Capítulo 1

11 4 1
                                    

Charlotte Müller

Eu estava relaxada. Brincava ao redor do castelo, correndo atrás esquilos. Eu tinha 9 anos novamente. Ouvi sons de tiro e corri para dentro da imensa construção. Lágrimas de desespero escorriam pela minha face. Tombei com algo e quando vi era minha mãe. Eu abracei suas pernas e me estremeci.

  — Vai dar tudo certo, querida — tentou me aliviar...

Vi as coisas ficarem mais brancas, tentei me agarrar ao sono e permanecer nele, mas nada adiantou. Quando estava finalmente acordada, eu senti algo macio e volumoso em meus lábios. Apesar de doer, forcei-me a abrir meus olhos. Dando de cara com um garoto de olhos fechados.

O céus, ele estás a me beijar!

  — Ah, meu Deus, você está viva — falou em inglês, carregado de um sotaque forte, quando se separou de mim e me olhou totalmente confusa. Tentei me sentar. Mas meus ossos inteiros estavam doendo.

  — Mas é claro que eu estou viva — respondi no mesmo idioma, minha voz não era a mesma. Estava enferrujada e fraca. 

O que estás a acontecer comigo? 

  — Onde estou?— perguntei rolando os olhos para um lado e para o outro. 

  — Hã... — olhou ao redor — França.

 — Como? Era pra eu estar na Alemanha, no palácio.

  — Palácio? — riu — Ninguém entra em um palácio em... sei lá! Há uns 4 séculos. 

  — Em que anos estamos? — perguntei com medo. 

  — 2114 — me engasguei com a própria saliva. 

Como eu dormi tanto tempo assim?

  — Qual seu nome?— perguntei. 

  — Philip. Philip Hussey. E o seu? 

  — Charlotte. Charlotte Müller — completei. 

  — Müller? — ele pensou um pouco — O. Meu. Deus — ele só sabia falar isso? — Você é a princesa perdida. 

  — Como? — perguntei confusa. 

  — Eu encontrei a princesa perdida... — começou a andar de um lado para o outro — O que eu faço? Pensa... Pensa... Pensa! 

  — Não estou entendendo nada — murmurei. 

  — Vou ligar para meu pai. Para uma ambulância — tomou a conclusão — É. É isso que vou fazer.

Pegou um pedaço fino de aço e colocou na orelha, começando a falar. Ele era um louco. Eu tentava ao máximo me lembrar o que aconteceu comigo. Por que eu dormi tanto tempo? Eu estava em uma era totalmente diferente. Ai eu me lembrei.

  — Corra, filha, corra — meu pai gritou mais lá da frente. Aumentei a frequência dos passos e corri ao seu lado. Entramos em um área esquecida do castelo onde tinha um grande tubo dourado e brilhante — Deite-se aqui, amor — apontou para a caixa. Neguei freneticamente com a cabeça — Venha, vai dar tudo certo — me aproximei em passos lentos, me deitando no local indicado.

  — Você vai me enterrar viva, papai? 

  — Quando você acordar, vai saber que tudo o que fiz foi para o seu bem... — beijou minha testa e me abraçou forte— O papai te ama, não esqueça disso, nunca — e então eu fiquei mole e adormeci. 

  Só percebi que eu estava chorando ao lembrar isso quando senti as mãos do garoto secar a água de meu rosto. Sorri sem mostrar os dentes e logo me arrependi de ter feito tal ato. Isso doía.

  — Por que tá chorando? 

  — Nada— falei rapidamente. 

  — Qual é, eu sei que não é nada— fez uma careta engraçada, arrancando algumas risadas minhas. Encarei seus olhos azuis, os mesmos me transmitiam segurança.

  — E--Eu acho que meu pai está morto— funguei. 

  — Olha, não é por nada não, mas eu acho que depois de 400 anos ele não estaria vivo... Sabe, isso é humanamente impossível — caçoou. Tudo bem, eu ri. Algo dizia que era errado, mas eu ri.

  — Eu estou viva.

  — Verdade. Você é uma exceção.

  —Eu não sei o que fazer... Eu não sei nada daqui, vou ficar sozinha. E eu não quero estar sozinha— falei negando com a cabeça minimamente.  

  — Eu vou te ajudar— tocou minha bochecha, tombei minha cabeça para o lado, aproveitando o carinho ali oferecido— Não vou te deixar— o vi corar. 

  — Obrigada, Philip. 

Vi pessoas e mais pessoas adentrarem no lugar onde estava. Eles afastaram o menino de mim, mesmo pedindo que não fizessem isso. Eu tinha medo do que podiam fazer comigo. Me carregaram e eu senti dor no corpo todo. Fui colocada em uma espécie de cama de solteiro móvel e saíram do estabelecimento. Senti algo ser aplicado em meu braço e tudo escurecer.


👑👑👑👑  


Bom... Se você está aqui, lendo esse capítulo tudo o que eu tenho é que agradecer por me dar uma chance! Rsrs.

Esse é só o começo. Então, se ainda não se simpatizou com a estória, não desista ainda, leia mais alguns capítulos para ver que talvez você esteja errada(o).

Eu realmente acho que não irás se arrepender de ler o livro!

Olhem para a menina na foto da capa e pense em Charlotte Müller! :)

Com amor,
Kath(ninfogirl)

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Aug 01, 2017 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

The Lost PrincessWhere stories live. Discover now