Capítulo 30

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Gente linda da minha vida, eu sei que desapareci dessa fic, e peço perdão por isso, mas houve uns acontecimentos que me fizeram querer atualizar ainda hoje. E dedico esse capítulo a essa menina que mina, que é um HINO humano, Jujuba_Ruffo esse capítulo é seu ❤😍❤😍❤😍❤😍

-  MRS.DALLOWAY ♡

                    [...]

Inés olhou para Elena que estava com o rosto banhado de lágrimas e se sentiu a pior mãe do mundo. Foi até a cama da filha e se sentou, Elena se encolheu na cama a olhando.

- Eu estava prestes a completar os meus dezoito anos quando eu conheci o Victoriano, me apaixonei por ele assim que meu olhar cruzar com o dele, meu pai, seu avô recebeu muito dinheiro naquela época e me deu a fazenda de presente de aniversário e me prometeu em casamento para outro homem que até então eu não conhecia – Inés disse de cabeça baixa – Victoriano e eu começamos a nos encontrar as escondidas e meu pai marcou o jantar do meu noivado com o Rafael, e lá tudo foi posto a mesa, ele me queria como esposa mas ele tinha a idade de ser meu pai, e além disso, eu não o amava.

- Você o traiu! – Elena disse magoada –

- Eu nunca fui dele Elena, fui obrigada a casar com ele , eu amava o Victoriano eu amo o seu pai! – Ela disse sincera – Victoriano foi e é o único homem e amor de minha vida e desse amor veio você meu amor, uma bebê tão esperada por mim e tão amada.

- Ele não é o meu pai! – Disse fazendo birra –

- Ele é sim! – Inés disse alterada - Deixa de fazer birra, o seu problema foi ser mimada, pois se você tivesse passado por tudo o que eu tive que passar, por todas as humilhações que eu passei, não pensaria dessa forma egoísta!

Elena se assustou, Inés nunca havia falado com ela daquela forma, ela arregalou os olhos e a observou.

- Eu fui vendida pelo meu próprio pai, como se vende uma mercadoria, eu tinha dezoito anos Elena. Eu era uma menina, e apenas queria ser feliz com o homem que eu amava, e que para o meu azar, sigo amando – Disse de pé - Você pode seguir com essa birra, e não querer me ver nunca mais, me achar uma qualquer ou o que quer que seja, mas eu sigo sendo sua mãe, te dei um pai maravilhoso em péssimas circunstancias mas um excelente pai que apesar de tudo te ama, e muito assim como eu.

Elena se calou com os olhos marejados e ficou a olhando.

- Vou respeitar qualquer que seja sua decisão, não irei te forçar a nada Elena, porque é horrível ser forçada a algo que não queremos, digo isso por experiência própria – Disse a olhando – Sou sua mãe, e estarei para você, sempre!

- Mãe...- Ela disse chorando – É tão difícil para mim, tudo isso

Inés foi até ela e a abraçou forte, e beijou os cabelos da filha. Se até para ela que viveu tudo aquilo era complicado de compreender aquela situação, imagina para Elena que era uma criança ainda passando por tudo aquilo.

- Me desculpe... – Inés disse abraçada á ela – Eu não tive culpa, o destino me impôs isso tudo e se eu pudesse mudar, eu o faria, mas o que eu não mudaria seria ter tido você Elena, você é a minha vida e eu te amo mais do que tudo na minha vida

Elena a olhou e chorou mais.

- Mãe, eu te amo, muito...mas eu não consigo gostar dele e não quero estar perto dele, para mim ele não é o meu pai – Ela disse chorando –

- Mas... – Inés suspirou , aquele não era o momento ideal para aquela conversa – Depois conversamos sobre isso, descanse, eu já volto..

Elena se ajeitou na cama e após Inés beijar a testa dela e sair, ela se virou de lado e chorou.

Sala de Espera

Inés caminhou até a sala de espera onde sua mãe, Victoriano estavam.

- Filha, seu rosto está vermelho – Rose tocou o rosto de Inés - O que foi isso?

- Isso foi a Diana mamãe, ela descobriu uma coisa que depois eu te conto – Inés disse a olhando -

- Como a Lena está? – Perguntou a olhando – Fisicamente já está bem, agora emocionalmente, eu acho que destruí minha filha

- No caso, essa culpa é minha – Victoriano disse a olhando –

- Não, você não teve nenhuma culpa, eu errei, eu deveria ter conversado com ela, mas não o fiz – Inés o olhou - Por medo, por raiva e por ódio

- Eu não quis te escutar Inés, eu simplesmente foquei em minha dor e não quis saber de nada mais e hoje esse é o meu maior arrependimento – Disse Victoriano a olhando –

- Já acabou, já passou! – Ela disse desviando do assunto –

- Já chega de adiar essa conversa, eu fico com a minha neta, vão para outro lugar e conversem – Rose disse os olhando – E se acalmem

Victoriano olhou para Inés.

- Vamos então? – Ele perguntou a olhando –

- Sim, vamos.. – Ela suspirou – Mãe, me liga qualquer coisa

- Vai tranquila meu amor – Rose sorriu –

Victoriano deu passagem para Inés e ela andou na frente dele. Logo os dois saíram do hospital e foram para o restaurante próximo.

- Deveria comer alguma coisa – Ele disse a olhando –

- Não tenho fome, coma você – Ela o olhou –

Ele chamou o garçom e fez o pedido para ele e para ela.

- Sua mãe está certa, devemos conversar, o que vai acontecer daqui para frente – Ele a olhou –

- Ela não quer ficar perto de você – Inés não o olhou e ficou mexendo no porta-guardanapo –

- Isso não me surpreende, ela tem o mesmo gênio que você – Ele suspirou a olhando –

- Engraçado, eu sempre a achei parecida com você, em tudo, até mesmo o modo em que ela monta em um cavalo – Ela sorriu por um momento – Minha mãe tinha medo de eu odiá-la por essa semelhança entre vocês

- Eu queria ter convivido com ela – Ele disse triste –

- Você iria adorar ter convivido com ela – Inés o olhou – Era uma bebê única, com os olhos mais espertos que eu já vi.

- Como você – Ele sorriu –

- Talvez...- Ela suspirou – Eu queria tanto que as coisas tivessem sido diferentes

- Me perdoe... – Ele a olhou nos olhos –

Ela se surpreendeu e o olho nos olhos.

- Eu fui um idiota mimado que não soube te escutar , e que não fez questão em te compreender – Ele disse com raiva de si mesmo - Eu fui uma criança, um imbecil

- Por favor, pare... – Ela abaixou o olhar –

- Eu te amo Inés, eu nunca deixei de te amar, quando entrei naquela casa depois de treze anos e te vi pela primeira vez, eu nem queria saber que estávamos em um velório, eu queria sumir com você e fazer amor contigo como um louco

Ele sorriu ao ver o efeito que suas palavras provocavam nela a deixando vermelha.

- Essa é a verdade, a minha única verdade, eu te amo Inés – Ele disse sorrindo –

Inés o olhou e sentiu seus olhos ficarem marejados, essa era a verdade dela também. 

Regressa A MÍ | Las AmaZonasOnde histórias criam vida. Descubra agora