CAPÍTULO 2

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Boa leitura!

SÃO PAULO - BRASIL

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SÃO PAULO - BRASIL

Depois dessa viagem cansativa estou  de um táxi com meu pai a caminho do apartamento em que vivi os melhores momentos de minha vida.

- Chegamos ! – diz meu pai

- Graças a Deus! Preciso urgentemente de um banho e dormir. – falo

Olga não veio com a gente, depois do aeroporto ela foi para sua casa. Nunca chorei tanto, foi muito triste vê-la indo ao caminho oposto do nosso.

- Boa tarde senhor e senhorita Falcão ! – fala o porteiro que veio nos ajudar com as malas.

- Boa tarde ! – falamos juntos.

Quando chegamos na porta do apartamento meu pai suspirou, girou a maçaneta e entramos. Lembranças de quando eu era criança vieram na minha cabeça, lágrimas começaram a cair e ele me abraçou.

- Eu sei que dói filha, eu sei que você sente falta dela. – ele disse – Eu também sinto – sussurrou.

Meu pai tenta manter essa pose de durão, mas eu sei que por dentro ele está acabado, como eu.

Dói tanto, dói todo dia. Dói saber que nunca mais vou ver ela, dói saber que nunca mais vou sentir o perfume dela pela casa, dói saber que eu nunca mas vou ter ela cantando para eu dormir. Simplesmente dói !

Ela cantando era lindo, era a coisa mais bela de se ouvir. Sinto tanta falta ! A música e algumas fotos é tudo que eu tenho que me lembra ela. Acho foi dela que eu puxei esse meu talento e paixão pela música.

Sabe aquele abraço acolhedor ? Só ela tinha !

Depois da morte dela veio a minha primeira decepção amorosa, e eu me fechei pro mundo. Aí veio a segunda, e eu me tornei uma pessoa fria. Eu coleciono decepções e tristezas como alguém que enche um álbum de figurinhas.

De tanto apanhar da vida, eu mudei. Mudei meu jeito de sorrir, mudei a cor do batom, mudei o brilho no olhar, mudei o tom da alma. Antes de ser essa garota eu já fui diferente, tão diferente que hoje parece que sou irreconhecível até mesmo para mim. Já acreditei no amor, em contos de fadas e até mesmo em príncipes encantados, mas agora, isso não passa de histórias em que as pessoas contavam pra mim.

Eu era tão boa em esconder minhas dores dentro de um potinho e deixa-lo debaixo da cama que todos achavam que eu não tinha problemas. Esse era o problema, todos achavam que eu era de ferro, ninguém percebia minha tristeza camuflada no sorriso. Ninguém é de ferro, todos temos problemas, por menores que sejam !

É claro que ninguém se importou em chegar em mim e perguntar como eu me sentia, porque é muito fácil colocar um sorriso no rosto e dizer um monte de mentiras. É mais fácil do que encarar o monstro que cresce dentro de você.

Eu preciso me curar, preciso enfrentar esse mostro que vive dentro de mim, por isso aceitei a proposta do meu pai. Vou viver uma nova aventura, quero conhecer pessoas, quero me abrir, quero viver sem ter medo do que vão falar, quero crescer. Quero me reencontrar !

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⏰ Última atualização: Dec 08, 2017 ⏰

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