Me Apaixonei Pela Pessoa Errada

Capítulo 20- O Beijo❤🙊

Gustavo: Claro. Qual?

Me: Tem uma que combina bastante com o clima daquí, mas acho que você não conhece.

Gustavo: Nome?

Me: You and I.

Gustavo: One Direction..

Me: Você é directioner?-Arregalei os olhos, animada.-

Gustavo: Não. Não curto essas bandas de menininhas. Prefiro rock.

Me: Mas como conhece essa música?

Gustavo: Mirella. Ela é super "Directioner", e me obriga á escutar com ela. Não gosto desse tipo de música.-Revirou os olhos.-

Me: Bom, se não gosta, não precisa tocar..

Gustavo: Vai te deixar feliz?

Me: Vai.

Gustavo: Isso já basta pra mim.-Segurou a minha mão, que estava apoiada na areia. Encarei nossas mãos, e corei.-Não sei a letra, então você canta, e eu toco. Pode ser?

Me: Ok.

(DÊÊM PLAY NA MÚSICA)

I figured it out
I figured it out from black and white
Seconds and hours
Maybe they had to take some time I know how it goes
I know how it goes from wrong and right
Silence and sound
Did they ever hold each other tight, like us?
Did they ever fight, like us?

Ele tocava, e eu cantava. Ele me olhava firmemente, e eu sorría. Ele tinha um brilho especial nos olhos, e eu também. Ele estava com um sorriso enorme, e eu estava..estava..SUANDO FRIO.

You and I
We don't want to be like them
We can make it 'till the end Nothing can come between
You and I
Not even the Gods above
Can separate the two of us
No, nothing can come between You and I Oh, you and I

Ele me fitava cada vez mais intensamente. Era estranho, mas um estranho bom. Era como se aquela música nos levasse para um universo paralelo, sem problemas. Era como se naquela praia só estivéssimos nós dois.

Ele parou de tocar, apoiou o violão do outro lado do coqueiro, encostando-se no mesmo, ou meu lado, e segurando minha mão novamente..

Gustavo: Você canta muito bem.

Me: Você toca muito bem.-Ele sorriu, e olhou o horizonte.-

Gustavo: O por do sol visto daquí é lindo, e você o deixa mais lindo ainda.-Corei instantâneamente. Porque que ele estava dizendo algo assim pra mim?-

Me: Se o objetivo era me deixar corada, você conseguiu.-Rímos.-

Gustavo: O objetivo era só te elogiar mesmo.-Me olhou.-

Me: Porque?

Gustavo: Não posso?

Me: Oi? Pode..Pode sim, é só que..Bom, muitas pessoas fazem isso pra eu "me sentir melhor", ou seja, só por dó.

Gustavo: São pessoas extremamentes idiotas.

Me: É.-Abaixei o olhar.-Aprendí á não me importar com essas coisas com o meu pai, mas depois que ele morreu, meio que desaprendí.

Gustavo: Se sente insegura, não é?-Assentí.-Mas não precisa. Você tem á sua mãe, ao meu pai, aos seus amigos, e..Bom..Tem á mim. Isso é uma fase.

Me: Tenho tudo isso, mas ainda não estou completa.-Segurei as lágrimas.-Tem um vazio enorme aquí, ó.-Coloquei a mão no meu coração, falando com o fio de voz que me restava, limpando as lágrimas teimosas que desciam pela minha bochecha.-

Gustavo: Não chora, ver você chorando me mata aos poucos.-Eu neguei, já soluçando.-Vem.-Me abraçou forte, e esse foi um dos abraço mais reconfortante que eu recebí na vida.-

Ele me passava confiança. Confiança de que tudo ia ficar bem. Mas isso não é uma fase. Está bem longe de ser só uma fase.

Ele levantou meu queixo, e limpou uma lágrima com o polegar. E fez o que eu menos esperava, mas mais queria..
ELE ME BEIJOU.

Foi um beijo cheio de carinho, que foi me acalmando, e eu fui parando de chorar. Me rendí ao seu beijo, e ficamos nos beijando por uns longos minutos, até ele finalizar com um selinho. O olhei, talvez um pouco palida e um pouco corada. É estranho, eu sei, mas um mix de sensações invadiu meu corpo, me fazendo ficar..Bem.

Ele me abraçou denovo, e eu deitei a cabeça em seu peitoral sentindo seu perfume masculino passar pra minha pele. Ele afagou meu cabelo, e eu sentí uma paz incrível, como se fosse meu pai me abraçando novamente. Levantei minha cabeça, e falei com ele..

Me: Obrigada.. Por tudo.

Gustavo: Não precisa me agradecer, você sempre me livra das coisas. É o mínimo que eu posso fazer.-Sorrímos.-

Me: Bom, obrigada também pelo..

Gustavo: Isso foi cortesía, também não precisa agradecer. Até porque nós dois precisávamos disso.

Me: Tá tão na seca assim?-Disse discontraída.-

Gustavo: Não. Só tive vontade, e o fiz. Não gostou?

Me: Sim, gostei.-Encostei minha cabeça agora em seu ombro, e fitei o céu.-

Gustavo: Deveria pedir desculpas á sua mãe.-Me olhou.-

Me: Não estou errada. Porque pediria?

Gustavo: Porque ela é sua mãe. Ela se preocupa com você, e também sofre com a morte de seu pai. Ela só quer o seu bem, Malu.-Colocou meu cabelo para trás da orelha.-

Me: Vou pensar no assunto.-Fiquei olhando pro mar por mais algum tempo, e percebí o olhar do Gustavo sobre mim, mas não me virei.-

Gustavo: O tempo fechou muito rápido, vai chover.

E foi dito e feito. Começou uma chuva fraquinha que foi ficando bem forte..

Gustavo: Vamos, você vai ficar resfriada.-Se levantou, pegando o violão e o skate.-

Me: Vamos tomar banho de chuva?

Gustavo: Não, vamos ficar doentes.

Me: Aah, vamos!-O puxei pra chuva, onde a areia molhada não se fixava mais nos nossos pés.-

Já estava bem á noite, mas não ví que horas eram. Comecei á correr como uma criança, saltitando pela areia, e o Gustavo ficou parado no começo, mas logo se rendeu, e veio logo atrás de mim. Estávamos pingado, e todos sujos de areia, mas não ligamos. Ele roçou o nariz pelo meu, e me beijou novamente. Ficamos mais um bom tempo lá, até que tivemos que ir embora, já que o Gustavo tava dando uma de "O responsável" hoje.

Entramos no carro, rindo do nosso estado. Descalços, molhados, e com as roupas cheias de areia. Ele dirigiu de volta pra casa, e quando chegamos na mesma, o pai do Gustavo abriu a porta, com cara de preocupado..

Jack: Vocês são loucos? Já são 21:00 horas da noite! E porque estão nesse estado? Entrem, está chovendo.-Entramos, e logo nos envolvemos em uma toalha.-

Mãe: Filha! Que susto que vocês nos deram!

Me: Nós avisamos pra onde iríamos, então não teve problema.

Mãe: Lógico que teve problema! Chegaram muito tarde! Eu me preocupo, filha.

Me: Desculpa pelo oque eu falei hoje mãe. Foi impulso. Eu vou sim no seu casamento, e te apoio. Sei o quanto sofre com a morte do papai.-Ela sorriu e me abraçou. Pelas costas da minha mãe, ví o Gustavo sorrindo orgulhoso de mim.-

Fomos cada um pro seu quarto. Tomei um banho, vestí o pijama, e me deitei pra dormir. Mas não conseguí. Só pensei nos beijos que o Gustavo me deu. Mas, oque será que ele pensava agora? Será que ele pensava em mim? Será que estou me precipitando??
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