Capítulo Único- O Doutor realmente existe?

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— Não sei Carol, já assisto Supernatural , American Horror History e Arrow. Tirando todos os filmes. Não quero mais uma série na minha lista — disse Lisa para a irmã.
— Mais eu sei que você vai amar, maninha. É puro Sci-fi, do jeitinho que você gosta — Carol insistiu. — Dois episódios da clássica. Peço só dois episódios da clássica para assistirmos. Se você não gostar, juro que nunca mais falo sobre a série.
  Lisa revirou os olhos. — Tudo bem — a irmã comemorou. — Mas só dois episódios.

  Só dois episódios...
    Dois episódios...

  Agora Lisa é mais viciada em Doctor Who do que a irmã.
— Liz, desgruda desse computador e vem jantar — chamou a mãe de Lisa. — Lisa!
— Eu já vou, mãe — disse Lisa. — Estou quase comprando um colar com pingente da T.A.R.D.I.S E alguns funkos da série.
— Meu Deus, você está pior que sua irmã — disse a mãe de Lisa saindo da porta do quarto.
  Quando ouviu que sua mãe se distanciou bastante, Lisa olhou para trás. Saiu da página de vendas onde estava e entrou em um fórum da internet.

   Doctor Who, a série de ficção científica da BBC foi baseada em fatos reais?

  Todo Whovian que se preze, já ouviu alguma teoria sobre essa série (a melhor, em minha opinião) ou procurou algo na Internet.
  Essa matéria que fiz, está com imagens que estão espalhadas pelo mundo. E posso garantir, não é montagem.

[Imagem 1]

  Aqui vemos uma pintura antiga onde podemos observar Rory e Amy Pond. Claramente podemos ver que é antiga, pois ninguém consegue fazer um tom de tinta antiga como a pintura. Nem Michelangelo conseguiria fazer algo assim.

— Quem é Amy Pond? — perguntou-se Lisa. — Ah, deve ser alguma companion do Doctor na New Who.

[Imagem 2]

  Aquele berro clássico. Isso claramente é o olho de um Dalek. Podem observar as incríveis semelhanças entre as duas imagens. Com certeza é o olho de um Dalek.

— Vai se f#der, velho — Lisa quase pulou da cadeira. — Mano, isso é igualzinho ao olho de um Dalek. Mano. Mano. Mano. Mano.

  [Imagem 3]

  Astrônomos acharam um planeta feito de diamantes. Meia-Noite, é você?

[Imagem 4]

  Acharam um planeta análogo a Gallifrey, o planeta natal do Doctor. Estou sem palavras.

[Imagem 5]

  Foto de uma nebulosa. Isso não lembra Alguma coisa?

  Lisa desligou o computador e esfregou os olhos. Se espreguiçando, levanta da cadeira e caminha até a cozinha, onde sua mãe e sua irmã estavam.
— Vamos acender fogos agora. Lisa Lincoln saiu da frente do computador — Solange, a mãe de Lisa falou batendo palmas.
— Não enche, mãe — disse Lisa pegando um prato e pondo comida. Sentou ao lado de sua irmã e começou a jantar.
— Vendo teorias sobre o Doctor, não é? — disse Carol com um sorriso maroto.
— Eu? Não mesmo. A propósito, você já conseguiu assistir aquele episódio onde os Sontarans aparecem pela primeira vez na série? Quero ver — falou encostando os talheres no prato.
— Estava vendo fotos do Tom Baker como o 4º Doctor, não é? — Lisa negou mas ficou vermelha. — Não negue. Eu vi você lendo fanfics de Doctor Who esses dias — Carol fez uma pausa. — Você ficou vermelha. Coisa fofa demais. Vocês coreanos são fofos demais. Kawaii demais.
  Lisa terminou de comer, lavou seu prato e foi deitar.

  Corra Lisa, Corra.

  Estou correndo, Doutor. Estou correndo, mas você está longe demais. Não consigo chegar até você.

  Você vai me achar. Continue procurando. Logo irei...

— Acorde, Lisa. Acorde! — Lisa ouviu a voz de sua mãe. — Carol, vá buscar álcool e um algodão.
  Lisa levantou com tudo da cama.
— Estou indo — murmurou.
— Vai aonde? — perguntou Solange, completamente preocupada.
— O que aconteceu? Que horas são?
— Uma e doze da tarde. Você não acordava e vim aqui ver você. Tentei te acordar algumas vezes e só agora você acordou, Lisa. O que aconteceu?
— Eu não sei — disse Lisa se sentando na cama. — Vim dormir e, sei lá, tive uns sonhos estranhos. Vou tomar um pouco de água. Estou com sede.
  Solange protestou mas Lisa não deu ouvidos. Pegou o copo que estava no Criado-mudo, o encheu de água e o bebeu em poucos goles.
— Eu... Preciso resolver algumas coisas no trabalho — Lisa falou correndo até seu guarda-roupas. Escolheu algumas roupas e começou a se vestir.
— Ah, não! Você não vai trabalhar hoje!
— Não posso faltar. Não quero faltar — disse calçando os sapatos. — Tchau, mãe.

–·–

— Dá pra acreditar? Ele veio mesmo aqui! — disse Nico, um dos atendentes da loja de hq's onde Lisa trabalha.
— Quem veio aqui hoje? — perguntou Lisa prendendo seu crachá na blusa que usava.
— Um cara fazendo um puta Cosplay do Naruto — disse Nico. — Tirei até uma foto com ele, olha Liz.
— Nossa, ele ficou igualzinho — Lisa comentou.
  Ainda olhando para a foto, Lisa captou algo com sua visão periférica.
  Dois homens estavam correndo pela rua. Eles eram...
  Lisa correu para fora.
— O que aconteceu? — perguntou Nico. — Viu o Doutor por acaso? — perguntou com sarcasmo.
— Acho que sim.
  Nico riu. — Vem, temos que trabalhar.
  Lisa olhou novamente para a rua. — Não sei se era o Doutor de verdade. Acho que estou viciada demais em Doctor Who.
— Esses Whovians da classic, sempre tem um que já leu cada teoria da conspiração...
  Os dois riram e entraram na loja novamente.
  Mas Lisa não esqueceu do que aconteceu.

— Tchau, Nico — disse Lisa tirando o crachá da blusa e o guardando em uma gaveta.
— Tchau, coreana.
  Lisa sorriu de lado e olhou as horas no relógio da loja. 19:35. Foi embora.

  Lisa estava caminhando pela rua. Por causa do blecaute que aconteceu minutos após de ela sair da loja, tudo estava escuro.
— Ei gata, o que faz aqui no escuro? — perguntou um cara saindo das sombras.
— Não é assunto seu — respondeu Lisa com rispidez.
— Nossa, a gata está mostrando as garras — o homem riu.
— É, olha uma garra aqui — Lisa mostrou o dedo do meio para o homem.
— Tua mãe não te ensinou a ter respeito?
— E a tua por acaso não falou que é pra você cuidar da sua vida?
— Vou te ensinar a me respeitar, sua vadia.
  O homem começou a se aproximar de Lisa. A mesma começou a se afastar andando para trás.
  Lisa virou as costas e começou a correr. Faltavam menos de três quadras para chegar em casa quando sentiu uma dor lancinante na cabeça e tudo ficou escuro.

  O homem começou a correr atrás da mulher que perseguia.
  Ela até que corre rápido, pensou.
  Alguns metros depois ele achou uma pedra. Era grande o suficiente para fazer ela desmaiar.
  Pegando a pedra, o homem mira e acerta na cabeça da mulher. Ela cai como um saco de batatas no chão.
— Obrigado por ser uma boa menina — o homem chegou até a mulher desmaiada e a jogou no ombro esquerdo.

— Acorda, vadia — Lisa abriu os olhos quando jogaram um balde de água nela.
  Tossindo, Lisa ficou sentada na cama onde estava.
— Que lugar é esse? — perguntou e tocou em sua cabeça dolorida. Tirou a mão da área que doía mais e viu sangue.
— Esse — disse o homem. —, é o lugar oonde irei ensinar você a respeitar as pessoas.
  Dando um tapa no rosto de Lisa e prendendo seus pés e braços na cama onde estava, o homem começou a acariciar o corpo de sua vítima.
  Lisa começou a chorar. Iria ser estuprada e muito provavelmente, morta também.
  Mas antes de cometer o ato horrendo, o homem começou a bater em Lisa como bateria em um pedaço de carne.
  Quando estava quase desmaiando, a moça teve certeza de ouvir um barulho muito familiar, e uma voz masculina dizer:
— Largue ela.

FIM

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  Então, é isso. Esse foi o meu conto para o concurso Projeto Who.
  Se você leu até aqui, clique na estrela e comente. Isso me deixa extremamente feliz.

Tchau.

As Teorias De Uma WhovianOnde histórias criam vida. Descubra agora