ela chegou, pedi que ela sentasse na cama e me ouvisse:
-Lu, você sabe que sempre foi e sempre sera minha melhor amiga, minha irmã, né? Eu quero que saiba que você sempre me ajudou de todas as formas que podia, e não quero que se sinta nem um pouco culpada pelo que vai acontecer hoje.-Falei segurando o choro. Ela me olhou com uma cara como quem não estava entendendo o que diabos eu tava falando. Mas logo ela entenderia.
Pedi para que ela pegasse um copo de água para mim, enquanto ela foi, eu peguei uma arma que já estava prepara a muito tempo para esse momento, pensei se realmente era esse fim que eu queria para toda minha dor. Pena que pensei demais. Logo Lu chegou, e na hora que me viu com a arma, sua reação foi tentar tirar a arma de mim, o que acabou em Lu morta na minha frente. Agora sim eu não tinha motivos nenhum para viver, acabei de matar minha irmã e não conseguia parar de olhar para seu corpo estendido no chão e eu não aguentei, cai no choro, logo ouvi passos rápidos da minha mãe, e então, não pensei duas vezes: peguei a arma, apontei para minha cabeça e disse ao corpo de Lu:
-Nós ainda vamos nos ver, eu te amo.- Disse apertando o gatilho, logo tudo ficou escuro e eu apareci num quarto ao lado de Lu.
ESPERA, EU NÃO MORRI?
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The Game Of Life
Fiksi PenggemarO que lhe espera após a morte? E se você tivesse mais uma chance de viver? a desperdiçaria? E se tivesse que matar para viver? Correr contra o tempo para alcançar a tão sonhada felicidade? Para tantas perguntas existe apenas uma resposta.