É verdade?

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— Eu fiz o exame! – Exclamou Rony se levantando para encarar a médica. A doutora apenas balançou a cabeça em sinal de exaustão.

— Eu sei, senhor. Entretanto, não podemos fazer a transfusão com o senhor. Precisamos do pai biológico da paciente! – Ela continuou se esforçando para manter a tranquilidade.

— Merda! A senhora não está entendendo! Vocês não têm a capacidade de fazer a droga de um exame direito? – Gritou Rony atraindo a atenção de algumas pessoas que atravessavam o corredor.

Hermione se permitiu encolher-se na cadeira. Ela sabia do que a médica estava falando, mas se recusava a aceitar. O exame não estava errado, ele só provava algo que tinha chances de acontecer: Rosa não era filha do Rony.

— Senhor, peço que diminua o tom. O Senhor tem que entender que a paciente não pode receber sangue A, e eu já falei sobre isso com sua esposa. O senhor é A+, assim como sua esposa, e a senhorita Rosa é B+. Logo, vou repetir, eu preciso do pai para a doação.

Rony deu um passo para trás se afastando da médica. Hermione se encolheu ainda mais na cadeira.

— Isso não é verdade. Não é ? – Ele gritou se virando bruscamente na direção de Hermione. Seu rosto havia adotado um tom avermelhado, sua testa estava franzida, seus olhos semicerrados e sua respiração cada vez mais pesada!

— Fala alguma coisa, merda! – Ele continuava gritando. Todos paravam para observar, a médica se afastou.

Harry levantou-se rapidamente indo na direção do amigo, pôs a mão no peito do ruivo, como se o impedisse de continuar.

— Vamos conversar com calma! – Harry exclamou com um tom calmo. Rony não parecia querer conversar.

Hermione somente observava a cena, não havia se preparado para isso. Deus, o que iria falar para Rony? Preferia o deixar gritar, descontar nela! Ela merecia isso, merecia o repudio dele. Como iria contar pra filha?

— Vamos esfriar a cabeça – Harry tentou continuar. Rony pegou a mão do amigo com brutalidade o afastando.

— Eu não preciso esfriar a cabeça! Eu preciso da verdade! Me diz, Hermione! Merda, fala alguma coisa! – Ele gritava andando de um lado para o outro do corredor do hospital. Hermione deixou escapar lagrimas de angustia. Não sabia o que dizer.

— Fala que é mentira! Fala! – Ele continuava se aproximando dela. A segurou com força pelo cotovelo a levantando. Hermione sentiu uma pontada onde ele segurava. Rony a sacudiu sem piedade.

— Fala! – Ele gritou novamente, antes que Harry o afastasse com as mãos. Não se arriscaria fazer um feitiço em um hospital trouxa. Bem... somente não se arriscaria se Ron parasse.

— Chega, Rony! As crianças estão aqui! – Gina gritou para o irmão antes de pedir que os meninos fossem para outro lugar. Alvo e Escórpio se negaram a sair.

— Eu sinto muito, Rony! – Hermione exclamou entre soluços se deixando desabar no chão. Gina foi até a amiga a ajudando a levantar.

— Sente muito? Então é verdade? – Rony perguntou entre gritos. Harry ainda o proibia, com a varinha escondida no casaco, de se aproximar de Hermione.

Hermione afirmou com a cabeça deixando mais lagrimas escorrerem pelo seu rosto. Em o que havia se metido! Se ela tivesse contado antes para ele, quando Gina plantou a semente da dúvida. Mas será que o marido aceitaria se fosse alguns dias antes? Será que a perdoaria?

— Por que não me contou antes? Sabe o que você é? – Os gritos de Rony foram interrompidos pelo o de Gina.

— Cala a sua boca, Ronald!

Obliviate - Dramione |CONCLUÍDO|Onde histórias criam vida. Descubra agora