capítulo 3

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No dia seguinte acordo com o meu celular tocando, Will já tinha saído para levar Safira na escola e como sempre ficava sozinha em casa, pego meu celular meia sonâmbula e atendi sem nem ver o identificador de chamada

- Alô?

Pergunto com a voz rouca e em troca ganho o silêncio

- por favor quem quer que seja pare de me encher a essa hora da manhã!

Falo irritada e desligo o telefone ultimamente estava tendo problema de manhã por causa desses telefonemas mudos que acontecem todo dia no mesmo horário deduzi que pessoa que faz isso provavelmente não tem que trabalhar e por isso resolveu me atentar o problema é que eu ODEIO QUE ME ACORDEM DE MANHÃ!

Me levanto da cama irritada jogando coberta e tudo o que tem direito no chão como durmo apenas de sutiã e calcinha tirei eles rapidamente e entrei na banheira ligando a água quente ela se enche em alguns minutos e enfio minha cabeça debaixo da água tentando relaxar, Will e eu tínhamos combinados de buscar Safira juntos hoje por isso ele passaria no meu trabalho na hora de ir embora, saio da banheira meio a contragosto e me arrumei colocando uma calça jeans rasgada com um salto preto e uma blusa azul escura solta com um pequeno decote em V na frente, pego uma maçã e como bem na hora que escuto a buzina de Jully fecho a porta a trancando e respiro fundo e lá vamos nós...

(...)

O dia passou voando quando dei por mim já estava na hora do almoço e como Will não almoça em casa nem faço questão de ir até lá comendo em um restaurante do lado da escola pedi um lanche e um suco natural de maracujá e peguei meus papéis para corrigir um pouco das provas mas meus planos vão por água abaixo quando Brey entra pela porta e segue sorrindo na minha​ direção eu tentei me esconder dele o máximo possível hoje mas pelo visto ele me encontrou

- olá Samantha, posso?

Pergunta mas se senta logo em seguida sem me dar a chance de negar o que com certeza eu faria

- olá diretor o que trás o senhor aqui?

Perguntou sem olhar para ele fingindo prestar atenção nos meus papéis, pela minha visão periférica vejo quando este coloca  os cotovelos na mesa e me encara

- a mesma coisa que a senhorita eu suponho

Responde sorrindo

- eu acabei de pedir meu lanche

Respondo tentando achar uma maneira dele sair para mim fugir

- você está muito bonita hoje Sam, posso chamá-la assim certo?

Engulo em seco, o que faço?

- hum.. obrigada diretor, sim o Senhor pode me chamar de Sam meus amigos me chamam assim e meu Marido também

Jogo Will no meio para tentar fazê-lo desistir o que obviamente falhei

- saiba que casamentos nunca dura muito

Olhando respondo

- o meu vai durar a eternidade se depender de mim

Ele dá uma gargalhada e se aproxima é nessas horas que o garçom deveria chegar mas como eu tenho apenas azar isso não acontece

- sei de algo que a faria desistir de tudo para me obedecer

Sorriu dessa vez uso meu sorriso cínico e me aproximo dele ficando cara a cara

- duvido que saiba

Ele sorri mais ainda um sorriso gelado

- sei muito bem quem é sua família Samantha sua verdadeira família

Seu olhar gelado e frio causa arrepio por todo meu corpo, depois de me encarar ele se levanta e sai do restaurante assobiando com as mãos nos bolsos igual um maníaco, fico assustada, confusa e com raiva pois o garçom acabou de aparecer

(...)

Finalmente o sinal bate indicando o final do expediente quase corro até o estacionamento parando apenas para me despedir de Jully, não tinha certeza se contaria ou não para Will sobre Brey pois como um marido ciumento Will provavelmente varia besteira

- olá!

Ele fala animado quando entro no carro dou um beijo nele e assim partimos finalmente daquela escola

- como foi as aulas?

Pergunta ainda animado, dou de ombros

- normal como sempre, e o hospital?

Seu sorriso se alarga quando pergunto sobre seu emprego fazia três anos que ele tinha descoberto sua vocação para ser enfermeiro e após a faculdade ele simplesmente não conseguia falar sobre outra coisa, é claro que ficar perto de sangue faz o precisar muito do autocontrole por ser Vampiro mas Will ama isso e é isso que importa

- está perfeito!

- acha que a professora dela estará lá?

Perguntou quando paramos em frente a escolinha de Safira Will desce do carro e abre a porta para mim

- vamos ver

Diz pegando minha mão e entrando no prédio verde dava para ouvir os gritos de algumas crianças que brincávamos no parque enquanto esperavam os pais e no meio daquelas crianças vejo uma particularmente linda com cabelos negros e olhos azul que quando nos veja corre sorrindo em nossa direção

- mamãe! Papai!

Safira fala e se joga no meu colo a beijo e abraço e ela vai no colo do pai que repete meu gesto de carinho

- onde está a sua professora ?

Will pergunta quando a coloca no chão

- ali!

Responde a pequena apontando para uma sala

- nós já voltamos está bem?

Ela concorda com  a cabeça e volta a correr para os brinquedos Will segura novamente minha mão e juntos caminhamos até a sala bato na porta duas vezes até ouvi uma resposta

- entre!

E entramos

A Mulher Ruiva - 3 VolumeOnde histórias criam vida. Descubra agora