O exame de DNA

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Tudo amanheceu diferente, me senti como um peixe fora d'água, não sei se estava feliz ou triste, mas de qualquer maneira tinha esperanças de tudo ser apenas um sonho.

( Alguém bate na porta )

- Pode entrar! - Digo.

Ao entrar vi que era o Márcio e o Gabriel e então perguntei:

- O que vocês estão fazendo aqui?

- Já que você não nos convida, o jeito é invadir o território mesmo. - Diz Márcio.

- Não vão pra escola hoje? - Pergunto.

- Claro que não Miguel, vamos viver a vida.

Viver a vida é um termo usado pelo Márcio para dizer que éramos livres para fazer o que quiséssemos e em qualquer lugar.

- Putz! hoje é a aula de matemática ninguém merece ter dor de cabeça numa sexta-feira. - Diz Gabriel.

- Eu não vou poder sair pessoal, hoje vou fazer o exame de DNA com a Alice.

- Espero que der negativo pra vocês não serem irmãos. - Fala Márcio.

- Eu nem me iludo com essa probabilidade, meu pai já confirmou que ela é filha dele.

- O que vai fazer depois do resultado? - Gabriel pergunta.

- Eu vou ficar muito mal, mas vou ter que me acostumar, não sou nenhuma criança e vou me controlar.

- Tem o nosso apoio irmão. - Dizem em coro.

- Obrigado meus amigos, vocês estão sendo meu apoio em todo esses caos.

Depois disso o Márcio começou a falar sobre o Gabriel e a Débora, por um momento pude esquecer os problemas, mas algo me dizia que o pior estava por vim.

( Outra pessoa bate na porta )

- Quem é? - Pergunto.

- Sou eu. - Ouço a voz a Alice.

- Pode entrar irmãzinha. - Digo.

A Alice entra e vê o Gabriel e o Márcio e fica sem graça, mas ela começa dizer:

- Oi meninos?

- Olá ruivinha. - Diz Márcio.

- Ruiva? - Alice pergunta sorrindo

- Ele é daltônico - Gabriel diz e começa a sorrir

- Nossa não sabia, me desculpa por sorrir de você Márcio - Alice diz com um tom preocupado

- O Gabriel tá de zoação, disse ruivinha porque vi uma foto sua de quando era pequena

- Onde você viu Márcio? - Pergunta Alice

- No celular do Miguel

Parecia que o Márcio queria me jogar pra cima da Alice, então mudei de assunto dizendo:

- Vamos Alice?

- Vamos!

- Tchau pombinhos - Diz Márcio sorrindo

A Alice veio comigo no meu carro, às vezes ficávamos nos olhando na esperança de tudo isso ser uma mentira

- Miguel próxima rua fica o hospital - Diz ela nervosa

- Nervosa? - Pergunto

- Muito - Alice diz de cabeça baixa

- Estou torcendo para resultado dar negativo

- Eu também!

Quando chegamos no hospital, fiquei muito nervoso e pude ver que a Alice também estava, respiramos fundo, e fizeram a coleta do nosso sangue e em poucas horas nossas vidas mudaram  radicalmente.

Segredos da família Medicci (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora