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"I'm a phoenix in the water

A fish that's learnt to fly

And I've always been a daughter

But feathers are meant for the sky

So I'm wishing, wishing further

For the excitement to arrive

It's just I'd rather be causing the chaos

Than laying at the sharp end of this knife

With every small disaster

I'll let the waters still

Take me away to some place real

'Cause they say home is where your heart is set in stone

Is where you go when you're alone

Is where you go to rest your bones

It's not just where you lay your head

It's not just where you make your bed

As long as we're together, does it matter where we go?

Home, home

Eu sou uma fênix na água

Um peixe que aprendeu a voar

E eu sempre fui uma filha

Mas penas foram feitas para o céu

Então eu estou desejando, desejando além

Pela empolgação de chegar

É só que eu prefiro estar causando o caos

Do que deitar na ponta afiada desta faca

Com cada pequeno desastre

Eu vou deixar as águas paradas

Me levarem para algum lugar real

Porque eles dizem que lar é onde seu coração está gravado na pedra

É onde você vai quando está sozinho

É onde você vai para descansar seus ossos

Não é apenas onde você deita sua cabeça

Não é apenas onde você faz sua cama

Contanto que estejamos juntos, importa pra onde vamos?

Lar, lar"

Estava em casa e minha mãe ainda não havia chegado. Decidi continuar da mesma forma. Deitei-me em minha cama, pus meu fone e ouvi Home. Dormi.

Durante esse dia só ensaiei mais uma vez em casa, embora Clara, minha irmã, ficasse insistindo que eu apenas dançasse, dançasse e dançasse.

Quando acordei no domingo, ás 05:00 da manhã, no dia da competição nacional, senti calafrios, mesmo que o sol estivesse quase nascendo.

Pratiquei a coreografia por duas horas e me perguntei se Maddie estará executando-a melhor que eu.

Fui correndo até a cozinha, onde estava minha mãe:

– Mãe, como está a dança de Maddie? – confesso que tive receio da resposta.

Ela pensou um pouco, como se escolhesse as palavras corretas.

– Chloe, eu assisti você e ela dançando e o que eu vi foram, apesar da coreografia e a música serem a mesma, coisas diferentes; Maddie e você estão transmitindo histórias diferentes.

Eu surtei.

– Mas, então, a forma dela é a correta, porque esse solo era apenas dela...

– Não. Só para você saber, eu acho sua técnica bem melhor que a dela. Se você conseguir o primeiro lugar irei ficar muito feliz, e mesmo que você nem consiga uma colocação vou estar orgulhosa. Não seja a melhor, faça o seu melhor.

Á tarde entramos no ônibus com todas as meninas, rumo ás nacionais. Sempre era muito divertida a trajetória, mas hoje, enquanto elas riam eu tentava lembrar a dança em grupo. Foquei tanto em meu solo que esqueci dela.

Quanto mais eu pensava no fato de que essa competição poderia me proporcionar as férias perfeitas em um cruzeiro, mais nervosa ficava. Desejava estar no ônibus pelo resto da vida.

Ao chegarmos em nosso destino, fomos imediatamente para a sala reservada para nossa companhia.

– Chloe, Brooke, Maddie! – chamou-nos Abby – Troquem-se rápido; ainda temos que repassar seus solos.

Saí do vestuário, observei a roupa de Maddie e vi que era um pouco diferente da minha. As duas eram vestidos amarelos, de tecido leve e com detalhes diferenciados. Em meu cabelo, como acessório, eu tinha uma flor, já Maddie um arco.

– Chloe, vamos fazer sua maquiagem – disse minha mãe.

Depois de, acredito que 10 minutos, levantei-me para ela passar o pó em meus braços. Pensei em de que modo seria meu traje caso eu tivesse continuado com o solo de hip hop.

Brooke repassava sua coreografia. Eu a observava atentamente, tentando, em vão, decifrar como ela conseguia executar movimentos com flexibilidade absurda.

– Passe sua dança, Chloe. Maddie, a assista e aprenda com os erros dela – falou Abby severamente.

De que forma posso ficar confiante se minha professora não me encoraja?

Dancei. Esqueci uma parte, quis chorar. Pedi que o universo conspirasse a meu favor, iria precisar de sorte.

Maddie me olhava tensa.

– Maddie, dance. Chloe, aprenda – pode-se perceber claramente a diferença com que Abby nos trata.

Vê-la dançando só me fez ficar mais nervosa. Os passos dela eram tão leves e singelos.

Antes de irmos para as coxias, minha irmã ligou para mim:

– Chloe, papai pediu que eu te desejasse boa sorte, mas espero que você consiga o quarto lugar, pois não quero que você vá nesse cruzeiro – não me contive e ri histericamente.

– Eu te amo, Clara – tentei dizer em meio as risadas.

– Também te amo.

Fui abraçar minha mãe. Precisava de alguém que me falasse que eu poderia vencer essa competição.

– Já estou orgulhosa, faça seu melhor – ela disse e me depositou um beijo.


DestemidaOnde histórias criam vida. Descubra agora