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Por quê?

Como critiquei clichês outrora, agora irei cair em um. (Porque afinal quem consegue fugir completamente desses?) Vou começar falando sobre um assunto que o ser humano vem discutindo, tentando entender, não tentando entender, admirando, desprezando, enfim, há séculos. Se você ainda não sabe do que estou falando, deve pensar que é um tópico usado excessivamente e o qual você está cansado (e provavelmente o resto do mundo também, já que é discutido demasiadamente) . Eu pensaria assim pelo menos. E, apesar desse raciocínio fazer sentido, está errado.

Bem, estou falando do amor. Como qualquer outro sentimento que temos, é normal, da natureza humana, e está presente desde que o homem se conhece como homem. Mas o que o faz tão especial?

Lembro-me que certo dia, quando estava tendo meu tempo diário de ócio checando os New York Times Best Sellers, notei que todos os primeiros 5 livros tinham algo sobre romance no título ou eram do gênero romance. Procurei, então, listas passadas e encontrei resultados similares. Na época, fiquei revoltada. "Por que falamos tanto sobre amor?" Eu era bem imatura então, e pouco tempo depois de ter levantado a dúvida- e não chegado a uma resposta- voltei a meu instinto de amar o amor.

Sempre gostei mais do amor alheio. Experiências amorosas em si só tive alguns poucos fracassos, casos em que eu não me entreguei ao outrem e decidi terminar por isso. Porém, quando se trata de um livro sobre romance, me entrego da cabeça aos pés. Seja um romance clássico da Jane Austen ou uma história sobre romance adolescente que já foi contada de outras mil formas diferentes, sou louca por romance. Até observar o amor alheio ao vivo eu gosto. (E não do jeito indecente que se pensaria, mas sim do sem-graça. Gosto de olhar casais de mãos dadas andando pela rua).

Até a hora em que escrevo não cheguei nem perto de ter uma resposta para a pergunta que me faço há tantos anos.