Peônia rosa

101 35 300
                                    

      A Princesa e a Peônia

Este é um dos mais antigos e poéticos contos Japonês.

Há muito e muitos anos, em Gomu-Gun na provincía de Omi, havia um castelo chamado Azuchi. Era um lugar antigo e magnífico cercado por uma alta parede de pedras e um fosso cheio de lotús. O Senhor feudal era um homem muito rico, porém mal humorado chamado Yuki Naizen.

Sua esposa tinha estado doente por muitos anos e teve uma única filha chamada carinhosamente de princesa Aya.

Na época, o Japão vivia um longo périodo de paz e tranquilidade, e os senhores feudais haviam abandonado a idéia de guerra. Como os feudais mantinham uma relação amigavél, yuki Naizen percebeu que era um momento propício para casar sua filha.

Depois de vários pretedentes, ele optou pelo segundo filho do senhor do castelo de Ako, da província de Harima.

Os dois feudatários ficaram muito sastifeitos com a possibilidade de que seus filhos viessem se casar, pois a aliança matrimonial fortaleceria  o poder bélico de ambos.

Naquele tempo as famílias ricas marcavam os casamentos de seus filhos sem que estes tivessem prévio conhecimento um do outro. Já que era obrigada a aceitar a determinação do seu pai, a Princesa Aya fez grande esforço mental para aceitar seu futuro marido.

Certa ocasião, junto com sua dama de companhia, Aya caminhava pelo enorme jardim do castelo e foi até o canteiro de Peônias. Era o seu local preferido, onde adorava apreciar o reflexo da lua projetado nas águas do lago e fazia isso em noites de lua cheia porque lhe trazia belas inspirações para compor poesias.

Naquela noite, quando Aya estava passeando distraidamente na beira do lago, tropeçou em uma raiz exposta e desiquilibrou- se  em direção á água.

De repente, foi amparada por um jovem que surgiu como um passe de mágica, evitando milagrosamente que ela afundasse lago adentro.
Em seguida, assim que a colocou no chão o rapaz desapareceu !

A dama de companhia viu, quando ela tropeçou, viu um clarão de luz em torno da princesa refletido na água, mas não chegou a ver claramente nenhum rapaz protegendo-a da queda. Já Aya, tinha visto perfeitamente o rosto de seu salvador.

Era o homem mais bonito que ela poderia imaginar...

"Vinte anos de idade. Ele deve ser samuray da mais alta ordem, seu traje estava coberto com minhas peônias preferidas e sua espada era ricamente ornamentada." Disse ela a Sadayo, sua dama e companhia favorita.

Oh!!! Eu poderia tê-lo visto mais um minuto, para agradecer-lhe  por me salvar da água ! Quem pode ser ?

"Mas princesa, como ele estava no jardim, se todo o castelo cercado pelo fosso e existem muitos guardas no portão ? Acho melhor não comentar nada com ninguém pois seu pai pode ficar zangado, se souber que um estranho esteve no jardim."

A partir daquela noite, Aya não conseguiu esquecer o misterioso rapaz. Por várias vezes esteve no jardim, mas nunca mais o viu.

Tempo depois ela ficou muito doente e com dificuldades para comer e dormir.

Cada dia foi ficando mais pálida e tornou- se impossivél realizar seu casamento com o pricipe de Ako.

Flores do meu JardimOnde histórias criam vida. Descubra agora