Com dinheiro em mãos eu mandei o Gabriel ir pra casa tomar banho e descansar que eu cuidaria de tudo mais ele não deixou,foi tomou banho, trocou de roupa e foi comigo na funerária escolhi o melhor caixão, cemitério e capela, ele viveu como um rei e teria o enterro de rei,fomos reconhecer o corpo isso eu preferi fazer sozinho, precisava desse momento só nosso pela última vez, mais quando eu o vi todo costurado e remendado eu chorei,frio gelado,6 tiros so na caixa do corpo passei as mãos pelo rosto sentindo a textura da sua pele fria,seu rosto com traços fortes masculos que agora parecia descansar me assustei com uma mão no meu ombro.
DELEGADO:você é familiar do meliante.
EU:sou casado com ele e o nome dele é Alessandro.
DELEGADO:preciso do seu depoimento me acompanhe por favor.
Limpei as lágrimas do meu rosto saimos do iml e seguimos pro palacio da polícia entramos em uma sala mais o Gabriel foi barrado, o delegado deu a volta na mesa e começou a digitar no computador e me fazer perguntas.
DELEGADO:e tu tinha conhecimento que ele era chefe da facção criminosa os "bala na cara"vulgo BNC, qual teu grau de participação nós negócios.
HOMEM:com licença me chamo Nathan Tavares advogado, ao menos que vá acusar meu cliente por algum crime o depoimento acabou,vamos cleber não assine nada.
O tal Nathan nem esperou eu levantar,ele me pegou pelo braço e me conduziu pra fora da sala do delegado, ele é alto moreno claro,vestia calça social, sapatos e camisas remangada nas mangas,exibindo o peito largo,cabelos lisos,rosto serio de origem meio indígena, vi o Gabriel que me deu um abraço,olhei por um breve momento pro Nathan ele tava me olhando sério dentro dos meus olhos.
EU:obrigado.
Ele não disse nada virou as costas,pegou as chaves no bolso e entrou dentro de um carro luxuoso e saiu.
GABRIEL:quem é esse cara.
EU:não sei achei que tu conhec...tu não conhece esse cara,ele entro na sala do delegado e se apresento como advogado,se chama Nathan Tavares praticamente me mandou calar a boca e me tirou de lá.
GABRIEL:nunca vi esse sujeito mais gordo e nunca ouvi esse nome, pelo menos o carro dele é grande o suficiente pra caber ele e a arrogância dele.
EU:vamos embora preciso de um banho e conversar com o Arthur sobre o que aconteceu.
Levei o Arthur pra casa e tentei arrumar um jeito menos doloroso de dar a notícia pra ele mais isso foi impossível,dar uma notícia dessas pra uma criança que o pai que ela ama e idólatra morreu foi a pior coisa que eu ja fiz,o Arthur desabou e eu também me senti impotente diante dessa situação e seu olhar antes com aquele brilho com vida agora era escuro de uma profunda tristeza pela morte do seu herói, até porque na cabeça dele ele os heróis nunca morrem e sempre vencem,assim que recebi a hora do velório fui avisando todo mundo enquanto o Arthur descansava,eu fui ao outro cofre e depois de três horas sentado contando dinheiro cheguei ao valor 893 mil e 531 reais em dinheiro,fora carros e imóveis.
Tive a leve impressão de que não deveria ficar com um centavo desse dinheiro porque iria me dar muita dor de cabeça,tomei meu banho e vesti um terno preto,arrumei o Arthur e partimos ao cemitério no início da noite so eu e o Arthur dentro do carro em um silêncio mortal entre nós dois,ambos preferimos o silêncio,entrei em uma movimentada via logo depois carros caracterizados de uma empresa de segurança armada cercaram meu carro e foram me acompanhando até o cemitério,eu e o Arthur saímos do carro,eu dei a volta no carro e me abaixei diante do Arthur.
EU:sei que está sendo difícil pra você assim como é pra mim,tu é tão jovem pra passar por isso mais estou do teu lado e pode sempre contar comigo, vamos enfrentar isso juntos porque juntos somos mais fortes.
Ele me deu a mão e seguimos em direção a capela, era grande a quantidade de pessoas ali presentes rostos conhecidos e outros que eu nunca vi,conforme eu ai passando as pessoas iam abrindo aquele corredor, minha mãe, meus irmãos, Gabriel, Bernardo, lena,dona suzi ja estavam la,muitas coroas de flores.
EU:Gabriel de onde veio tantas coroas de flores e de onde saiu tanta gente.
GABRIEL:o sandro podia não ser um amor de pessoa mais ele cuidava das pessoas e tinha muitos amigos e ja existe uma recompensa pela cabeça do juliano.
LENA:recompensa pela cabeça do juliano porque.
EU:lena existe uma suspeita que o juliano esta envolvido no assassinato do teu irmão.
GABRIEL:não é suspeita é certeza, ele é de uma facção rival e se aproximou do sandro pra saber os passos dele,ele manípulo,enganou todos nós, ele está envolvido diretamente na morte do sandro, quando eu por as mãos nele vou arrancar a cabeça dele do corpo.
LENA:filho da puta por isso não consigo falar com ele desde ontem.
EU:por favor lena não vai contar isso pra ninguém, tudo que agente não precisa agora é de uma caça as bruxas.
Minha mãe foi pra casa dizendo que voltaria no dia seguinte pro enterro, com muito custo convencemos o Arthur a ir com ela,foram poucas as vezes que eu consegui chegar perto do caixão, eu estava em um longo pesadelo que não tinha fim e aquela noite pareceu a mais longa de todas.
No dia seguinte durante o sepultamento eu vi o Nathan ele me olhava mais não chegou perto de mim, quando voltamos pra casa levei a dona suzi e a lena pra casa que eu vivia com o sandro.
EU:olha só gente eu não estou sendo insensível nem nada só que mais cedo ou mais tarde vamos ter que ter essa conversa.
SUZI:tu conviveu com o sandro esses anos todos,criou o Arthur como um pai,então eu vou simplificar,tudo que ele tenha deixado e teu e do Arthur, eu não quero nada só que tu cuide do meu neto como sempre fez.
EU:não quero nada abro mão de todos os meus direitos.
LENA:o que, porque.
EU:gente eu encontrei essa carta que o sandro deixou e ontem eu pensei em tudo que vivemos e toda nossa história, eu ja chorei tudo que tinha pra chorar,fiz tudo que eu tinha pra fazer pra ele e por ele em vida e em morte e faria tudo de novo sem pensar duas vezes,eu ainda estou chocado e anestesiado com tudo isso que aconteceu preciso mais do que tudo me isolar,me afastar daqui,de tudo,de todos,eu não aceito a morte dele tanto quanto vocês eu não posso cuidar de nada nem de ninguém por enquanto por favor me entendem.
1 MÊS DEPOIS...
Eu estava morando na nossa casa de caxias do Sul sozinho, falava com minha mãe todos os dias,assim como com Arthur e com a lena estava me reconstruindo, recomeçando minha vida minha ex sogra me obrigou a ficar com a casa e parte do dinheiro,era noite e uma pequena e fria chuva estava caindo eu voltava do mercado quando um carro passa do meu lado e para a porta do passageiro se abre.
NATHAN:entra que eu te levo pra casa.
EU:não obrigado não falo com estranhos.
VOLTATEMOS COM MAIS EMOÇÕES NOS PRÓXIMOS CAPITULOS,EMOÇÕES FINAIS,ABRAÇO A TODOS.
