Capítulo 2- A aventura

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Saindo da sala onde estávamos, não era mais o mesmo mundo. Parecia que tínhamos entrado naquelas feiras de burgueses em qual nós vemos em livros de história, mas em um modo pouco sombrio. Vendedores ambulantes passavam por nós, todos tinham uma forma peculiar como olhos negros e braços robóticos, suas vendas não eram tão diferentes do comum, a maioria deles vendiam relógios de bolso ornamentados e de muito bom gosto.

-Armin, onde estamos?

-bem vinda a Setealém.

Ele me puxou pelo braço e entrou em um estabelecimento que aparentava uma taverna. Ele sentou em um dos bancos na frente do balcão, eu sentei do lado. Eu estava apreciando como homens e mulheres dormiam embriagados sobre a mesa sem acordar com o barulho de beberrões cantando ao lado em boa e alta voz.

-Precisamos trocar de roupa, com essas roupas modernas,por assim dizer, iremos chamar mais atenção que o necessário. Eu sei quem pode nos ajudar.

-SCARLET!

ele gritou como eu nunca vi para chamar uma das atendentes, ela era ruiva, o decote em seu vestido gritava enquanto seu corpete apertava a cintura de forma em que se eu estivesse nele não conseguiria respirar, Ela estava bêbada como todos em volta e seu enorme copo de cerveja nunca estava vazio, pois a cada gole ela enchia até transbordar.
Ela veio correndo e dando altas risadas ao ouvir a voz de Armin.

-Mas quanto tempo? Quanto tempo foi? Quase 4 mill anos??

Ela deu-lhe um beijo na boca de Armin de repente que parecia que não ia nunca acabar.

- 4 mil e 600 anos, e eu acho que isso foi desnecessário...

Ele falou meio corado

-Oooh! e quem é essa linda morena de olhos verdes ao seu lado?

Ela apoia os cotovelos na mesa e encaixa às seu rosto entre às suas mãos.

-humm Armin é um cara de sorte, olhe esse cabelo...

Ela pega uma mecha de meu cabelo e com a outra mão ela pega uma tesoura rapidamente e corta essa mecha.

-Isso vai dar uma boa poção. Mas o que vocês vieram fazer aqui? Você não gosta de tavernas né Armin, ou mudou de opinião?

-Eu vim pedir sua ajuda Scarlet.

-como sempre, Armin.

-Mas é sério, olhe as nossas roupas, é dos mortais, iremos chamar atenção assim, eu sei que eu posso confiar em você, ela é do mundo dos mortais. Eles estão atrás dela.

-Mundo dos mortais? Mas os portais não estão se esgotando? E como você ousa trazer uma mortal em qual eles estão atrás para onde eles querem que ela venha? Você é um gênio Armin.

Ela falava enquanto enchia seu copo .

-Mas você irá ficar me devendo essa Armin, você sabe muito bem o que vai custar.


Armin entrega um saquinho de pano cinza para ela.

-Está faltando...

Ela responde olhando para dentro do saquinho.

-Você sabe como isso é caro e difícil de encontrar Scarlet.

-Está bom Armin, vou aceitar isso como pagamento, mas só dessa vez.

Ela guarda o saquinho dentro do bojo de seu descote gritante.

-siga-me os dois.

Ela larga o copo encima do balcão pega uma garrafa e quebra na cabeça de um homem que estava de costa distraído conversando com uma mulher, que soca outro homem que estava mais próximo, assim causando uma briga no estabelecimento para nao chamar a atenção de nossa saída.
Ela nos leva para atrás do estabelecimento onde entramos em um em um "camarim" assim por dizer, onde tudo era de um jeito vitoriano, as curtinas de renda que combinava com a decoração das paredes rosas pastéis. Ela abriu um dos muitos armários, ali estava roupas femininas e masculinas iguais aos vestuário dessa dimensão.

-Vocês irão passar sete anos aqui, espero que pelo menos Armin tenha planejado algo.

-Oque? Sete anos, como assim?


-Aqui é Setealém, o que você esperava, nunca fica de dia e o tempo é diferente do mundo dos mortais. Se vista logo e não faça drama.

Ela me entrega um vestido e acessórios e aponta para onde eu devo me trocar. Ao sair do provador me deparei com o espelho. Meu vestido era cinza com detalhes marrons, era curto na frente com uma calda, o corpete preto acentuava minha cintura e os detalhes do vestido, mas havia um problema, pelo jeito Scarlet gosta muito de decotes bem abertos.

-eu não vou usar isso...

Falo enquanto Tapo o decote com com as duas mãos. Armin já estava vestido de acordo com a moda desse lugar. Ele deu um sorriso meio sem graça levantou e tirou o seu casaco dando para eu cobrir o decote do vestido, ele estava corado, isso o deixava fofo.
Bateram fortemente na porta da sala onde estávamos como se quisessem arrombar a porta.
Scarlet puxa uma varinha de trás de seus cachos ruivos e aponta para a porta.

-vão! Corram! Atrás do armário à esquerda existe uma passagem, sigam ela e darão de cara com a loja de relógios e mecanismo do Bartolomeu.

Ela pega um livro que aparentava ser um livro de feitiços de bruxa e diz palavras diferentes como se fosse um feitiço para a porta

-Puertis cuty!

Um raio sai da ponta de sua varinha atingindo a porta.

-vão logo eu vou segurar, até a segunda estrela eu estarei lá.

Ao entrarmos no armário, o fundo de madeira era falso, era possível deslizar, ao deslizar o fundo há um corredor de pedras às lâmpadas se acenderam sozinhas ao darmos os primeiros passos para dentro e fecharmos o fundo.
Seguimos o corredor que parecia nunca ter fim e parecia que cada passo ficava mais escuro até chegarmos há um breu total.
Estávamos realmente andando às cegas eu me giava segurando a mão de Armin que se guiava pelas paredes, até que uma hora paramos.

-Oque aconteceu Armin?

-não tem mais paredes...

-como não tem mais paredes?

-eu não sinto mais elas Sasha.

Armin deu alguns passos afrente e caiu junto comigo, algumas luzes se acenderam.

SetealémOnde histórias criam vida. Descubra agora