Mama

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As pernas de Jimin acabam cedendo e ele cai no chão, com seus olhos repletos de lágrimas.

Ajoelho-me e tento erguê-lo, porém não consigo.

— Me desculpe. — A mulher, que aparentemente é a mãe de Jimin, fala.

Depois de relembrar que a mãe dele o abandonou, eu não consigo não sentir nojo dessa mulher.

Mães não abandonam filhos assim.

— Por quê? Por que você simplesmente me abandonou? Por que me deixou sozinho com aquele monstro? Aliás, por que está aqui? Suma. — Jimin grita em meio ás lágrimas que escorrem no seu rosto.

Isso está partindo meu coração, vê-lo machucado assim me faz querer chorar também.

— Jimin, eu... — A mãe dele começa.

— Acho que o verdadeiro monstro é você. — Jimin diz.

Não é uma novidade que a mãe de Jimin comece a chorar, essas palavras doeram até na minha alma.

— Eu quero ir embora, vamos fingir que esse dia não existe, por favor. — Jimin fala quando vira seu rosto pra mim.

— Hm, certo, vamos pra casa. — Falo e o abraço, dessa vez eu consigo fazê-lo levantar.

— Jimin, por favor... — Ela tenta chamar a atenção dele quando já estamos nos afastando.

— Quem deve pedir o favor sou eu, não apareça mais na minha frente. — Jimin fala sem sequer olhar no rosto de sua mãe.

— Por favor. — Ouço a voz dela bem baixa próxima a mim, sinto um puxão no bolso da minha calça, olho pra trás e vejo a mulher correndo com seu bebê chorando.

Sinto algo quando coloco a mão no bolso, puxo e vejo que é um papel com um número de celular.

Sem que Jimin tenha notado, coloco o número novamente no meu bolso.

Talvez eu precise mesmo falar com ela.

O caminho todo de volta para casa foi frio, Jimin permaneceu quieto.

— Vou tomar banho. — Ele diz assim que entramos em nossa casa.

— Vou com você. — Falo.

— Não precisa. — Ele diz e vai até o banheiro.

E como o intrometido que sou, vou junto.

Espero ele tirar a roupa e entrar no chuveiro para poder me despir.

— Afinal, eu estou aqui. — Digo quando entro no box.

Observo sua face, ele está com os olhos fechados e está mordendo seus lábios.

E eu o conheço muito bem para saber que ele está tentando segurar o choro.

Coloco uma porção de shampoo na minha mão e começo a massagear o seu macio cabelo.

Jimin acaba se sentando no chão e começa a chorar.

Eu odeio isso, odeio vê-lo assim, tão triste, eu queria poder dizer que ele não precisa chorar...

Mas isso seria insensato da minha parte, eu não posso ignorar as dores de alguém se eu nem sei pelo que esse alguém passou.

— Amor, pode chorar, eu estou aqui, tá? Eu vou te proteger e te ajudar, então pode contar comigo e me dizer o que achar necessário, apenas deixe suas mágoas irem embora junto a essas lágrimas. — Falo, tentando confortá-lo.

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⏰ Last updated: Aug 28, 2017 ⏰

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