- Você é uma gostosa!
Gritou alguém na rua para uma garota de apenas 9 anos, ela não sabia nem o significado dessa palavra sobre ela.
- Não sou comida! -retrucou.
Uma garota como ela que estava se desenvolvendo rápido chamava muita atenção por onde passava, porém ela ainda não entendia todos aqueles "elogios" na rua.
Seu nome era Lua, suas amigas moravam todas na mesma rua, eram todas de idades próximas a ela. Algumas vezes a lua ia na casa de uma delas brincar de boneca e passava o dia todo, todas reunidas se divertindo.
Em uma tarde normal como as outras, a lua foi na casa de uma amiga que morava ao lado, chegando lá, a mãe da amiga dela teve que sair e a deixou com a sua amiga e a avó e um cara que trabalhava na casa como jardineiro, mas que sempre estava por lá.
Era um cara já de idade, aparentava ter seus 50 e poucos anos, ele não falava muito e sempre estava sem camisa.
Quando começou a escurecer, por volta de umas 17:30 da tarde, chegou mais uma amiga. A menina entrou na casa da outra e a puxou para o quarto de cima a chamando para brincar, enquanto que Lua estava arrumando uns brinquedos deixados pela casa.
Era uma casa grande com alguns esconderijos.
Lua foi guardar os brinquedos em uma sala escura ao lado quando deu de cara com o moço da jardinagem.
- Oi, mocinha. -disse o cara que trabalhava ali.
- Oi. -disse Lua, com vergonha.
- O que está fazendo aqui? Cadê a sua amiga?
- Ela subiu e me deixou arrumando a bagunça. -Respondeu Lua revirando os olhos.
O moço puxou um pouco de papo com Lua, tentou enrolar a garota. Falou de algo que ela tinha que conhecer, ela era curiosa e inocente e confirmou que precisava saber o que era, achando ser algo interessante.
- Vem aqui no canto. - falou o moço.
A pequena Lua foi, ele perguntou sua idade. Eles já se conheciam, ele não era novo ali. Ela respondeu com um ar de "mas você já sabe", ele disse a pequena Lua que ela já estava bem grandinha e que tinha um corpo muito bonito e que deveria ser mostrado.
Ela chegou a gelar pelo jeito que ele estava falando aquilo.
Ele tentou beija-lá, mas ela deu uma virada e perguntou o que estava acontecendo.
Ela não queria fazer aquilo, ele era nojento.
Ele disse que tinha algo melhor que ela deveria conhecer, mas foi aí que ela se preocupou e notou que tinha algo estranho acontecendo.
- Eu tenho que ir. -disse Lua.
Ele a puxou pelo braço direito e falou baixo em seu ouvido:
- Você não vai a lugar algum antes de me chupar.
Ela não entendia o que estava acontecendo, passou a ficar quieta e a obedecê-lo.
Ele mandou a pequena Lua se abaixar enquanto que ele desabotoava uma bermuda marrom que ele usava.
Ela sentiu uma forte vontade de chorar e gritar, ela tinha medo do que estava acontecendo e sentia calada.
Ele falou em seu ouvido:
- Você vai colocar na boca com cuidado.
Enquanto escorria uma lágrima de seu olho, ela colocava aquilo que parecia nojento na boca.
Ele a olhava com uma cara de quem estava se divertindo, já ela, ela olhava pra ele com um olhar de desespero.
Ninguém os viu, ninguém ouviu dizer.
Quando ele mandou, ela saiu dali correndo, atravessou a rua, entrou em casa e se trancou no quarto já chorando.
Ela não quis mais aparecer lá, ela não quis mais sair de casa, ela não quis contar a ninguém por se sentir suja, ela não entendeu o que aconteceu e guardou por anos aquilo sem ter noção do seu significado, até entender.
