Dois Meses Antes
"Mel, por favor." Louis suplicou. Eu estava completamente bêbada e tinha fugido duas vezes dele. Ele é a pessoa que mais amo. Sem ele, eu não existo. Mas, a verdade é que estou farta, ele preocupa-se demasiado comigo. Louis pegou na minha mão e conduziu-me para fora da discoteca. Na rua, o ar estava frio e algumas pessoas falavam em grupo.
"Pára!" gritei eu, soltando-me de Louis. "Estou farta! Já chega de tentares ser meu pai, é irritante." as atenções viraram-se para nós. Algumas das conversas pararam para ouvir os meus gritos contra ele. O alcóol pulsava no meu sangue, e insentivava-me a ser injusta com Louis. Os seus olhos brilharam intensamente. Engoli em seco. A sua cara estava triste e provavelmente à beira das lágrimas.
"Porquê, Melissa? Porquê?!" a sua voz estava magoada e cheia de dor. Lágrimas intensas começaram a escorregar nas suas bochechas. "EU FAÇO TUDO POR TI! SEMPRE! SERÁ QUE NÃO CONSEGUES VER ISSO?! EU NUNCA AMEI NINGUÉM COMO TE AMO A TI! MAS SE ACHAS QUE TENTO CONTROLAR-TE, ACABA TUDO COMIGO." Louis berrou, ignorando todos os que estavam à nossa volta, atentos à nossa discussão. A raiva invadiu-me. Pulsava em mim, ajudada pelo alcóol ingerido naquela noite. O vulto de Liam apareceu na porta de saída da discoteca, correndo até nós.
"O que se passa? Porque estão a chorar?" questionou Liam, alarmado, olhando repetidamente para mim e para Louis. Levei os dedos à cara, sentindo o líquido salgado que escorria dos meus olhos.
"Sabes que mais Louis? Sim, eu acabo tudo contigo. Amanhã passa por casa para vires buscar as tuas coisas." corri daquele lugar. Pensei em como odiava todas as pessoas e em como Louis podia ser perfeito em comparação aos outros habitantes deste planeta. Arrependi-me imediatamente de ter terminado a relação que tinha com ele, mas era tarde de mais para voltar.
Pedi a Niall que me levasse a casa. Quando cheguei, despedi-me dele e fui para a cama. Nos dois dias que se seguiram, não comi praticamente nada. Mais tarde, Niall obrigou-me a comer uma pizza, mas eu só comi uma fatia. Ele quase reparou na carreira de nódoas negras que se formavam no meu braço esquerdo, mas eu puxei repentinamente a manga da camisola.
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Desde que terminei com Louis, que me apercebi que simplesmente não posso viver sem ele. Não é só uma questão de dor psicológia. É um tipo de doença. Sem a respiração de Louis à noite, eu não consigo dormir bem. Nas primeiras semanas nem consegui dormir. As refeições não sabem bem quando não são partilhadas com ele. O vazio que sinto aumenta cada dia que passa. Nas primeiras semanas, eu passava os dias a ver as nossas fotografias, as que tinhamos tirado juntos.
Setenta e um dias depois de a nossa relação ter acabado, recebo um telefonema inesperado. Olho para o telemóvel, receosa. O nome do rapaz a quem eu tinha partido o coração estava escrito no ecrã do aparelho. As minhas mãos tremem, enquanto agarro o telemóvel. O meu dedo atende a chamada.
"Melissa." diz uma voz fraca. Reconheço-a como sendo de Louis, mas muito modificada. Espanco-me mentalmente, porque sei que sou eu que causo toda esta dor e sofrimento a Louis.
"O-Olá. L-Louis" respondo. A minha voz sai triste e o meu corpo treme dos pés à cabeça.
"Espero que esteja tudo bem contigo." diz a sua voz. Uma alegria inesperada cresce em mim. Ele preocupa-se comigo. "Humm, eu estou a ligar porque... ahh... eu acho que deixei aí o meu iPod e... era para saber se posso ir buscá-lo hoje à tarde." afirma Louis, inseguro.
"Oh, claro." afirmo timidamente. Sinto-me como se fosse a primeira vez que estou a falar com ele. A sua voz diz-me que virá às cinco da tarde, e a minha consciência assente. Mas eu não estou naquele lugar. A minha mente pensa em milhares de maneiras de impressionar Louis, para que a nossa relação volte a existir. As horas passam, procuro no computador algumas tendências da última moda. Mas acabo por não encontrar nada e começo a pentear os meus cabelos castanhos meio ondulados, numa tentativa de os fazer parecer lisos. Fracasso, passando para a maquilhagem. Tento esconder as profundas olheiras que se formam de baixo dos meus olhos e visto uma sweatshirt azul escura. Olho para o espelho e sinto-me mal. Nunca estive tão magra, algumas costelas são visíveis quando puxo a camisola para cima. O meu rosto está pálido e sofre. Louis não gostaria de te ver assim. Vou até ao frigorífico, numa tentativa falhada de ganhar os cinco quilos perdidos nos últimos dois meses. Tiro manteiga e queijo, preparo uma torrada e como. Encontro também meia tablete de chocolate, que como inteira. Sinto-me um pouco melhor, esboçando um minúsculo sorriso. Louis. Ouço a campainha tocar e inspiro profundamente. Não estragues tudo, Mel. O meu corpo vai até à porta e a minha mão roda a maçaneta. Louis. Mais perfeito que nunca, embora cabisbaixo. Os seus cabelos castanhos estão ligeiramente espetados e os seus olhos brilham.
"Mel." chama ele, após dois meses e dez dias sem contacto. Eu nunca estava em casa quando ele vinha buscar as suas coisas. Até hoje.
"Entra." convida a minha voz. Os nossos passos fazem-se ouvir pelo chão de madeira até ao nosso quarto. Agora é só o teu quarto, ele já não vive cá. Ele procurou na cómoda de madeira do quarto e eu sentei-me na pequena poltrona do canto da divisão.
"Aconteceu alguma coisa?" pergunta Louis, apontando para a cómoda, onde estavam dezenas de pequenos riscos feitos com uma faca.
"Oh. Não. Cada um desses riscos representa um dia que passou depois de... eu ter acabado a nossa relação." afirmo, olhando para o chão. Não olho para ele, mas sei que os seus olhos estão mais brilhantes do que nunca. Provavelmente à beira das lágrimas.
"Estás muito magra." diz Louis, com aparente preocupação. "Tens comido o suficiente?"
"Sim" mente a minha voz. Claro que não tenho comido o suficiente, não consigo parar de pensar em ti. Levanto-me, mas tropeço num pé e só não caio porque consigo amparar a queda, apoiando os ante-braços na cama. Exatamente no sítio que eu preenchi com pequenas nódoas negras. A dor martelou-me e não consegui deixar de soltar um gemido, que alarmou Louis.
"Mel?" pergunta Louis. Aproximando-se de mim, numa pequena corrida. Louis ajuda-me a sentar na cama. "T-Tu... voltaste a fazê-las." afirma Louis, num tom zangado, mas não comigo. Puxa a manga da minha camisola e encontra carreiras de pequenas marcas arroxeadas, algumas mais escuras. "Como é que o Niall não reparou?!" berra Louis.
"Não o culpes." digo, virando a cara, numa tentativa de que ele não possa ver a quantidade de lágrimas produzidas pelos meus olhos.
Eu sei. Está minúsculo. Mas eu quero mesmo que vocês saibam mais desta história. Leiam, vai ser yolo. ahahah. Acho que não vou conseguir por *95* hoje, porque estou com poucas ideias, mas pronto. ∞
@Skitel1D aka (you know what it is)
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Tears ∞ Louis Tomlinson Portuguese Fanfiction ∞
FanficDepois de sair do seu relacionamento com o cantor Louis Tomlinson, Melissa Clearwater entra numa profunda depressão. A sua vida muda completamente, para muito pior e só Louis poderá mudar isso. Mas mesmo que ele consiga, será que a sua relação vai s...