Capítulo 13

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Depois te respondido o Renan arrependida, ele não me retornou, os dias se passaram, eu continuei na minha nova rotina de estudar e me dedicar para uma nova vida, eu queria continuar professora, mas professora universitária. Eu amava e amo crianças, porém eu queria lecionar para nível superior.

Em uma tarde de folga, fui para a floricultura do Marcus, quando cheguei lá, Alê veio até a porta para me receber. Me beijou o rosto e me deu a notícia que não queria saber nunca:

- Cla, tudo bem? Olha, o Marcus não queria que eu te contasse, mas não vou esconder ou mentir para você, minha amiga. Ontem a noite eu vi o Guilherme conversando com a ex dele na porta da lanchonete. Talvez não tenha nada, mas nunca se sabe.

- Amor, pare de colocar pilha, por favor! Cla, minha amiga, talvez seja apenas uma conversa normal. - disse Marcus

- Normal, Marcus? Claro que não! Se fosse normal, ele teria me contado. - respondi toda nervosa. - Meu coração disparava raiva, uma vontade de sair da flora e ir até a lanchonete saber tudo, porém eu não podia, porque ia causar problemas para os meninos.

- Talvez normal, amiga! - disse Cíntia querendo apaziguar a situação.

- Não acredito. Como vou fazer para saber? Não posso falar com ele. Ele não me falou nada.

- Que tal o seguirmos? - disse Alê. - A conversa terminou e eu fiquei pensativa. Mariela, o tempo todo, me olhava para ler minhas reações. Gigi, como sempre, nunca estava nem aí para problemas alheios, mas era amiga, confiável.

Conversamos até umas sete da noite. Eu voltei para casa para estudar, pois tinha muito texto para ler do mestrado e preparar uma apresentação para uma das disciplinas. Aquela conversa não me deixava pensar, então, desci as escadas e decidi caminhar. Quando virei a esquina da lanchonete do Guilherme, ele estava na porta com uma loira linda, alta e de tirar o fôlego. Conversavam em pé e estavam muito próximos. Era ela, a tal ex, eu já havia visto foto dela na casa dos pais do Guilherme.

Minha boca secou, meu coração começou a bater forte e rápido, respirei fundo várias vezes, peguei o meu celular e liguei para a Cíntia:

- Amiga, estou aqui perto da lanchonete do Guilherme, ele está conversando com a ex, acredita?

- Calma, Cla! Não vai cair na tentação do pânico. Estou indo aí, levo dez minutos. Respire fundo como o Felipe te ensinou.

- Não vou ter pânico, não! Minha vontade é ir até lá e perguntar o que está acontecendo.

- Amiga, vamos conversando pelo telefone até eu chegar aí, não desligue.

- Não! Continuamos a conversar. Meu coração já está quase normal, apenas minhas mãos tremem. Acredita que aquela sensação de perda de controle e morte não estou sentindo?

- Que ótimo, Cla! Você está cada vez melhor. O que eles estão fazendo?

- Conversando muito próximos. Espera!

- Cíntia, eles vão se beijar. Cachorro! Filho da puta! - Fiquei parada quando a ex do Guilherme se aproximou da boca dele. Ele virou o rosto e colocou a mão na frente. Minha amiga chegou logo após a cena. Eu entrei no carro da Cíntia, na esquina e ela dirigiu até a lanchonete. Ela parou o carro e eu chamei meu namorado: Guilherme! - Ele me olhou todo desconcertado e a loira com cara de nojo olhou para nós duas ficando paralisada.

- Oi, Cla! Que surpresa boa! - Guilherme veio caminhando até a porta, cumprimentou a Cíntia, beijou meus lábios e disse:

- Esta é Valentina, minha ex noiva.

Recomeçar Sem MedoOnde histórias criam vida. Descubra agora