fourteenth | how we started dating

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Deixei Charlotte subir para os meus ombros para a última música que iríamos ouvir os All Time Low tocarem ao vivo naquele dia. Pouco tempo depois, voltei a pousá-la no chão e vimos a banda abandonar o palco. Fiquei a observar o local, imóvel, ainda à espera que voltassem para, pelo menos, mais uma música.

As pessoas à nossa volta começavam a abandonar o local.

"Já foste afetado pela depressão pós concerto?" Ouvi a voz de Charlotte, num tom brincalhão.

Os seus braços abraçaram o meu corpo, enquanto eu continuava a observar o palco ansiosamente.

"Odeio-te." Murmurei, alto o suficiente para ela me conseguir ouvir no meio daquele alvoroço. "Por me teres trazido. Se não me tivesses trazido, não estaria assim."

"Se eu não te tivesse trazido, não os tinhas visto ao vivo." Resmungou, encarando-me, ainda envolvendo o meu corpo.

"Tens razão..." Confessei, tristemente. "Então, amo-te."

Apenas depois de falar é que me apercebi do que acabara de dizer. A minha melhor amiga também parecia bastante surpreendida pelas minhas palavras. Ela sabia que eu a amava – não era nenhum segredo –, mas eu nunca o tinha dito de uma forma tão direta.

Os seus braços apertaram-me mais fortemente, num abraço propriamente dito, e eu não resisti a envolvê-la. Ficámos naquela posição até uns segundos depois de se tornar constrangedor – o que não foi muito tempo, tendo em conta que estar abraçado seja a quem fosse naquela situação era bastante constrangedor de qualquer das maneiras.

Os nossos lábios encontraram-se brevemente e partilhámos um sorriso. Sem mais uma palavra, começámos a seguir a multidão para fora do local onde acabáramos de ver os All Time Low a tocarem ao vivo.

"Então..." Charlotte começou, a meio do nosso caminho para o metro. "Nós namoramos ou quê?"

Soltei uma gargalhada, antes de a olhar e encolher os ombros.

"Fixe." Ouvi-a murmurar. Sorri.

Senti o meu corpo ser empurrado, de forma brincalhona, e reciproquei as suas ações, contemplando o que acabara de acontecer: Charlote pediu-me em namoro (mais ou menos) e eu aceitei (mais ou menos).

Voltei a pousar o meu olhar nela e encontrei-a a observar-me com um sorriso a passear-lhe pelos lábios. Alcancei a sua mão, puxando-a para mim e, consequentemente, puxando o seu corpo para mim. Beijámo-nos.

"Estamos juntos, então? Tipo... Mesmo a sério?" Questionei, apenas para me certificar de que não percebera a situação de uma forma completamente errada. "Somos exclusivos?"

"Estamos juntos. Mesmo a sério. Somos exclusivos." Gargalhou. "Mas apenas se quiseres, é claro."

"Estás a gozar?" Ripostei, num tom quase ofendido. "Para além do filme do Star Wars que está para sair, não há nada que eu mais queira no mundo inteiro."


***


sometimes it's better to keep it short and sweet, acho que "o pedido de namoro" foi bastante eles so i'm happy

amo-vos e até ao próximo capítulo

e obrigada por não me deixarem mesmo eu sendo uma merda a publicar

how i met your daughter // luke hemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora