A terceira conversa

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Talvez deve-se ter esquecido a preguiça e andado até o metrô para ir até o lugar que queria, iria demorar uma hora para chegar lá ou mais, contudo não ouviria tantas reclamações de Rodrigo dentro do carro.
- Ainda não acredito que eles perderam o meu sobrinho.- Suspirava.
- Ainda não acredito que está fazendo esse drama todo, eu que deveria estar assim, mas encontrei ele.
- Ainda bem se não mandava corta a cabeça de vocês três.
- Jura?- Ele afirma.
- Então para que passamos na floricultura do seu tio e compramos esses girassóis?
- Para entregar a quem achou o seu "sobrinho".
- Você ainda não a agradeceu?
- É claro que agradeci, só que por mensagem.
- Isso não basta?
- Então ontem, depois de pegar o Chaos fui para casa, não sei se sabe, mas meus pais estão lá. Eu contei para eles o ocorrido e eles ficaram revoltados por eu não ter esperado a menina aparecer para agradecer e perguntar o nome dela e ainda por achar que ela se machucou ao correr atrás do Chaos e não fazer nada.
- O quê?  Você não a viu?
- Não.
- Como assim não sabe o nome dela?
- Eu já disse ele apareceu correndo na minha direção sozinho.
- Nossa que história confusa.
- É... No final minha mãe me convenceu a ir até a casa dela e agradecer.
- É meio que o certo.
Não demorou muito para reconhecer o apartamento, porém ao sairmos do carro e irmos até a receptação fomos informados que ela não estava em casa, ou seja meu plano de vim e voltar rapidamente não deu certo.
- Você deveria ter ligado para ela.
- Eu esqueci disso, mas vou ligar agora.- Quando estava procurando o número dela, sou cutucado por Rodrigo, que observava algo em sua frente. Ao olhar para mesma direção, vejo a mesma garota de cabelos rosas de antes andado em nossa direção,  porém ela para a poucos metros de nós e encara Rodrigo, na verdade os dois se encaravam "Será que se conhecem? "
- Luma!- Uma voz baixa sai de traz da menina. Então observo uma garota de cabelos negros e cacheados com algumas mechas azuis, que traziam contraste a sua pele morena, ela também observa os dois se olhando intensamente.
-Luma! - Ela tentou se mover, mas caiu por causa das muletas que só agora ganharam minha atenção.
-Beta! Ajudem aqui.- "O nome dela e Beta."

Sinceramente não imaginava que isso ocorreria, não consigo pensar direito enquanto carrego "Beta" até seu apartamento, o complicado e que ela está com o rosto perto do meu pescoço me causando cócegas.
- Segura esse buquê por favor.- Pedi e ela o pegou voltando a apoiar seu rosto em meu ombro.- Eu trouxe eles para você, espero que seu pé melhore.
- Obrigada.
- Seu nome é Beta?
- Não, é Roberta.
- Me chamo Willian.
- Bonito nome. - Disse sussurrando.
-Obrigado, sabe você está fazendo cócegas no meu pescoço.
- Oh, desculpa.- Ela Afastou dando de cara com meu rosto.
- Tudo bem, chegamos no seu andar o número é?
- Vinte e três.
- Aqui.
- Seu apartamento é fofo.
- Obrigada.- Me abaixo na sua frente, muitas coisas aconteceram em um só dia.
- Então é você.
- Isso é estranho.
- O que é estranho?
- Você o perdeu, eu o achei e o perdi e ele te achou.- Explicou de forma rápida.
- Concordo.- Me sentei do seu lado e o silêncio tomou conta do lugar.
- Seu amigo e minha amiga se conhecem? - Ela pergunta matando o silencio.
- Eu não sei, eles pareciam se conhecer.
- Estavam se encarando tanto.
- Verdade.
- Quantos anos ele tem?
- Vinte dois.
- Hum, ela tem vinte quatro.
- E você?
- Vinte três, e você Willian? - Pronunciou meu nome de vagar, como se tivesse medo de errar.
- Vinte.
- Oh parece ser mais velho.
- E você mais nova.- Ela sorri, o clima é agradável.
- Como está o Chaos?
- Bem, nunca mais vou o deixar com meus primos, Dan não é responsável.
- Imagino.
- Beta?!
- Estou aqui.- Então do nada Luma aparece em nossa frente seguida por Roberto. - Você se machucou? - Ela nega.- Você tem que ser mais cuidadosa.
- Você não me ouvia então tentei andar sozinha. O que deu em vocês dois?
- Vocês se conhecem? - Os dois apenas ficam mudos e se olham" O que está acontecendo?"






A Culpa E Do ChaosOnde histórias criam vida. Descubra agora