When I lay in bed, I touch myself and a thinka you!

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Uma dose dupla de whisky  e um banho demorado, eram as únicas coisas que Otabek almejava para encerrar aquela noite. Já se passavam das vinte e três horas quando ele pôde finalmente sair do escritório de advocacia no qual trabalha e seguir para seu apartamento. E como era sexta a noite havia pegado trânsito, vários jovens indo para baladas e pessoas de sua idade, que já não era tão jovem assim, saindo de seus happy hours tomavam as ruas de Nova York, fazendo com que o táxi em que o Altin estava se locomovesse de forma lenta.
Quando finalmente chegou em casa o Cazaque, soltou as chave no aparador ao lado da porta e apertou o botão de mensagens da secretária eletrônica, enquanto seguia se livrando dos casacos e luvas.

“você tem uma mensagem”

“Oi, é o Otabek, eu não posso atender agora, deixe seu recado que eu retorno quando puder”

“Beka, é o JJ. - tossiu - Olha, não dá mais tá legal? Eu não consigo mais seguir em frente com essa sua indiferença, eu preferiria que você chegasse e dissesse na minha cara que me detesta, que não me aguenta mais, do que ficar agindo como se eu fosse um lixo. Eu vi você olhando pro Yuri ontem. Você nunca me olhou assim Beka, como acha eu me senti? Eu sei que você o ama, eu sempre soube. Não sei porque eu insisti nessa merda por tanto tempo. E sinceramente? Parando pra pensar eu sei, sim. Eu queria ter pelo menos uma coisa que ele não tinha, Yuri sempre teve tudo o que eu quis, ele era o primeiro da turma do colegial, foi o primeiro a se tornar cadete, o primeiro a se tornar detetive. Eu sempre estive à sombra dele. Eu sou patético, não é? E quando eu soube que ele era apaixonado por você, me joguei nos seus braços, queria que ele soubesse como era não ser o primeiro, pelo menos uma vez. E o que aconteceu? EU ME APAIXONEI POR VOCÊ, me apaixonei e você não não dá a mínima. Quatro anos, Otabek, quatro malditos anos nessa porra de relacionamento, onde eu me rastejo e imploro por atenção, e recebo merda nenhuma em troca. Mas chega, se você não é homem o suficiente pra me dispensar, eu serei esse cara. Isabella me chamou pra passar o fim de semana em Boston com ela. E eu estou indo. Quem sabe consigo uma vaga na delegacia de lá, já que ela é a delegada. Aí você e seu querido Yuri vão se livrar de mim. Adeus”

Otabek que havia parado o que fazia para prestar atenção na fala do namorado, encarava o telefone de maneira perplexa. Havia acabado de levar um pé na bunda por telefone? Como assim Yuri era apaixonado por ele?

Sabia que não era segredo para Jean o que ele sentia pelo Russo, havia se apaixonado pelo loiro assim que lhe pôs os olhos, mas Yuri jamais o dera bola. Nunca sequer lhe olhou diferente. Como era possível, agora Jean dizer que só se aproximou de si pra fazer ciúmes no Plisetsky? Aquilo não fazia o menor sentido.

Seguiu até a cozinha, serviu-se de uma dose da bebida de cor âmbar e pôs-se a preparar algo para comer, embora fosse muito mais fácil pedir algo por telefone, cozinhar o relaxava.
Seguiu cortando os alimentos, carne, cebola, alguns legumes… Os pensamentos longe, na noite anterior. Tinha ido a um bar com os rapazes do escritório e Jean e os amigos da delegacia estavam lá, Otabek tentava ao máximo dar atenção a JJ, mas já fazia muito tempo que estava naquela relação por puro comodismo. Era mais fácil ter alguém fixo quando precisava de sexo e Jean também era muito carinhoso, não era má pessoa, e agora após essa ligação um tanto quanto melancólica do Canadense, o Altin se perguntava se deveria ligar e pedir desculpas, ou satisfações. Na verdade não tinha vontade de fazer isso, um lado seu agradecia por não ter que lidar com JJ no momento. Os pensamentos voltaram para a noite anterior, depois de vários drinks ele já estava pouco se fodendo para o namorado, tudo que conseguia fazer era prestar atenção em todos os detalhes na feição do russo sentado a sua frente. Ele estava acompanhado, estava com um cara moreno com um corte de cabelo parecido com o seu, parando pra analisar o cara era muito parecido consigo, segundo JJ um novo cadete, e Plisetsky não perdeu tempo em chamá-lo para sair. Sempre foi assim, desde que o conhecera, Yuri sempre pulando de galho em galho, como se estivesse a procura de algo, ou alguém. Nunca havia namorado ninguém de forma séria. E Otabek agradecia por isso, já era horrível ter de ver babacas como o moreno da noite passada flertando com o “seu” loiro dos sonhos e não poder fazer nada.

Era um covarde.

E enquanto o tal moreno que Otabek não se recordava o nome, sussurrava coisas provavelmente indecentes no ouvido de Yuri, o mesmo olhava para Otabek de forma safada, brincando com a língua em torno do canudo, quem diabos bebe cerveja no canudo? Era pra provocá-lo? O loiro queria leva-lo a loucura?

O Moreno se distraiu em seus devaneio e a cebola queimou.

—  Merda - praguejou correndo colocar a panela embaixo da água e acabou queimando os dedos - Que porra. - Levou o indicador agora queimado até os lábios e ouviu o telefone tocar.

Não se deu ao trabalho de atender, seja quem fosse não seria importante, não aquela hora. Deixaria que caísse na caixa-postal.

“Oi, é o Otabek, eu não posso atender agora, deixe seu recado que eu retorno quando puder”

“Beka, é o Yuri,  - okay isso era novidade, deveria correr e atender? Não. Melhor saber do que se tratava - Então… não sei porque liguei, você está aí? - silêncio - Acho que não, bom, é melhor assim, eu posso falar qualquer merda que eu quiser e apagar a mensagem e você nunca saberá - pode ouvir a risada abafada do loiro e barulho de água. Ele estava na banheira?  - Isso parece excitante não? - E como, pensou o Cazaque - É que eu estava sem nada pra fazer, e… Bem… Eu sonhei com você ontem… - Tudo bem, isso estava ficando interessante, Otabek desligou o fogo e correu até a sala, sentou-se no sofá, iria deixar o outro continuar até decidir se atendia ou não - E eu não consigo parar de pensar nisso e a culpa é sua, sabe? O jeito como você me olhou ontem… Foi meio indecente. Eu senti como se você pudesse me puxar pelo braço me levar para o banheiro daquele bar e me foder com força. Era o que eu mais queria, isso é vulgar, não é? Você tem o JJ, afinal, eu soube que ele não estará aqui nesse final de semana, você podia passar aqui em casa…- Otabek sentia o membro pulsar dentro da calça, não podia acreditar que Yuri estava dizendo aquelas coisas - Claro que você não viria, mas um cara pode sonhar, né - Oh você não imaginaria - E no sonho você era tão excitante, eu me senti meio safado, porque eu sabia que era errado, nós poderíamos ser pegos, éramos como criminosos, você me tirava daquela mesa, e me levava até a sua moto, e dirigia rapidamente, como se me foder fosse a coisa mais importante que você faria na vida, e por deus Beka, como eu queria que fosse verdade, tem noção do quanto eu te desejo?  - Ah ele tinha sim, sentia o mesmo - Cinco anos, cinco anos querendo você fundo em mim, eu diria o quanto você é fodidamente perfeito, eu sei que nossos corpos se encaixariam… aaah - Otabek ouviu barulho de água novamente, não precisava ser um gênio pra saber que Yuri se tocava enquanto lembrava do bendito sonho, que Otabek queria tornar realidade - Você estacionou a moto no pé de uma montanha, e levantou-se para me despir, você tirava a minha roupa e me beijava, dizendo o quanto me queria, e eu te beijava em troca, gemendo o seu nome, quando já estávamos despidos você me sentou na sua moto, e me penetrou por trás, eu estava tão entregue Beka, você ia fundo em mim, me segurando pelos cabelos com uma mão enquanto segurava minha cintura com força com a outra, indo cada vez mais fundo, e eu queria mais, parecia que nunca seria suficiente…Eu poderia ficar naquele sonho pra sempre… - Oh, querido se você soubesse - Quando eu me deito eu me toco pensando em você. Você me faz tão bem… Eu queria que estivesse aqui… - Otabek estava prestes a levantar e dizer a Yuri que estava indo lá, não poderia mais esperar, precisava tê-lo e precisava que fosse naquela noite - Eu não acredito que eu disse essas coisas, eu bebi alguns drinks e, oh meu deus, como faz pra não salvar a mensagem?...”


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