Capítulo 2 - Katerina?

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*** Harrison ***

  Esta já é a décima vez que nos mudamos, não quero que aconteça outra vez. Damon não sabe o que estou à procura, se soubesse estaria quieto no seu cantinho.

  Os vampiros originais não ardem ao sol nem enfraquecem pela verbena. Também não morrem com uma estaca de madeira no coração, é preciso muito mais para se matar um vampiro como eu e o Damon.

  Preciso de achar a nossa família, libertá-los da tumba e vingar-me da família que os pôs lá em 1846. A família Gilbert e Lockwood foram os principais.

  É um golpe baixo vingar-nos da família atual, mas também serve.

"Que pensas, irmão?"

  Damon pergunta enquanto entra na sala com um copo de vinho.

"Em planos."

"Ainda não me contaste o que estamos a fazer aqui."

  Brinco com a minha mão enquanto observo Damon que esperava uma resposta.

"Então?"

"Damon, lembras-te quando éramos jovens...a nossa mãe sempre se zangava connosco porque estávamos sempre a brincar muito longe de casa?"

"Sim."

"Bem, e quando irritámos o xamã?"

"Foi assim que ficámos vampiros. Claro que lembro."

"Os primeiros de todos."

"O que isso tem a ver com os teus planos para aqui?"

"Quero reunir a família de volta."

  Conto num tom baixo de voz, observando o Damon que agora me olhava com os olhos esbugalhados.

"Aqui?"

"Sim Damon, aqui."

"Então vais soltar um bando de vampiros difíceis de matar nesta cidade, sabendo que vão atacar?"

"Sim."

"Vais pôr em risco os humanos, Harrison."

"Como se tu te preocupasses. As vidas deles são inúteis."

"Ah, mas é com o sangue deles que nos alimentamos."

"Sangue de animal também dá."

"Harrison, sabes que não."

"Damon e se te calasses e me ajudasses a encontrá-los?"

"Não."

A sua voz ecoa na sala, logo seguida por um estrondo enorme. Damon desapareceu e eu suspiro. Ele vai parar-me.

*** Damon ***

Não acredito que ele vai fazer isto. Por mais que eu queira a família junta, por alguma razão os prenderam na tumba.

Odeio ter sentimentos. Harrison quer que eu pare de atacar, por isso liguei os sentimentos. É como se nós os vampiros tivéssemos um botãozinho, onde podemos desligar os sentimentos e ligar.

Mas também quero alimentar-me e não vou fazer a dieta Harrison, não vou beber sangue de animal para ficar fraco.

Vou contra uma rapariga de cabelo longo castanho e observo a sua feição. Não acredito nisto...

*** Flashback ***

Katerina estava a rir, a rir como nunca. O seu riso é suave e viciante, faz borboletas no meu estômago.

Pego Katerina ao colo e ando com ela pelo quarto enquanto risos vindos dela e de mim soavam no quarto e preenchiam o silêncio.

"Damon!" ela grita entre risadas e junta os nossos lábios, fazendo-me cooperar logo.

*** Flashback ***

"Desculpa, acho que tenho de ver por onde ando." a rapariga diz com um sorriso na cara e eu ajudo-a a levantar.

"Katerina?"

"Hum.... o meu nome é Mia."

"Oh, desculpa. Acho que confundi."

"Tudo bem, como te chamas?"

"Damon. Damon Salvatore."

"Bem, Damon, tenho que ir agora. Já estou um pouco atrasada."

Ela diz e eu assinto com a cabeça, mostrando um sorriso de lado. Observo Mia a andar pela rua sabendo que estou a olhar para ela. Não acredito... ela é a cópia. Ela é a chave para quebrar a maldição e tenho de a proteger... Muitos vampiros irão atrás dela.

Mia desaparece na rua e eu respiro fundo, usando a minha velocidade de vampiro para a seguir. Tenho de aprender mais sobre ela.

*** Mia ***

Aquele rapaz é charmoso. Salvatore é a família principal que fundou esta cidade, os seus antepassados devem ser melhores que os meus. Os meus antepassados, o meu avô contava-me sobre caça a vampiros e lobisomens juntamente com invenções malucas e bruxaria. Claro que nunca acreditei. Mas ele dizia também que Jonathan Gilbert, um dos fundadores também e caçador de vampiros e figuras míticas, foi um homem muito importante.

Entrei no liceu e sorria enquanto cumprimentava os meus amigos.

"Então Mia..." ouço a voz de Matt e viro-me para ele a sorrir. "Já o achaste?"

"Não e não sei se vou achar..."

"Que negatividade é essa?"

"É misterioso demais para o achar aqui!" exclamo e sorri.

Antes do Matt poder dizer alguma coisa, os amigos dele chamam-no. Observo-o a ir embora para ter com os amigos e suspiro.

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