III

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- Vai ver seu namorado? - o Im perguntou sem realmente demonstrar estar interessado se o outro ia ou não encontrar o garoto no qual ele falava 24 horas por segundo e sempre repetia que todos os gols feitos por ele eram dedicados ao amor da sua vida.

- Jungkook? - Yugyeom perguntou guardando suas passagens na mochila enquanto olhava para a rua a espera de um táxi. - Vou passar essa semana na casa dele, Taehyung Hyung conseguiu quebrar o cano da pia da minha amada suíte, se eu for pra casa agora eu vou ser o jogador de futebol mais famoso do mundo por cometer homicídio contra meu melhor amigo.

Jaebum bufou claramente descontente com a resposta do mais novo, viu seu motorista se aproximar com o carro e parar ao seu lado, o homem de terno e luvas brancas saiu do veículo e pegou a mala de seu chefe levando-a para o porta-malas.

- Pensei que eu fosse seu melhor amigo! - passou a mão nos cabelos os jogando para trás e fazendo cara de pouco caso.

- Ya, Jaebum Hyung, ele é meu melhor amigo, você é meu irmão de consideração. Pabo! - soltou uma de suas risadas escandalosas e depositou um beijo na bochecha do "irmão", este que fez cara de nojo. - Tenho que ir e aproveitar meu Jungkookie o máximo possível.

Observou o mais novo correr para o táxi entrando com a mala no banco de trás de forma atrapalhada e acenar com as mãos em um gesto infantil antes do taxista dar a partida. Passou a mão sobre a bochecha babada na qual Yugyeom tinha beijado e entrou no carro sorrindo para o motorista.

- Boa Tarde Peter. - se encostou no banco enquanto fechava os olhos. - Hoje ficarei em casa, o resto da semana vou passar na casa do Bambam, aish, aquela criança. - revirou os olhos.

- O que houve Senhor Im? - perguntou o homem de idade enquanto dirigia o automóvel.

- A tia Joy está internada, minha Omma mora em Busan, e aquela peste que infelizmente é meu primo não pode ficar sozinho por mais de 12 horas senão dá merda, e das grandes. Vou passar a semana com ele e depois vou ter que voltar para as finais do jogo, pensando nisso... terei que arrumar alguém para cuidar dele se a Tia Joy não sair do hospital antes disso.

O motorista apenas balançou a cabeça e os dois seguiram caminho até o condomínio onde Jaebum morava na cobertura.

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Suspirei enquanto procurava a bendita chave do apartamento, depois de mexer em todos os bolsos existentes em minhas roupas achei o molho de chaves e destranquei a porta sendo levado ao chão assim que botei meus pés pra dentro.

- HYYYUUUUUUNGGG. - enruguei a testa vendo cabelos vermelho cor de sangue cobrindo meu rosto. - Seu apartamento é lindo. - disse por fim se levantando e estendo a mão pra mim, o que foi aceito já que minhas costas estavam doendo.

- Aish! - revirei os olhos ao reconhecer o tailandês a minha frente. - O que tu ta fazendo aqui capeta?

- Isso é jeito de tratar seu priminho mais novo? - colocou as mãos na cintura fina fingindo estar indignado. - Vim te ajudar a arrumar as malas, Noona mandou você ir hoje comigo.

- Hoje? - exclamei bufando em seguida. - Porquê hoje?

- Oras, vai ter uma festa maravilhosa de máscaras na praia, precisamos ir e eu não posso ir sem você. - fez aegyo enquanto tentava me abraçar.

- Sai, inferno. Eu não vou te levar pra festa nenhuma, se vira. - retirei meus sapatos os deixando em qualquer lugar e me joguei no sofá soltando um suspiro de alívio, que saudades eu tinha do meu bebê, fechei os olhos aproveitando o silêncio que logo se desfez por conta de uma peste ruiva.

- Então eu vou ter que optar pela pior parte? - abri os olhos rapidamente o vendo com a expressão séria.

- Não enche o saco Bambam!

- Ótimo. Então acho que a Noona não vai se importar em saber que no dia em que você cancelou o almoço em família por estar em compromissos com o time, na verdade estava em uma balada procurando bocas pra beijar. - encarei o ruivo cínico e ele olhava as unhas com uma expressão indiferente.

- Você não tem provas. - soltei um riso de deboche

- Tem certeza Jaebum Hyung? Se vídeos, fotos, e testemunhas não são provas... eu não sei o que é.

- Que testemunhas? - me sentei no sofá de forma curiosa.

- Uma tal de Angel, loira, alta, jeito de puta. Na verdade, parecia um homem...

- Angel? - procurei esse nome e as características em minha memória mas nada veio a tona.

- Muito bem Jaebum Hyung, já que você não se importa, irei contar as novidades agora mesmo. - pegou seu celular discando o número e eu pude ouvir o barulho da chamada.

Corri até ele e tomei seu celular jogando o aparelho na jarra de água em cima da bancada que dividia a cozinha da sala, suspirei vendo ele com a cara incrédula.

- MEU CELULAR JAEBUM. - puxou os próprios cabelos enquanto pulava de raiva, provavelmente o síndico iria bater na minha porta daqui a pouco por reclamações do vizinho de baixo.

- Compro outro pra você, amanhã. - ele parou de pular na mesma hora e abriu um sorriso de criança.

- Vai para a festa comigo? - pediu de forma manhosa.

- Vou, droga. - me levantei e segui em direção ao quarto para arrumar minhas coisas.

Gol Contra | 2JaeOnde histórias criam vida. Descubra agora