Aster

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Nem se sabia que a luz existia
Caminho aberto, céu de imensidão
Campos de noite, escuridão sem réstia
Selva secreta, civilização.

Dançava sem ventar o vento inerte
Ao som de oceanos de imaginação
Vertendo encantos de canção celeste
Do amadeirado cheiro à perfeição.

Imune breu que aos olhos felinos
Lhes desvendava os mundos mais ocultos
Olhos de sol, sequer se apercebiam
Tão essencial, nem vislumbravam vultos.

Desavisadamente a luz entrou
Rompendo céus, esfacelando o tempo
Em dia e noite o breu se transformou
E o sopro inerte, converteu em vento.

Olhos felinos, rasgados à lança
Eterna dança o olho de sol criou
Fresta divina, centelha, ventana
Perene chama, o tempo desmanchou.

Então a ordem se desfez em caos
Não o contrário como reza a lenda
Seria Deus a recriar a história
Ou do machado lenhador, a fenda?

Laura Cancian

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Aster... Poema solitário do meu mundo imaginário.Onde histórias criam vida. Descubra agora